José Roberto Godoy, 54 anos, ativista em prol da legalização da maconha e HIV positivo. Com uma história de vida marcada por muitos reveses, Godoy é um lutador, de muitas maneiras exemplo de superação e determinação.
Com o espírito de luta que marcam sua história, ele estará em Brasília no dia 14/03/11, onde pretende entregar pessoalmente à Presidência da República, ao Senado, ao Congresso e aos Ministérios, um requerimento formal solicitando a descriminalização da Maconha.
Junto com o requerimento, ele formulou uma carta aberta, onde solicita com muita coragem:
“… a descriminalização com a exclusão da Cannabis da Lista E do Anexo I, Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998.
Descriminalizando a Cannabis estaremos desarticulando o poderio financeiro do crime organizado, da corrupção, cuidando da saúde publica, reduzindo danos, desenvolvendo o campo a indústria e fortalecendo a economia brasileira.
Caso ainda entendam que a descriminalização deve ser precedida de um amplo debate com a sociedade, requer que pelo menos de forma urgente a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde conceda sem maiores burocracias Autorização Especial para pessoas físicas com a única exigência que o destino da produção seja para o consumo privado.”
Embora a Brasil NORML, assim como outras organizações que apoiam a reforma para as leis da maconha no nosso país, não tenham deliberado em conjunto a entrega deste documento, é notável a iniciativa pessoal do Godoy, de confronto à situação atual.
HIV, militância e prisão
No dia 24 de março de 2010, Godoy foi preso com a acusação de tráfico de drogas. Sem ter vergonha de se assumir usuário da erva, não titubeou ao afirmar que os 53 pés de cannabis eram para uso pessoal e terapêutico, como declarou anteriormente: “(…) usando a maconha, quando a incerteza da medicina punha um fim nas esperanças.”
A maconha, solução para seus enjôos e falta de apetite, conciliado com o uso de antirretrovirais, é o seu tratamento para a AIDS. Temendo ser preso, como ocorreu, Godoy informou à polícia e a outras autoridades o seu cultivo – sempre deixou bem claro que o faz para não financiar o tráfico e a violência — e enviou diversas cartas ao Ministério Público pedindo a autorização do seu consumo como medicamento.
O período que esteve em detenção foi de 78 dias, e depois teve sua acusação revertida e cumpre pena como usuário (Art. 28 da Lei nº 11.343) tendo de pagar R$ 500,00 em cestas básicas pelo cultivo de maconha.
Em Fevereiro deste ano, as equipes do Hempadão e do Growroom organizaram um encontro com o Godoy, onde foram produzidos alguns vídeos que mostram a sua história, idéias e propostas. Assista:
http://www.youtube.com/embed/ra6Zn9gTz7w
http://www.youtube.com/embed/6rTeNL5cWsk
http://www.youtube.com/embed/6rb5mSlPX2k
http://www.youtube.com/embed/0qtOFCLmrus
http://www.youtube.com/embed/cUGZc_wpQG8
José Godoy luta pela regulamentação da droga no país – e não só para o uso terapêutico exclusivamente para ele -, e deseja fazer pressão sobre nossas autoridades constituídas. Obviamente, seu esforço pessoal neste momento irá inspirar mais ações de envolvimento com esta causa.
Se você quiser colaborar com o projeto e as ações do Godoy, faça contato diretamente com ele: (24) 3387–2293, ou pelo email: brigadacurupira@gmail.com. Doações podem ser realizadas na conta do filho do Godoy: Rian Costa Godoy, CPF 109.591.187–21, Banco Itaú, Agência: 0320 — C/C: 555485.
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