Psicodélico: fevereiro 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cortina de Fumaça - Filme para Download



Sinopse:

Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista.

Ficha Técnica:

Direção: Rodrigo Mac Niven
País: Brasil
Ano: 2009
Duração: 94 minutos


Download Link Direto (MP4, 329)



Documentário: IBOGA - Ritos de Passagem


Documentário sobre a raiz africana Tabernanthe Iboga.

PARTE 01


PARTE 02


PARTE 03

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SPANNABIS: IV Feira de cânhamo e de tecnologias alternativas

SPANNABIS: IV Feira de cânhamo e de tecnologias alternativas

25 a 27 de Fevereiro en Barcelona, Espanha. Mais informações em http://www.spannabis.com/.

“Durante 3 dias Barcelona foi o palco de um evento que apresentou ao público uma ampla variedade de produtos à base do cânhamo, uma varieade da maconha com menor teor de THC, principal psicoativo da planta. A feira ofereceu palestras sobre o uso industrial da maconha, sobre a política espanhola sobre o assunto e sobre a relação entre saúde e essa planta. Boa parte dos produtos apresentados tinham um objetivo concreto: atrair a atenção não de usuários, mas de empresários interessados em financiar o desenvolvimento da industria do cânhamo e seus produtos. Pelo que foi apresentado, essa é uma área comercial que parece que vai crescer nos próximos anos: azeites ricos em vitaminas, produtos de beleza, alimentos, roupas etc.Além desses produtos, voltados para o mercado “grande”, havia também grupos de redução de danos como o Energy Control distribuindo folhetos informativos sobre várias substâncias psicotivas. Também haviam produtos para um uso mais “individual” – embora isso não signifique que esses não despertavam o interesse dos “grandes” compradores – como cachimbos, vaporizadores, cervejas e licores à base de cânhamo, aparatos para auto-cultivo e as próprias sementes de maconha. As sementes tinham uma ampla variedade de preços, dependendo da qualidade. Haviam catálagos e mais catálagos oferecendo as mais diversas sementes: com mais ou menos THC, que haviam ganhado o campeonato de sementes na Holanda etc.

Dentre os produtos, destacamos:
1 – Sementes de cânhamo (maconha) para produção de azeite e ração para animais (p. ex., pássaros).
2- Aparatos para auto-cultivo em interiores.
3 – Vaporizadores em forma de “bongs”. Os vaporizadores permitem o consumo do vapor da maconha, sem que haja combustão da substância, evitando a inalação de produtos tóxicos. Esses aparatos têm sido investigados para utilização da maconha como medicamento, pois reduzem os eventuais danos associados à fumaça produzida pela combustão da planta. Os vaporizadores que aparecem na foto formam bolhas quando se inala o vapor, e também mudam de cor quando se inala. Especificamente nesse local, as pessoas podiam experimentar a qualidade do produto, com maconha.
4- Dentifrício à base de cânhamo.
5 – Estante com produtos à base de cânhamo: cápsulas com azeite de cânhamo, feito à base de sementes da planta, ricas em ácidos graxos (Ômega 3 e 6) e em vitamina E; sabonetes; dentifrício; xampu; creme para as mãos; pirulitos etc.
6 – Sementes comestíveis de maconha. Sabor “Cappucino” e “Doce: Baunilha e Canela”.
7- Aparato para a produção de azeite (verde, escorrendo, à direita) e ração para animais (sólido tipo “macarrão”, à esquerda ) à base de sementes de maconha (acima da peça amarela, no centro).
8 – “Ave Maria: Faço Milagres”, cerveja à base de cânhamo.”



Promo Spannabis 2011 from The Green Totem Media on Vimeo.



Downloads Diversos (Vídeo, Livros, Monografias, etc .... )

Livros e textos para Download em PDF

Albert Hofmann

Aldous Huxley

Alice Bailey

Álvaro Estrada

Amit Goswami

Carl Gustav Jung

Carlos Castañeda

Dalai Lama

Desmond Morris

Eckhart Tolle

Fritjof Capra

Heinrich Harrer

Henry David Toreau

Jiddu Krishnamurti

Joseph Campbell

Lao Tsé

Leonardo Boff

Michael Harner

Paramahansa Yogananda

Patrick Drouot

Peter Tompkins & Christopher Bird

Rupert Sheldrake

Seicho-No-Ie

Stanislav Grof

Terence Mckenna

Theo Fischer

Timothy Leary

Outros


Monografias / Acadêmicos:

Iago Soares Otoni Pereira

João Paulo Centelhas

Omar Geraldo Lopes diniz

Paulo Nuno Torrão Pinto Martins


Filmes e Documentários para Download via Torrent

>

>A Última Hora (The 11th Hour)

>2007
>Documentário
>Dublado PT-BR

>

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

História política recente da Ayahuasca


Imprimir E-mail
Escrito por Marcos Vinícius Neves - mvneves27@gmail.com
13-Fev-2011


A Ayahuasca não existe na natureza, ela é um produto da cultura. Diferente do Peyote, do Tabaco, da folha de Coca e de outras tantas plantas que se tornaram sagradas e parte da elaboração de diversas e importantes formações sociais ao longo da história da humanidade.

A Ayahuasca, Daime, Vegetal, Huni, Kamarãpi - a “liana das almas” de tantas culturas e tantos diferentes nomes - é feito com a mistura de duas plantas diferentes: o cipó Jagube e a folha Chacrona, o que pressupõe, não apenas o conhecimento das propriedades de cada uma, como também a percepção da interação entre ambas. É, pois, marca cultural da Amazônia, impressa no tecido do mundo. Conhecimento antigo, engendrado durante milhares de anos... Presente da floresta à humanidade...

Ainda que assim seja, é imprescindível perguntar: qual a imagem que o uso da Ayahuasca tem para o povo brasileiro? Não apenas a imagem superficial, aquela imediatamente acessível a todos os olhos, todas as bocas, mas também a que ocupa um lugar muito mais profundo em nosso imaginário.

Uma possível resposta não pode ser obtida de forma breve ou superficial. Só a compreensão da história cultural e política, que tem sido construída pelas comunidades ayahuasqueiras na Amazônia e no Brasil, no último século, pode ser capaz de nos dar uma explicação minimamente confiável.

miolo_130211_1.jpg
Irmandade do Alto Santo. Ao centro Mestre Irineu e à esquerda (o 5º) Daniel Mattos - década de 30

Eis o Breviário...

Foram muitas reuniões, mas não conseguimos construir um consenso válido e satisfatório, mesmo havendo boa vontade de todos ali reunidos e tendo um objetivo comum, esse sim, consensual.

Estávamos em 2007. As reuniões aconteciam na Assembléia Legislativa do Estado do Acre, com a presença de várias das principais lideranças “políticas” das maiores e mais antigas comunidades ayahuasqueiras do Acre, alguns gestores públicos e a coordenação da Deputada Federal Perpétua Almeida.

Discutíamos uma nova tomada de posição em relação à postura do estado brasileiro, que ainda insiste em discutir as questões relativas à Ayahuasca, sob a ótica de uma política nacional antidrogas. Parecia óbvia, então, para todos, a incapacidade do governo em encontrar um eixo de discussão que contemplasse, de forma integral, as necessidades das comunidades ayahuasqueiras, tendo em vista os aspectos históricos peculiares do Acre e a liberdade religiosa garantida na constituição brasileira.

O fato é que, nos últimos cinco anos, tanto o Governo do Estado do Acre quanto a Prefeitura de Rio Branco, impelidos pelas comunidades, têm buscado desenvolver uma nova abordagem, com caráter prioritariamente cultural e ambiental. Por conta disso, por exemplo, foram abertos diversos processos de tombamento no Alto Santo e no sítio histórico de Rio Branco, foi criada a APA Irineu Serra, foram realizadas ações de fortalecimento do Centro de Memória Daniel Mattos - criado por iniciativa da própria comunidade herdeira da doutrina desse Mestre Fundador - além da criação de outros centros e salas-memória.

Ainda assim, foi muito difícil encontrar uma ação consensual que servisse para estender este novo eixo de diálogo também ao Governo Federal. Embora a possível solução já parecesse bastante evidente: propor o reconhecimento do uso da Ayahuasca como patrimônio cultural amazônico e brasileiro, simplesmente ainda não estávamos prontos e, além disso, não tínhamos respostas satisfatórias para as diversas perguntas e questões que se colocavam.

Eis o plenário...

Nesse meio tempo, teve início o fértil processo de construção do Sistema Municipal de Cultura de Rio Branco. Pela primeira vez, pessoas das comunidades ayahuasqueiras participavam diretamente do movimento cultural acreano, da mesma forma que muitos outros segmentos que, até então estavam excluídos, se auto-excluíam ou, simplesmente, não participavam mesmo, também se integraram.

Foi muito interessante ver daimistas, artistas, líderes comunitários, filhos e mães de santo, militantes, esportistas, turismólogos, roqueiros, metaleiros e forrozeiros, juntos, discutindo um mesmo princípio. Assim nasceu a diversidade, que é mãe desse conselho de cultura municipal de tantos pais e de configuração tão particular.

O funcionamento de trinta e cinco câmaras temáticas, somado ao seu diferenciado modelo de auto-representação, possibilitou que as diferenças, apenas recentemente afloradas, se aprofundassem. Sob esse signo, começou a funcionar a Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras, experiência que pode ser conhecida, com maiores detalhes, em muitos dos textos do livro do Seminário realizado no ano passado e que está em vias de imediata publicação.

É importante explicitar que as discussões ocorridas, desde então, nesta Câmara, não só proporcionaram um aprofundamento de temas, conteúdos e conceitos da área cultural, como se tornaram uma referência avançada para outras câmaras menos articuladas ou ativas. Uma surpresa. Afinal, não havia como prever, durante a construção do Sistema de Cultura de Rio Branco, quais das Câmaras Temáticas iriam avançar, quais iriam ter dificuldades, e quais nem chegariam a funcionar plenamente.

Logo, a partir de diversos trabalhos coletivos - não sem muita discussão, divergências e contratempos - a Câmara de Culturas Ayahuasqueiras se tornou uma das mais inovadoras e consistentes desse nosso instigante Conselho de Cultura.

Qual a imagem que o uso da Ayahuasca tem para o povo brasileiro? Não apenas a imagem superficial, aquela imediatamente acessível a todos os olhos, todas as bocas, mas também a que ocupa um lugar muito mais profundo em nosso imaginário.


História política recente da Ayahuasca (II)

Eis o Breviário...

Foram muitas reuniões, mas não conseguimos construir um consenso válido e satisfatório, mesmo havendo boa vontade de todos ali reunidos e tendo um objetivo comum, esse sim, consensual. Estávamos em 2007...

Eis o plenário...

Nesse meio tempo, teve início o fértil processo de construção do Sistema Municipal de Cultura de Rio Branco. Pela primeira vez, pessoas das comunidades ayahuasqueiras participavam diretamente do movimento cultural acreano... (até aqui trechos do artigo da semana passada).

Eis o calendário...

Inesperadamente, a oportunidade. Já estávamos no meio de 2008, mas o aviso de que o Ministro da Cultura, Gilberto Gil, viria visitar mais uma vez o Acre, a última como dublê de Ministro e Músico, provocou nova reunião, na mesma Assembléia Legislativa, com a mesma composição que um ano antes.

E a luz se fez... O consenso aconteceu espontaneamente em torno de um novo arranjo, tão surpreendente quanto longamente cultivado. O pedido de reconhecimento do uso ritual da Ayahuasca como Patrimônio Cultural Brasileiro implicava, e todos tinham consciência disso, que ninguém poderia ser impedido de participar do processo.

Ou seja, provavelmente poderia, novamente, ocorrer uma mistura indistinta de grupos muito desiguais sob o imenso guarda-chuva da “Ayahuasca”, como já havia acontecido em outros fóruns e deliberações do estado brasileiro, como certas conflituosas reuniões do CONFEN. Em alguns casos, isso soava como inaceitável para os centros “tradicionais” do Acre.

miolodepote_200211_1.jpg
Ministro Gilberto Gil recebe o pedido de reconhecimento da Ayahuasca como patrimônio cultural brasileiro

Seria necessário, portanto, propor um processo de registro que, ao tratar dos fenômenos e manifestações sociais e culturais das comunidades ayahuasqueiras, tratasse e compreendesse, de forma distinta, os diferentes. E fazer isso sem se afastar do objetivo central, que é ver as culturas ayahuasqueiras reconhecidas como parte indissociável do tecido social do país, conquistando, assim, o deslocamento da questão da Ayahuasca do Gabinete da Presidência da República/CONFEN, para o Ministério da Cultura.

Sabendo, de antemão, que o reconhecimento da dimensão sócio-cultural do uso ritual da Ayahuasca não responderá, automaticamente, a todas as questões relacionadas ao uso recreativo da ayahuasca, ou as suas possíveis aplicações terapêuticas, ou a sua exploração turística e comercial, ou às possíveis abordagens jurídicas, etc. Por conseguinte, trata-se de estabelecer um novo e importante parâmetro de análise para que essas questões possam ser respondidas com mais coerência. Sem resultar, como acontece em tantos casos, em mais preconceito, intolerância ou discriminação de milhares de cidadãos brasileiros que fazem da Ayahuasca um sacramento religioso secular, milenar, amazônico, muito anterior, inclusive, ao próprio estado brasileiro.

miolodepote_200211_2.jpg
Ministro da Cultura Gilberto Gil cumprimentando a Dignatária do Alto Santo Madrinha Peregrina Gomes Serra em 30 de abril de 2008

Aproveitar a presença do Ministro da Cultura, Gilberto Gil, histórico representante artístico de nossa cultura tropical, florestal, tupiniquim, passou a ser, então, a possibilidade concreta de promover um acontecimento chave, e estabelecer um novo marco na história das comunidades ayahuasqueiras.

Essa insuspeita conspiração do tempo possibilitou, assim, que fosse realizada uma singela solenidade (extra à “agenda oficial”) de entrega, ao Sr. Ministro, de um documento assinado por boa parte dos mais tradicionais centros daimistas e do vegetal (já que a UDV também participou de todo o processo), ligados aos três “mestres fundadores”: Irineu, Daniel e Gabriel.

miolodepote_200211_3.jpg
Autoridades religiosas e políticas presentes no Alto Santo durante a cerimônia de entrega ao Ministro do pedido de registrto da Ayahuasca como patrimônio cultural brasileiro

Naquela noite especial, ali no antigo Alto Santo, de Mestre Irineu e Madrinha Peregrina, o nosso Gil (desculpando-me pela intimidade com o então Ministro, mas guiado pela força do costume de fã), recebeu mais que um pedido de abertura de um processo burocrático pelo paquidérmico estado brasileiro. Ele recebeu um documento que atesta o acordo/pacto celebrado pelas “Comunidades tradicionais da Ayahuasca” para, junto com os outros campos ayahuasqueiros da sociedade brasileira, lutar pelo pleno reconhecimento de seus legítimos direitos culturais e religiosos.

Um movimento em direção ao estado brasileiro, iniciado em 1991, com a elaboração da primeira carta de princípios das comunidades ayahuasqueiras ou, antes ainda, quando, em meados dos anos 70, chegou, por vias transversas, a certos novos baianos tropicalistas, uma garrafa do Daime de Mestre Irineu. Vai saber?!?! Um momento apenas, mas longo e profundo, como a própria noite dos tempos. Uma ocasião pra não esquecer.

(continua semana que vem).

Obs: Esta série de artigos integra o texto que será publicado, muito em breve, no livro do Seminário das Comunidades Tradicionais da Ayahuasca, realizado em 2010.

Das nascentes... Alumiar. - Mestre Irineu Serra



Durante a semana passada tivemos as comemorações do dia de Nossa Senhora da Conceição, a Rainha da Floresta, primeira padroeira e protetora de Rio Branco. Por isso tivemos festas em todos os centros daimistas do Acre. Nesta semana, no dia 15 de dezembro comemora-se mais um aniversário de Mestre Irineu. Vai ter mais festa.

Seção Memórias (Crônicas) de agora

Quando Raimundo Irineu Serra criou a doutrina do Daime imprimiu na sociedade acreana uma marca, um novo traço, cultural. Marca que sintetizou contribuições indígenas, amazônicas, afro-brasileiras, européias, ocidentais, orientais, numa só corrente de pensamento.

Estavam atados, então, os laços de uma nova expressão cultural brasileira. Uma síntese nova, mas, ao mesmo tempo, antiga, milenarmente arraigada nas consciências nativas e caboclas do Acre. Isso tudo, parecendo que foi anteontem, em pleno alvorecer do século XX.

Raimundo Irineu Serra, apenas mais um jovem negro nordestino-maranhense a tentar a sorte no Eldorado Amazônico, como tantos outros, teve um encontro (ou foi encontrado), com (por) um destino excepcional. Através desse homem - ainda quase um menino, mas grande e forte o suficiente para chamar a atenção à primeira vista - foram reunidos conhecimentos culturais e espirituais das três grandes raízes brasileiras. Formou-se assim uma identidade comunitária, ética, religiosa e social única, totalmente original, que, a partir do mais interior da vasta e profunda floresta amazônica, ganhou o Brasil e o mundo. E espalhou em seu caminho um novo ponto de vista, uma explicação da realidade diversa, uma radical mudança de perspectiva. O olhar de quem olha de dentro da floresta, a partir das nascentes, pros rios que se dirigem ao mar distante.

Mestre Irineu possibilitou assim que uma comunidade, negra, cabocla, trabalhadora, variada, se constituísse em torno de um novo fundamento espiritual, ousada e surpreendentemente, de forma independente e autônoma. Uma comunidade que cresceu, se diversificou e se disseminou ainda mais com o surgimento de dois outros mestres da Ayahuasca amazônica, Daniel Mattos e Gabriel Costa, nesta mesma região do Acre-Rondônia-Bolívia-Peru, entre as décadas de 40 e 70.

Foi um longo processo, mas, aos poucos, a doutrina do Daíme, Santo Daíme, ou Vegetal, dependendo de quem fala, foi vencendo os preconceitos e sendo compreendida e aceita pela sociedade regional. Mas não foi fácil, muito pelo contrário, a elaboração de um corpo doutrinário, com procedimentos, fardas, instrumentos musicais e princípios éticos se configurou, em grande medida, como um processo de resistência cultural frente a uma sociedade fortemente conservadora e católica.

Surgia assim um conjunto de novas referências, símbolos e histórias que são extremamente diversificadas desde suas origens. Dos ritos indígenas foram colhidos cantos, o toque do maracá, usos espirituais (divinatórios e curativos), modos de colher o cipó e a folha, de preparar o chá, uma forma de se relacionar com a floresta que transcende o amor e alcança a mais pura fé. Do mesmo modo como ainda se faz em muitas tradições indígenas amazônicas e andinas que há milhares de anos conhecem o uso a Ayahuasca.

Dos ritos afro-brasileiros emergiram os trabalhos com entidades espirituais, incluindo a possibilidade, mas não a necessidade, de incorporação. Ao lado de um forte sincretismo, realizado já no nordeste escravista, com símbolos e santos católicos.

Dos ritos católicos se integraram a iconografia, o simbolismo, as santidades centrais dos trabalhos, a tradição histórica e espiritual característica de toda nossa sociedade cristã ocidental. Bem como, numa outra extremidade ainda, integrando caminhos, conceitos e preceitos do espiritismo kardecista.

Vemos assim se formar um imenso e sofisticado circulo de influencias, referências, origens, simbologias, fórmulas mágicas, num fenômeno sócio-cultural semelhante àqueles que ocorreram em outras regiões do Brasil, tais como: a Umbanda, o Candomblé, as Casas das Minas, as Juremas, que retraduziram comportamentos ancestrais em segmentos sociais historicamente excluídos da riqueza do país. Entretanto, evidentemente, no caso das doutrinas caboclas da Ayahuasca há uma predominância amazônica, florestal, indígena, que não existe em nenhuma outra manifestação religiosa brasileira. As doutrinas da Ayahuasca - com toda a força estética, ética e espiritual, que lhe são próprias e específicas - configuraram-se a partir de um longo processo de resistência e de afirmação social, e se consolidaram como fenômeno sócio-cultural característico da Amazônia Ocidental brasileira no ultimo século.

Estava assim criado o cenário a partir do qual - nos anos 70 e 80, depois da partida terrena de Mestre Irineu - o Daime se tornou conhecido no Brasil inteiro, passando a se estabelecer em diversos grandes centros urbanos e a disseminar algumas das características culturais reunidas pelo Mestre Irineu em sua original doutrina cabocla, amazônica, florestal.

Foi apenas uma questão de tempo para que, ainda nos anos 90, os centros do Daime/Vegetal (ou simplesmente da Ayahuasca) - originados das doutrinas dos três mestres fundadores: Irineu, Daniel e Gabriel - se espalhassem por vários países, dos Estados Unidos à Europa, e passassem a influenciar milhares de pessoas mundo a fora, a partir de seus singelos princípios, fundamentalmente ligados à nossa floresta e seus modos de vida originais.

E foi assim que, desde os anos 20, os novos códigos culturais sintetizados e revelados através de Mestre Irineu, passaram a influenciar, de uma ou de outra maneira, comportamentos e significados da sociedade amazônica, mas também do Brasil e do mundo inteiro.

Música, simbologia, ética, conhecimento, espiritualidade, elementos de nossa vida cotidiana que hoje possuem fortes marcas impressas por essa manifestação cultural originalmente amazônica, caracteristicamente brasileira. É preciso reconhecer: Há muitos e importantes motivos para festejarmos e reverenciarmos a luz que nos foi trazida e legada pelo Mestre desde a infinita profundidade da floresta, onde nasce.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Paul Stamets em 6 maneiras para salvar o mundo com cogumelos

O Micologista Paul Stamets lista 6 maneiras pelas quais os micélios fúngicos podem ajudar a salvar o universo: limpando solo poluído, fazendo inseticidas, tratando varíola e até gripe


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quem procura Sasha - Matéria da Revista TRIP


Popularizador do ecstasy e criador de 230 psicodélicos, Sasha Sulgin abre a porta de casa

MATÉRIA DA REVISTA TRIP : http://revistatrip.uol.com.br/print.php?cont_id=28658

Sasha com os cactus de seu jardim, que fornecem matéria-prima para boa parte das pesquisas que desenvolve no laboratório dos fundos de sua casa

Sasha com os cactus de seu jardim, que fornecem matéria-prima para boa parte das pesquisas que desenvolve no laboratório dos fundos de sua casa

Não é metáfora. Era noite, e eu vagava perdido pelo deserto em um hemisfério longe de casa quando achei o profeta. Não é tão dramático tampouco: era o deserto de Black Rock, Nevada, na primeira madrugada do festival Burning Man. E o profeta, no caso, é um homem sem religião ou doutrina. Mas que, e aqui vai todo o drama, é o papa do meu rebanho: dr. Alexander Shulgin, ou Sasha, para amigos e fãs.

Quando, no meio de 2008, arrumava as malas para vir aos EUA, coloquei muitas expectativas, mas pouquíssimos planos. Um deles era conhecer Sasha Shulgin. Por trás da empreitada de correspondente nos EUA estava a ideia de seguir uma intuição que se confundia com certeza: a de que nos estudos dos estados alterados da consciência eu acharia minha estrada espiritual. Por isso, encontrá-lo era como uma peregrinação sem liturgia. De um monge nada asceta atrás de um mestre que vive... sabe-se lá onde. Não havia templo, montanha ou um mísero e-mail para achá-lo. Estranha, ou adequadamente, a vida o colocou na minha frente.

Eu não tinha a menor ideia do que me esperava no Burning Man. Só sabia que eu tinha que estar lá e ponto. Se meus planos nos EUA envolviam me conectar com a comunidade psicodélica e aprofundar minhas pesquisas, o festival era obrigação. Resumindo o que não é sintetizável: 50 mil pessoas vão a um deserto extremamente seco e hostil para “celebrar a autoexpressão radical” e uma recente, difusa e ainda em gestação espiritualidade americana. Drogas psicodélicas são sacramentos nesse ramadã de freaks.

Eu acabara de deixar o automóvel no meio de uma multidão. Cheguei com uma companheira de trips e viagens, tão deslocada quanto eu, e uma onda de ansiedade nos dominou. Não tínhamos um conhecido por ali nem onde dormir ou comer. Renata, a cara amiga, aponta longe: “Vamos perguntar para aquele ali”. Era um senhor em trajes budistas, dançando em cima de um tablado. Simpático ao extremo, nos levou ao seu acampamento para ver o que podia fazer por nós. Sentado a uma mesa, hospedado no trailer ao lado de nosso guia budista, estava o dr. Shulgin.

Sasha com os cactus de seu jardim, que fornecem matéria-prima para boa parte das pesquisas que desenvolve no laboratório dos fundos de sua casa

Sasha com os cactus de seu jardim, que fornecem matéria-prima para boa parte das pesquisas que desenvolve no laboratório dos fundos de sua casa

Pai adotivo do ecstasy
Sasha é um químico e farmacologista que desde o início dos anos 60 se dedica a uma missão: modelar e remodelar compostos psicodélicos como forma de “construir ferramentas para a exploração da consciência”, de acordo com sua definição. Desde sua primeira experiência nos anos 50, com mescalina, Sasha decidiu que seu legado seria aumentar, e muito, a quantidade de compostos (e a informação sobre seus efeitos e farmacologia) capazes de recalibrar mentes. Sem fama, e no conforto de seu lar, Sasha criou 230 novas drogas psicodélicas, publicou a receita de como fabricá-las e abriu a porta por onde dezenas de outros químicos despejaram pílulas, elixires e pozinhos pelo mundo.

A mais célebre criação de seu laboratório não é exatamente um de seus “filhos”, mas um adotivo. Desde 1914 a Metilenodioxi-N-Metanfetamina era apenas uma nota de rodapé farmacológica, de aplicação desprezada pela ciência. Sasha tratou de criar uma nova síntese para o tal MDMA. Ou como você, os cibermanos, os playboys, a sua mãe e o Datena conhecem muito bem: ecstasy. A molécula mudou a cultura, salvou e danou a vida de muita gente. E, sem medo de errar, foram comprimidos dela que forneceram energia e motivação para a fundação do Burning Man. Comprimidos de ecstasy que ajudavam a deixar milhares por ali alheios a quem era aquele velhinho de bengala sentado no meio da esbórnia.

Sasha testava os compostos que criava no laboratório dos fundos de sua casa primeiro em si, depois com sua mulher e com alguns amigos

Para mim, a esbórnia no deserto estava abortada. Queria aproveitar ao máximo a sorte de conhecer o homem. Meu fascínio por Sasha não é, de longe, devido ao ecstasy. Veio da leitura de Pihkal, uma química história de amor, seu livro de 1991, escrito com Ann Shulgin, sua esposa. Nessa obra, crucial para qualquer um que quer entender drogas como algo mais sutil do que o sempre alucinado senso comum, é descrito como Ann e Sasha percorreram sua vida até se encontrarem.

E de como a história de amor dos dois se confunde com a maior exploração psicofarmacológica da história. Como Sasha, Ann e uma seleta turma percorreram décadas investigando compostos que Sasha criava no laboratório dos fundos de sua casa. Testava primeiro em si, depois com sua mulher, depois com alguns seus amigos. E de como esse trabalho foi expandindo, em salas de psicoterapia pela Califórnia, as possibilidades dos exóticos e recém-nascidos compostos. Esse é o enredo que ocupa a primeira parte do livro e introduz a segunda, em que a síntese, a molécula, a dose e os comentários sobre os efeitos de cada uma das substâncias são descritos com humor e elegância. Mescalina e MDMA fazem parte dela. LSD, Psilocibina e DMT pertencem às triptaminas, família descrita da mesma forma.

Trip_178_SASHA_0003

Sua jornada me fez virar seu fã. Além de químico, Sasha era um devotado à causa do prazer, da exploração das possibilidades da mente como forma de desobstruir qualquer barreira à vazão do amor. Nunca as patenteou, nunca as traficou, nunca achou boa ideia dar para moleques em raves ou tomá-las sem cuidadosa informação. É um artista transcendental, cuja obra ganha sentido e desdobramentos literalmente na cabeça do “espectador”. Também é um excelente escritor, lúcido e com uma habilidade fora do comum para escrever sem clichês sobre o indizível: o universo de uma viagem psicodélica. Nunca caiu na falta de critério da nova era. Nunca se colocou como guru. Nunca perdia a chance de ser engraçado.

Obama discursava por uma América justa. e Sasha, totalmente alheio, fazia questão de não ouvir

Eu só queria ficar perto e saber o que se passa, hoje em dia, na cabeça desse verdadeiro astronauta do espaço interior. Tenso, domando minha reverência, peço licença e sento do seu lado. Me apresento, explicando que conhecê-lo era um objetivo antigo. Sasha vira em minha direção e não estende a mão. Apenas o mindinho:

– Puxa meu dedo... – pede com uma octogenária cara de garoto.

Foi assim, com uma velhíssima piada de peido, que começamos nossa primeira conversa à sombra de seu trailer. Me contou que estava praticamente cego, portanto não poderia saber que rosto tenho. Era o segundo sentido que ia embora. O primeiro, há muitos anos, foi o olfato, vítima de décadas de laboratório e seus mal ventilados vapores. A vantagem de não ter um nariz sensível, explica o PhD, é que ele se divertia soltando silenciosos peidos em locais fechados para identificar o aroma apenas pelo rosto das pessoas. “Hahahaha. Eu gosto”, desabafa, logo explicando por que CH4, o metano (vulgo peido), cheira mal e que a literatura química tem diversas falhas na descrição dos hidrocarbonetos e seus estranhos perfumes.

Trip_178_SASHA_0004

Com a inseparável parceira no amor e palestras, Ann Shulgin, Sasha fala no Burning Man.

Ele estava com 83 anos no Burning Man. E com a memória impecável. O que eu não sabia, no entanto, era de sua loucura por palavras e truques com elas. Sasha, entre sua família e turma, é notório por piadas radicalmente infames e pela capacidade quase automática de fazer trocadilho com qualquer coisa que chega ao seu ouvido. Fez para mim um sentido danado. A química de Sasha era um eterno processo de inverter letras e posições em moléculas para deixá-las quase idênticas – mas com funções distintas. E provocar na cabeça reações ainda mais distintas. Também sabia de cor dezenas de poemas safados da Inglaterra. Sempre uma piada... sempre um comentário de duplo sentido... o que me fez pensar que, se fosse brasileiro, Sasha seria pernambucano.

Passei uma semana inteira no deserto. E evidente que apenas pequena parte dela gasta com Sasha. Mas sempre apreciava vê-lo caminhar só, e cego, sob o sol e o olhar jocoso de gente que não tinha a menor ideia de quem era aquele idoso de chapéu e camisa de turista. Lembro com gosto de uma cena que me disse muito de quem ele é: foi durante o Burning Man que Obama subiu ao palco da convenção democrata em Denver para aceitar a indicação do partido à candidatura para a Casa Branca. Ann Shulgin, sua esposa, sentada comovida, radinho ao pé do ouvido, pedindo silêncio aos convivas, escutando Obama discursar e prometer uma América mais justa. Sasha estava ao lado dela, mas totalmente alheio, fazendo questão de não ouvir, batucando levemente na bengala, cantarolando baixinho uma velha canção.

Jardim de cactos psicoativos na casa onde vivem

Jardim de cactos psicoativos na casa onde vivem

Sasha não acredita ou se interessa por política. Nem revoltado fica. Simplesmente prefere gastar seu humor com... humor. Não acredita nem por um segundo que a política, e o que ela sempre foi, é amiga da liberdade. E para Sasha liberdade tem mais a ver com velhas canções do que com comícios abarrotados. Na primeira vez que o visitei em sua casa, algumas semanas depois do Burning Man, perguntei a ele por que não se importava com política.

“Não gosto. Prefiro que eles fiquem lá e eu aqui. Não faço nada ilegal e eles não vêm aqui ver se estou fazendo nada ilegal. Para mim é um bom acordo.” Ele se refere nas entrelinhas ao dia em que o DEA, a polícia antidrogas corrupta (há alguma honesta?) americana, invadiu seu laboratório em 1994. Ele tinha autorização do mesmo DEA, desde os anos 60, para a posse e fabricação de uma série de drogas proibidas. Mas a publicação de Pihkal bateu como uma provocação intolerável aos federais. Se para mim o livro é uma ode à liberdade e à ciência de exploração da mente, para a polícia era um livro de receita para fabricantes de drogas. E de fato é: depois de Pihkal uma enxurrada de novas drogas das mais variadas potências e nuances chegou às ruas. E o governo teve que entrar em uma longa estrada de mais proibicionismo e controle.

Hoje, ele diz, “ninguém se atreve a vir atrás de mim, me processar. Eles sabem que eu estou louco para ir a um tribunal. Eles sabem que eles estão errados e eu posso provar”. Encerra a frase, claro, com um sorriso, e continua contando de suas aventuras no Brasil, quando, convidado por gente ligada ao governo federal nos anos 80, foi apresentado a um laboratório de MDMA funcionando em um hospital de Niterói. Segredo, claro, de gente influente que adorava tomar ecstasy em reuniões de sexta-feira. E estavam, por baixo dos panos, tentando iniciar os mesmos estudos psicodélicos e psicológicos que Sasha e Ann tocavam na Califórnia.

Para a polícia era um livro de receitas de drogas. E de fato é: depois de Pihkal uma enxurrada de novas drogas chegou às ruas

O repórter da Trip e Sasha entre trocadilhos infames no Burning Man

O repórter da Trip e Sasha entre trocadilhos infames no Burning Man

Naquela primeira visita ele me convidou para conhecer o laboratório. Uma pequena construção separada da casa, depois de uma estreita ponte de metal e de um bagunçado jardim de cactos. É deles que saíram as moléculas básicas (mescalina e outras) para a derivação das feniletilaminas. Daqueles cactos singelos nasceram o ecstasy, o STP, o 2C-B... O laboratório em si é um cenário, a toca do alquimista. Cheio de potinhos rotulados à mão em estantes de madeira, cada uma de um tamanho, cada pote de uma cor. Tubos e espirais e canos e balões e béqueres e toda a sorte de parafernálias que um leigo, como nós, enxerga como paisagem. O cheiro, que Sasha já não sente, um tanto cáustico e ao mesmo tempo agradável. Sobre a lareira, a lousa carrega uma molécula desenhada e a ordem: ME FAÇA.

Shulgin Road
Visitei Sasha outras vezes. Sempre que pude. Uma delas na Páscoa, quando anualmente oferece uma festa aos amigos. Gente dos EUA todo vem, gratos pelo convite e ansiosos pelos encontros. Desde os anos 60 Sasha gosta de reunir gente. É sua grande alquimia, no fundo. Pela propriedade da Shulgin Road (é o único morador da rua que sai de uma freeway) está espalhada gente de todo tipo. Velhos psicólogos entusiastas da psicodelia, antigos agentes do DEA aposentados, jovens químicos, programadores de software da velha guarda, médicos, especialistas em sonhos, ativistas antiproibição e toda a variada e excitante fauna humana que antes de colocar qualquer coisa na boca, ou na veia, estuda bem do que se trata. Nesse dia, Sasha vira um poço onde os outros despejam amor. Todos com um abraço e palavras tenras ao bom doutor. E, nos olhos de todos, a leve melancolia de notar o dono da festa no ocaso da vida. Ele também sabe disso. E parece não se importar.

Em nosso último encontro ele estava mais aéreo, perdendo um pouco da lucidez imaculada em décadas de drogas das mais exóticas. o que não perde, nem por um segundo, é o humor

Na última vez que o visitei, para uma entrevista formal e as fotos que estão nesta reportagem, Sasha fizera 84 anos no dia anterior. O bolo ainda estava na mesa, e pude provar um pedaço. Mas a ocasião era ainda mais solene. Sasha estava ditando o finalzinho do seu último e definitivo livro: o Shulgin Index, um monstro de quase 2 mil páginas, sua obra magna que vai dar à famarcologia, receita, efeitos e cada referência anotada de todas as feniletilaminas psicoativas que Sasha criou ou, simplesmente, cuidou de catalogar. E anunciou que, mesmo cego, agora munido de um assistente que lhe servirá como um par de olhos, pretende voltar ao laboratório para criar mais drogas no tempo que lhe resta nesta trip na Terra.

Sasha tranca seu lendário e mágico laboratório

Sasha tranca seu lendário e mágico laboratório

Em nosso último encontro ele estava mais aéreo, perdendo um pouco da lucidez imaculada em décadas de drogas das mais exóticas. Para mim foi duro vê-lo se confundir no meio de uma resposta ou entrar em longas digressões para nunca mais voltar. O que não perde, nem por um segundo, é o humor. Insiste na piada, nos trocadilhos, mesmo quando diz que vê o mundo indo irreversivelmente para um estado fascista. Ou quando fala de como se esqueceu de quem eu era quando solicitei a entrevista. Ou de como as pessoas usam drogas sem critério. Ou de como sabe que a morte está chegando porque começou a ter memórias vívidas da sua mais antiga infância, 2 ou 3 anos de idade.

Explico a ele que a entrevista deve entrar em uma edição sobre o tema prazer. Sasha dá uma risada. O que é prazer para você, então?

“O que é prazer? Hummm, boa pergunta. Porque é algo que vai muito além de um fenômeno cerebral, me parece. E que só pode ser respondido em bases muito subjetivas. Para mim tem necessariamente a ver com a relação com outra pessoa, em criar um elo com outro ser humano ou criatura. E eu estou largamente do lado de quem se dedica a dar prazer aos outros. Tá aí o meu prazer, sabe? Interagir com pessoas. Estou adorando conversar contigo. Adoro prestar atenção ao que você diz, pegar as pequenas variações com as palavras e brincar com elas. Por exemplo: você gosta de palíndromos?”

Eu? Gosto muito... por quê?

(E começa a citar, de cabeça, séries de palíndromos e rir sem parar.) “Porque palíndromos te pegam desprevenidos! Tem aquele mistério delicioso de contemplar. Você não entende como pode ser, de onde vem! Ele é uma frase que é igual de trás pra frente, meu Deus. Qualquer um com sensibilidade para isso fica chocado quando repara.”

Que nem a vida.

“Exatamente. Não é demais?”

E foi assim que me despedi de Sasha, com a melhor lição que poderia ter do profeta. Encontrá-lo no deserto teve o delicioso mistério, não entendia como aconteceu, como podia ser, de onde veio. Algo que mais tarde eu descobri que pode ser lido olhando do passado para o futuro e vice-versa. Totalmente desprevenido. E que, no fundo, estranhamente, esse palíndromo solto no tempo se estende por toda a vida, nas lembranças infantis que retornam nos anciões, nas voltas de uma trip de LSD ou na rotina de um agente do DEA. A lição de Sasha era o inefável sorrisão aberto – a fatal conclusão de que, se a vida tem algum senso, é o senso de humor.

O que é o DMT?


O DMT é um sólido cristalino branco de cheiro pungente, que derrete aos 49-50 graus Celsius, em sal higroscópico hidroclorido aos 171-172 graus Celsius, e em metiodida aos 215-216 graus Celsius. É insolúvel em água, mas dissolve em solventes orgânicos ou ácidos aquosos.

O DMT é o maior constituinte da raiz da planta brasileira epená (Virola calophylla), mas também se encontra nas:
1 – sementes de angico-branco (Anadenanthera peregina)
2 – sementes de jurema-preta (Mimosa hostilis), usadas no este brasileiro para preparar uma bebida chamada ajuca ou ajurema
3 – folhas de chaliponga (Diplopterys cabrerana), as quais se misturam com bebidas harmalinas derivadas de outras plantas do género Banisteriopsis para preparar ayahuasca
4 – folhas de chacrona (Psychotria viridis), que também se misturam nas bebidas de ayahuasca.

O DMT deve ser misturado com inibidores da monoamina oxidase (MAO) para se tornar activo por ingestão e causar alucinações. Este é o caso da poção xamã da ayahuasca. Vê a nossa página sobre ayahuasca para mais informação.

História

O DMT foi sintetizado pela primeira vez em 1931, e demonstrou-se ser uma substância alucinogénia em 1956. Foi encontrado em muitos géneros de plantas (Acacia, Anadenanthera, Mimosa, Piptadenia, Virola) e é um componente principal de muitos “cheiros” alucinogénios (cohoba, paricá, angico), sementes e bebidas.

Química

Nome: N,N-dimetiltriptamina
Nome químico: N,N-dimetil-1H-indol-3-etanamina
Nomes químicos alternativos: 3-[2-(dimetilamina)etil]indol, DMT
Fórmula química: C12H16N2

O DMT é um derivado da triptamina formada pela substituição de grupos metil por dois átomos de hidrogénio anexados ao nitrogénio não aromático na molécula da triptamina.
Tanto o composto original (triptamina) como o sistema N-metil transferase (o último é capaz de converter o primeiro em DMT) ocorrem nos seres humanos, mas não há ainda provas de que o DMT se forma in vivo.
Todavia o DMT foi identificado em pequenas quantidades no sangue e na urina tanto de pacientes normais como de pacientes esquizofrénicos, mas as suas origens e funções são desconhecidas.

Efeitos

Idênticos aos do LSD, mas geralmente mais intensos. Como não é ingerido, os efeitos são repentinos e podem ser demasiado fortes. O termo “mind blowing” (explosão mental) poderá ter sido inventado para esta droga. Pensamentos e visões acumulam-se a grande velocidade; uma sensação de abandono temporal ou transcendental e dos objectos perderem toda a forma e dissolverem-se numa dança de vibrações são características comuns. O efeito pode ser descrito como uma transportação instantânea para outro universo.

Uma característica invulgar da intoxicação induzida é a rapidez do começo e a curta duração da trip. Dentro de 5 minutos após a administração as pupílas dilatam-se (midríase), os batimentos cardíacos aceleram (taquicardia), a tenção arterial aumenta consideravelmente, e dão-se distúrbios vegetativos relacionados, os quais normalmente continuam durante a experiência.
Dentro de 10 a15 minutos dá-se a intoxicação, e esta caracteriza-se geralmente por alucinações de olhos fechados ou abertos, e grande movimentação no campo visual.

Há dificuldade na expressão dos pensamentos, e na concentração em assuntos específicos. Normalmente dá-se uma mudança de disposição para euforia e riso sem sentido, mas ocorreram casos em que a ideação paranóica promoveu ansiedades e pressentimentos que levaram ao estado de pânico.

Aos 60 minutos o sujeito está grandemente livre de sintomas, embora alguns efeitos restantes já tenham sido obervados na segunda hora.
Com a administração por inalação a escala temporal contrai-se, e o começo dos efeitos nota-se em 10 minutos, dá-se um curto período de intoxicação em 2-3 minutos, e a completa libertação de qualquer efeito restante em 10 minutos.
Em doses mais altas os sintomas vegetativos aumentam, e estes tomam o controlo da experiência psicadélica em doses de 150 mg.

Uso

O DMT não funciona por via oral; tem de ser fumado ou injectado. Com a injecção intramuscular os efeitos mínimos sentem-se a partir dos 30 mg, e uma experiência psicadélica completa resulta da administração de 50 a 70 mg (75 mg subcutaneamente, 30 mg por inalação).

O uso repetido não causa dependência física ou psicológica.

Quando tomares DMT certifica-te de que estás num ambiente confortável e familiar, de preferência numa sala iluminada onde te possas sentar ou deitar. Um xuto de DMT de pé quase de certeza te fará cair de rabo no chão assim que começares a sentir o efeito.
A dose recomendada é cerca de 40 a 50 mg. A dose deve ser pesada para determinar o peso preciso. As doses inferiores a 25 mg surtem apenas efeitos físicos e psicadélicos mínimos. As doses entre 25 e 40 mg são geralmente insuficientes para causarem a totalidade dos efeitos únicos do DMT como descritos acima.
As doses excessivas de 55 mg, especialmente se conseguires reter todo o vapor nos pulmões, podem ser MUITO fortes e não se recomendam a iniciantes.

A maneira mais comum de inalar o DMT é a seguinte:
Arranja um cachimbo de ar para base-livre com o tubo mais largo que conseguires encontrar. Introduz o maior filtro de cachimbo de aço inoxidável com a rede mais fina que caiba no tubo. Depois espalha uniformemente o DMT por cima do centro da rede. Certifica-te de que manténs o DMT longe das pontas do filtro para que quando derreta não derrame por aí.
Segura um fósforo ou maçarico por cima do filtro e inala profunda e vagarosamente. Não deixes que a chama toque no DMT, pois isto destruirá a maior parte da droga. O DMT derrete e vaporiza facilmente, por isso o objectivo é deixar o ar quente passar com a chama para dentro do cachimbo para vaporizar o DMT e conseguir que a câmara de ar fique cheia do vapor branco do DMT.
A cada passa tenta manter a respiração o maior tempo possível. Expira e dá outra passa imediatamente. Os efeitos físicos, uma tremura ou vibração pelo corpo inteiro, dão-se primeiro.
A intensidade dos efeitos não é um guia fiável para a dose de DMT que consumiste. Continua a dar passas profundas e a manter o fumo nos pulmões até teres consumido todo o DMT previamente pesado.

Avisos

Esta não é uma droga para festas; os efeitos são melhores quando experimentados num ambiente calmo. Certifica-te de que tens contigo um ou mais amigos que possam olhar por ti e retirar o cachimbo das tuas mãos (se escolheste esse meio de consumo), pois entrarás numa transe mais rápido do que esperas e a partir daí terás pouco controlo motor e provavelmente os olhos fechados.

Não te levantes. Não operes maquinaria pesada. Não conduzas.
As pessoas que atravessam problemas emocionais ou psicológicos devem ter cuidado ao decidirem usar drogas psicadélicas como o N,N-DMT, pois estas podem causar ainda mais problemas.
As pessoas com história familiar de esquizofrenia ou doenças mentais devem ter extremo cuidado, pois as substâncias psicadélicas podem despertar casos psicológicos e mentais latentes.

O DMT sintético tem sido extensivamente pesquisado por autoridades médicas na Europa e na América. É perfeitamente seguro e sem efeitos físicos permanentes nas doses indicadas. Todavia, como o DMT fumado causa um aumento abrupto da tensão arterial, é provavelmente desaconselhável às pessoas com uma tensão arterial muito elevada.
Os efeitos do DMT aumentam muito se tomares inibidores da MAO. Estes encontram-se em alguns medicamentos e alimentos. Vê a nossa página sobre inibidores da MAO para mais informação! Esta mistura pode ser muito perigosa!

Substitutos

A brevidade da experiência torna a sua intensidade suportável e, para alguns, desejável. Pelo menos duas drogas sintéticas nas quais o grupo metil do DMT é substituído são psicadélicas.
A droga DET actua com a mesma dose que o DMT, e os efeitos duram um pouco mais (cerca de hora e meia a duas horas). O DPT actua ainda durante mais tempo, e tem menos efeitos secundários autonómicos.

Misturas

Não recomendamos a mistura do DMT com outras drogas. Este deve ser experimentado de mente “limpa”. A marijuana nubla os efeitos.

Ligações/referências

Este artigo baseia-se nas seguintes páginas:

A1b2c3 on DMT
Erowids DMT Vault
Wikipedia on DMT

Sementes de Cânhamo como biocombustível !!!

Biocombustível é a denominação atribuída aqueles combustíveis cuja origem biológica é não-fóssil, sendo produzido por uma ou mais plantas. Atualmente no Brasil, utilizam-se milho, soja, linhaça, pinhão-manso, mamona, cana-de-açúcar, óleo de palma, esgoto, restos de comida, dejetos animais e arroz na produção de biocombustível. Por que o cânhamo não é uma alternativa? Afirma-se que o semente do cânhamo possui mais óleo que pelo menos a soja, já comprovando superioridade em uma das fontes utilizadas. Outras comparações não serão citadas por falta de referência, fiquem a vontade para adicionar alguma nos comentários.

Toda a poluição e degradação da natureza, se nós quisermos, terá um fim. Se não por vontade própria, será por necessidade. O biodiesel é um tipo de biocombustível e é utilizado em motores convencionais de diesel sem necessitar quaisquer adaptações. A produção de cânhamo poderia sustentar todo e qualquer combustível utilizado na própria atividade agricultural, em tratores e afins assim como para outros fins e tudo isso com uma queima limpa e impacto natural de 0%.

Fazendo um comparativo entre o combustível provindo do petróleo e o biocombustível provindo do cânhamo chegamos a conclusão:

  • O cânhamo pode ser produzido domesticamente, o petróleo não
  • O cânhamo é uma fonte renovável, o petróleo não.
  • O cânhamo traria lucro para fazendeiros e melhoraria a economia de um modo geral, o petróleo não
  • O petróleo é perigoso de manipular e estocar, o cânhamo não
  • O petróleo contribui com o aquecimento global, o cânhamo não
  • O petróleo é altamente tóxico para animais e humanos, o cânhamo não
  • Um pequeno acidente com petróleo vira uma catástrofe, com o cânhamo não
  • O petróleo contribui na formação de chuva ácida, o cânhamo não

E aí, vamos votar pela proibição do petróleo?

No Canadá, onde a produção do cânhamo também é permitida, a indústria do biocombustível já acrescentou 2 bilhões de dólares na sua economia anual, como publicado no começo de 2010 no link Biofuels add $2 billion to Canadian economy, que também relata melhorias relevantes na zona rural, desenvolvimento industrial, exportação de óleo, e uma gama de opções melhoradas para a composição dos seus biocombustíveis.

Com um investimento direto de pouco mais de 2 bilhões de dólares para o período de construção e adaptação para a produção de biocombustíveis, o Canadá obeteve um lucro líquido (após deduções) de quase 3 bilhões de dólares, além de mais de 14 mil empregos diretos e indiretos gerados.

Podemos estar errados, mas tudo indica que a causa pela qual lutamos faz muito sentido e precisa ser ouvida. Não sejamos idealistas apaixonados por uma proibição que só nos proibe de viver mais saudavelmente, e fazendo as nossas próprias escolhas. Como sabemos, não cabe ao Estado decidir o que é melhor para cada um de nós como pessoa, isso se chama liberdade de escolha, mas eles poderiam com certeza ao invés de atrapalhar, ajudar a natureza e o país.


Fonte: http://hempworld.com/hemp-cyberfarm_com/htms/hemp-products/bio-diesel/bi…
Fonte: http://www.hempcar.org/biofacts.shtml
Fonte: http://www.hempcar.org/petvshemp.shtml

“Maconha: Mitos e Fatos” — Psicotropicus lança tradução e discute o livro

A Psicotropicus, uma organização não governamental que, assim como a Brasil NORML, quer transformar a política de drogas atual, foi a responsável pela tradução do livro e pelo debate ao redor das questões levantadas. Na mesa estavam o Dr. Elisaldo Carlini, estudioso do assunto no Brasil há 50 anos e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID); Luiz Paulo Guanabara, um dos fundadores da ONG; Francesco Ribeiro, químico e ativista do portal Growroom; e Bruno Sabino, farmacologista e perito criminal do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE-RJ). Como moderadora estava Maíra Fernandes, gerente de projetos da Psicotropicus.

Os mitos ao redor da droga ainda existem pois a discussão não é incentivada, assim como o estudo é difícil no país e entidades importantes e veículos de comunicação continuam propagando as “lendas” sobre a maconha. O evento contou com convidados de excelência para provar que droga é , de fato, um assunto sério e as questões ao redor delas devem ser levadas da mesma maneira.

“O livro deve ser distribuído por delegacias, departamentos políticos, escolas e universidades.”, enfatizou Ranieri, que anseia que as informações sobre a discriminalização sejam acessível a todos. A intenção não é incentivar o consumo, mas conscientizar sobre seus efeitos na área medicinal e os reflexos das leis antidroga em um país com altos índices de violência.

Inclusive, a maconha no Brasil, por ser ilegal, é conservada de maneira errada e não deveria ser consumida dessa forma. A questão não é a luta contra os produtores — que só gera mais violência — mas a regulamentação para o cultivo e distribuição corretos já que a cannabis, assim como outras ervas, traz grandes avanços nas áreas medicinais e industriais.

Para saber mais, entre no site do Psicotropicus e obtenha o seu exemplar de “Maconha: Mitos e Fatos” e dê o seu apoio.

CANNABIS MEDICINAL EM DEBATE - 24/02 - Divulgação !!!

São Paulo, fevereiro de 2011 – A cannabis é uma planta com propriedades medicinais, utilizada por diferentes civilizações há mais de 12 mil anos. Nas últimas décadas, estudos científicos tem comprovado o que milhares de anos de experiência prática já haviam revelado: os príncipios ativos da planta podem servir para o tratamento de diversas doenças e amenizar os síntomas de muitas outras.

No entanto, a mesma planta que cura, hoje é considerada por grande parte da sociedade como uma droga perigosa e, por isso mesmo, seus usos terapêuticos são um tema tabu. Apesar de reconhecido internacionalmente, o uso medicinal da cannabis é cercado de preconceito e sofre com a proibição ao cultivo, mercado e consumo da planta.

Para celebrar o início de suas atividades em 2011, na quinta-feira, 24 de fevereiro, a partir das 17h30, a Matilha Cultural, em parceria com o Coletivo Desentorpecendo A Razão, promove o “Cannabis Medicinal em Debate”, um espaço aberto para trazer novas informações e discutir os diferentes aspectos que cercam o tema. Com entrada livre, o evento marca também o lançamento do livro “Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor”, do antropólogo e ativista Sérgio Vidal.

A programação tem início com uma sessão do filme “Cortina de Fumaça” (2010), de Rodrigo Mac Niven, seguido de debate com o Deputado Federal Paulo Teixeira, o biomédico pesquisador, doutorando no Programa de Neurociências da Unifesp, Renato Filev, o Doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Mauricio Fiore, e do advogado Jolberte Gomes, além do autor de “Cannabis Medicinal”, Sergio Vidal.

Realização:

www.matilhacultural.com.br

www.coletivodar.org

www.cultivomedicinal.com.br

Programação:

17:30 – Exibição do filme “Cortina de Fumaça”, de Rodrigo Mac Niven

19:30 – Debate sobre a Cannabis Medicinal

Debatedores:

Renato Filev – Biomédico Pesquisador, doutorando no Programa de eurociências da UNIFESP, com ênfase ao sistema endocanabinóide e sua relação com transtornos psiquiátricos, membro do Coletivo DAR;

Mauricio Fiore – Doutorando em ciências sociais pela Unicamp e pesquisador do Neip e do Cebrap – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.

Jolberte Gomes – Advogado

Paulo Teixeira – Deputado Federal (PT-SP)

Sergio Vidal – Antropólogo e ativista, autor do livro Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor

Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor
Autor: Sergio Vidal
Formato: 10 x 17 cm, ilustrado, 160 páginas
Edição Independente
Preço: R$ 29,90
Site: www.cultivomedicinal.com.br
Sinopse:

O livro foi escrito para preencher uma lacuna existente na literatura brasileira a respeito da planta Cannabis sativa. “Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor” é o primeiro livro em português sobre o tema e é fruto de uma extensa pesquisa de revisão bibliogŕafica.

O governo brasileiro já reconheceu o uso medicinal da cannabis, mas pouco avançou no sentido de regulamentar esse tipo de aplicação. Apesar de haver, na Lei 11.343, uma forma de requerer autorização de uso legitimado da planta para fins medicinais e científicos, não se tem notícia de qualquer instituição que tenha conseguido este documento.

Osmose, transpiração, respiração, pH, dióxido de carbono, condutividade elétrica, fotosíntese, clonagem, floração e lumens, são apenas alguns exemplos dos temas discutidos no livro. Além desses temas, a obra também faz um breve histórico do desenvolvimento das técnicas de cultivo e dos usos medicinais da planta. O livro trata desses e diversos outros assuntos do interesse de pessoas que trabalhem em estabelecimentos autorizados legalmente a cultivar cannabis, e de pesquisadores ou leigos no assunto que pretendam ampliar seus conhecimentos sobre a planta.

Cortina de Fumaça (BRA, 2010) – 94’

Português e Inglês com legendas em português
Dir: Rodrigo Mac Niven

www.cortinadefumaca.com

Sinopse:

Dirigido por Rodrigo Mac Niven, o documentário de 94 minutos avalia a política de drogas no Brasil e no mundo e traz informação fundamentada para o grande público através de depoimentos nacionais e internacionais. Mac Niven conta que o interesse pelo tema nasceu, principalmente, pela importância de discutir as causas e possíveis soluções para o tráfico e consumo de drogas.

O vídeo, que tem a participação de médicos, neurocientistas, psiquiatras, policiais, advogados, juízes de direito, pesquisadores e representantes de movimentos civis, tem também a opinião de entrevistados como o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o Ministro da Suprema Corte da Argentina, Raúl Zaffaroni; o ensaista e filósofo espanhol autor do tratado “Historia General de Las Drogas”, Antonio Escohotado, o ex-Chefe do Estado Geral Maior do Rio de Janeiro, Jorge da Silva e o criminalista Nilo Batista. Foram dois anos até a finalização de “Cortina de Fumaça” e a primeira exibição na Mostra do Rio de Janeiro 2010 mostrou que ainda há muita gente que não conhece a engrenagem da política de drogas.

“Tem gente que se surpreende com a parte que fala de maconha medicinal e do sistema endocanabinóide, outros com a parte político-social, outros com a realidade da Califórnia” diz Rodrigo. “Mas acredito que o que realmente nunca foi dito pelos grandes veículos de comunicação é a urgência de debatermos o assunto de uma forma científica, democrática e honesta. Precisamos de informação e isso o documentário tem de sobra, pra todos os gostos”, completa o diretor.

MATILHA CULTURAL

A Matilha Cultural é uma entidade independente e sem fins lucrativos, instalada em um edifício de três andares, localizado no centro de São Paulo. A Matilha integra um espaço expositivo, sala multiuso e café, além de um cinema com 68 lugares.

Fruto do ideal de um coletivo formado por profissionais de diferentes áreas, a Matilha foi aberta em maio de 2009 e tem como principais objetivos apoiar e divulgar produções culturais e iniciativas sócio-ambientais do Brasil e do mundo.

SERVIÇO
Cannabis Medicinal em Debate

Data: 24 de fevereiro de 2011

quinta-feira, das 17h30 as 23h

Local: Matilha Cultural – Rua Rego Freitas, 542 – Consolação

Preço: Livre – Ingressos devem ser retirados com 30 minutos de antecedência
Capacidade: 68 lugares

MATILHA CULTURAL

Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo

Tel.: (11) 3256-2636

Horários de funcionamento: terça-feira a sábado, das 12h as 20h

Wi-fi grátis

Cartões: VISA (débito/crédito)

Entrada livre e gratuita, inclusive para cães

www.matilhacultural.com.br

A MACONHA SALVA O MUNDO ? JACK HERER

Extraído do Site MidiaIndependente :

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/07/474406.shtml


A MACONHA SALVA O MUNDO ? JACK HERER


Como salvar o mundo com a Maconha/Canabis/Cânhamo
Esta é minha missão. Eu vou enviar este trabalho para Virgin Earth Challenge. Agradeço a todos os companheiros que me encorajam. A idéia é esta:
Plantar Maconha em 600 milhões de acres de terras secundárias nos Estados Unidos.
Plantar Maconha em 600 milhões de acres de terras secundárias no Canadá.
Plantar Maconha em 1 a 2 bilhões de acres de terras secundárias na Rússia e Sibéria.
Plantar Maconha em 1 a 2 bilhões de acres de terras secundárias na África.
Plantar Maconha em 600 milhões de acres de terras secundárias na América do Sul.
Plantar Maconha na Austrália.
Plantar Maconha na Ásia.
Plantar Maconha na Europa.

Os únicos combustíveis serão o álcool e o biodiesel de Maconha.
Todos os combustíveis fósseis, óleo, carvão e gás natural não serão mais usados. Eles serão deixados na terra somente para emergência. Por exemplo, quando houve o terremoto de Krakatoa, o sol foi bloqueado por dois anos naquela área.

Todo papel será feito de Maconha. Não cortaremos mais Árvores para a produção de papel. Era assim que se fazia há 130 anos. Isto salvara metade das Árvores do planeta que de outro modo seriam cortadas nos próximos 30 anos. Todas as Árvores seriam mais fortes e maiores.
A maior parte dos materiais de construção seriam feitos de compostos de Maconha.

De 20 a 50 por cento de toda a proteína para alimentação virá das sementes da Maconha. Na China, de 5000 anos até 100 anos atrás, aproximadamente 50% da comida era feita de Maconha, e 20% do alimento na Europa. Na fronteira da China com o Laos,Nepal, Tibete, Afeganistão, subindo até o norte divisa com a Mongólia, 50% de toda a proteína para comida é feita a base de semente de Maconha e 90% de toda a manteiga.Não usaremos mais algodão para vestuário, a menos que seja cultivado organicamente. Roupas poderiam ser feitas de fibra de Maconha, bambo, soja ou linho.
Dr. Raphael Mechoulam de Israel acredita que 30% de todo remédio poderia ser tirado da Maconha de sua combinação com outras drogas.
As áridas terras do Saara e outros desertos ao redor do mundo serão plantados com Maconha.Pessoas entre 18 e 30 anos de idade, por todo o mundo, se engajarão num tipo diferente de exército, o exército da Maconha, plantando colhendo e empacotando Maconha. Como recompensa, receberão a faculdade paga pelo governo.

As pessoas viveriam dois anos a mais, usando Maconha.
Tudo será muito mais legal. Existira trabalho pra todo mundo. A Indústria Automobilística construirá carros feitos principalmente de Maconha. As companhias de informática montarão computadores feitos de Maconha. Móveis serão feitos de compostos de Maconha. A Maconha cresce em todos os lugares, do Equador ao Ático, dos vales até em montanhas com altura superior a 1800 metros. Ela é a mais saudável entre as mais de 3 milhões de plantas que vivem em nosso planeta. Ela tem raízes profundas. É a única planta que você pode plantar safras repetidas e a condição do solo só melhora.
As pessoas poderão pagar seus impostos com Maconha.

Eu escrevi meu livro, ?O Imperador não usa Roupas?, 25 anos atrás. Eu tenho ensinado as pessoas a salvar o planeta com Maconha/Cânhamo/Canabis, desde 1979. Se a meta for banir todo o combustível fóssil e seus derivados, assim como o corte de Árvores para papel e construção para salvar o planeta, reverter o ?Efeito Estufa? e acabar com o desmatamento, então existe só uma fonte anual renovável capaz de fornecer a maior parte do papel e tecido do mundo, as necessidades de transporte, a energia para as indústrias e residências, enquanto simultaneamente reduz a poluição, regenerando o solo e limpando a atmosfera, tudo isso ao mesmo tempo, pois esta planta já fez isso antes... Esta planta é a Maconha/Cânhamo/Canabis.

Suas raízes crescem até 3 metros em trinta dias, comparado com trinta centímetros das outras culturas anuais. Suas raízes penetram profundamente, pulverizado e aerando o solo. Depois da colheita o sistema radicular se decompõe no solo, revitalizando a terra e tornando-a viva de novo. É a Rainha de todas as plantas. Toda informação que possuo sobre Maconha/Cânhamo/Canabis foram tiradas de relatórios de Departamentos estaduais e federais de Agricultura, artigos de revista como Mecânica Popular, Ciência Popular, Papel e Polpa Magazine, América Científica, dados de enciclopédias e farmacopéias, e estudos dos últimos 200 anos. Tudo informação publica. O Departamento de Estado Americano esconde fatos de 125 atrás, inclusive que desde 4000 anos até 200 anos atrás, 80% da economia mundial era baseada no uso da Maconha/Cânhamo/Canabis para papel, tecido, combustível e alimento. 10% a 20% da economia americana era baseada Maconha/Cânhamo/Canabis, a 125 anos atrás.

Maconha/Cânhamo/Canabis era parte do dia a dia de nossas vidas. Virtualmente todas as propriedades rurais e todos os pedaços de terra nas cidades ao redor dos Estados Unidos e do mundo, há 120 anos, tinham Maconha/Cânhamo/Canabis crescendo a vontade. Esta enganação do Governo Americano sobre a Maconha/Cânhamo/Canabis me enoja e deveria enojar você também. Depois de três décadas de estudo, não consigo acreditar que o Governo dos Estados Unidos, numa discussão que durou 90 segundos no Congresso, pode criminalizar a ?Maconha? em 1937, sem que o povo estendesse que estavam proibindo o uso do Cânhamo/Canabis, a mais perfeita planta para o planeta. Eles conseguiram inclusive que os outros países proibissem-na logo após a Segunda Guerra Mundial.

De 1740 até 1940, 80% de toda Maconha/Cânhamo/Canabis do mundo era cultivada e industrializada pelos Cossacos e exportada pela Rússia. De 75% a 90% de todo papel usado desde 100 dC até 1883 era feito de Maconha/Cânhamo/Canabis. Livros (incluindo Bíblias), dinheiro e jornais ao redor do mundo eram principalmente feitos de Maconha/Cânhamo/Canabis.
A 125 anos atrás, de 70% a 90% de toda corda, barbante, cabos, velas de navios, lonas, tecidos, roupas etc., eram feitos de fibra de Maconha/Cânhamo/Canabis, que foi substituída pela invenção da fibra petroquímica feita pela DuPont em 1937.

A fibra da Maconha/Cânhamo/Canabis é 4 vezes mais macia que a do algodão, 4 vezes mais quente, 4 vezes mais absorvente, 3 vezes mais elástica, muito mais durável, é retardante de chamas e não precisa de pesticidas nem adubação. Cinqüenta por cento de todos os pesticidas produzidos são usados no algodão. Hoje 1% das terras americanas são cobertas por algodão.
A Maconha/Cânhamo/Canabis é como planta, a maior fonte de saúde e cura do nosso planeta e não usa pesticida e herbicida. É a mais saudável planta para o consumo humano e para o próprio planeta.

Oitenta por cento de nossa economia era dependente da Maconha/Cânhamo/Canabis para a produção de papel, fibras e combustível, a 125 atrás. Naquela época se necessitava de 300 horas/homem para se produzir e colher Um acre de Maconha/Cânhamo/Canabis, porém com a invenção de uma nova colheitadeira, em 1930, este tempo foi reduzido para 2 horas/homem. Isto é o equivalente a reduzir de US$ 6.000 para US$ 40 o custo da mão de obra por acre, no dólar de hoje. Em 1973 a indústria algodoeira reduziu de 300 para 2 horas/homem para colher e limpar um acre de algodão.

A Maconha/Cânhamo/Canabis dominaria o Mercado do algodão, pois é muito superior ao algodão e é livre de pesticidas. As regras para a Maconha/Cânhamo/Canabis deveriam ser determinadas pelo Mercado, não por uma imposição mandatória, subsídios federais e enormes tarifas, que impedem que o natural suplante o artificial. De todas as plantas de nosso planeta, nenhuma outra se aproxima do valor nutricional da semente da Maconha/Cânhamo/Canabis. Ela é a única planta na Terra que provem todos os óleos essenciais, num balanço perfeito entre amino ácidos, ácidos graxos, proteína edestrina, tudo combinado em uma única planta, numa fórmula que a torna a mais digerível para nosso organismo.

Até 1800, o óleo da Maconha/Cânhamo/Canabis era a fonte numero um para a iluminação do mundo. Até 1938 80% das tintas e vernizes eram feitos de óleo de Maconha/Cânhamo/Canabis. O óleo da Maconha/Cânhamo/Canabis não é tóxico e é usado para se fazer óleo Diesel de alto desempenho, óleo para aeronaves e maquinas de precisão, e inclusive é reconhecido como o óleo vegetal ?Número Um?. Na tabela de especificações de lubrificantes do Exército e Marinha dos Estados Unidos o óleo de Maconha/Cânhamo/Canabis é classificado como ?Número Um? e é o preferido pelos mecânicos militares.
A Maconha/Cânhamo/Canabis é a melhor fonte sustentável de polpa de planta para combustível de biomassa para a produção de carvão, gás, metanol, gasolina e eletricidade de forma natural.

Em 1850, 80% de todo papel, tecido, combustível e óleo era feito de Maconha/Cânhamo/Canabis. Isso foi antes da descoberta do carvão e do petróleo para energia em 1950, antes do começo da permanente e pior poluição já vista na Terra. Como medicina, o uso mundial da Maconha/Cânhamo/Canabis vai há pelo menos 6000 anos atrás. Lembre-se, de 10% a 20% dos remédios tinham como base a Maconha/Cânhamo/Canabis.

É comprovado sua eficácia no tratamento de dor crônica, câncer, derrame, glaucoma, esclerose múltipla, anemia celular, AIDS, alzheimer e muitas outras enfermidades, incluindo náusea, ansiedade, dor muscular, estimulante de apetite etc.
Em Setembro de 1988, o Chefe Administrativo do DEA ? Departamento Anti-Droga Americano, o Juiz de Direito Francis L. Young, decretou: ?Maconha, em sua forma natural, é a mais segura substância terapêutica que o homem conhece? e pediu para o DEA reclassificá-la. O DEA se recusou, mantendo-a na classe I (um) das drogas, classe das drogas que ?não têm uso medicinal?. Milhares de estudos têm sido realizados ao redor do mundo, documentando o uso medicinal da Maconha/Cânhamo/Canabis. Inglaterra, Espanha, Hungria, Holanda e Estados Unidos, só para citar alguns). Ninguem nunca morreu por uso de Maconha, nos últimos 6000 anos de nossa história gravada. Sem contar os mortos pela polícia.

Maconha/Cânhamo/Canabis era usada até 1915 para recuperação de terra lichiviada. Maconha/Cânhamo/Canabis era semeada e deixada para crescer em bancos de areia nas margens de rios e em erosões sem nunca serem colhidas. Ela é a planta ?Número Um? da nossa história há ser usada para prevenir e corrigir deslizamento de encosta, assoreamento de rios, e erosão. Tem sido ilegal cultivar a planta ?Número Um? do mundo, nos Estados Unidos (no Brasil também) desde 1937. O que mais me deixa indignado é que o governo americano sabia disto.

Pelo fator da Maconha/Cânhamo/Canabis ser tão valiosa, olhe o que aconteceu. Literalmente em 90 segundos, o ato de taxação da Maconha, de 1937 passou no Congresso. Pelo fato de terem usando o desconhecido nome de ?Marijuana? ao invés do popular Hemp/Canabis, foi possível a aprovação no Congresso Americano, porque niguém lá sabia do que se tratava.
A Maconha/Cânhamo/Canabis se tornou ilegal e imediatamente foi substituída pelo petróleo carvão e gás natural. Foi feito uma proibição e banimento da planta tão feroz que a palavra ?Maconha?, ?Cânhamo? e ?Canabis? não foram nunca mais usadas nas escolas desde 1940, até os dias de hoje.

O legado da Maconha/Cânhamo/Canabis foi apagado da história contada nas escolas a partir de 1945. Quer uma prova? Pense bem e responda: O que você aprendeu sobre Maconha/Cânhamo/Canabis no primário, no fundamental, no colégio ou mesmo na faculdade? Talvez dos seus pais ou avós? Fora as notícias dos jornais de submundo, nada foi dito, ensinado ou mencionado.
Esta irresponsável atitude do Governo Americano e de outros países coniventes com esse crime contra a humanidade em suprimir continuamente estas informações colocou o mundo em risco mortal. Eu acredito que para salvarmos o planeta, temos que eliminar por completo o uso de combustíveis fósseis.

Maconha/Cânhamo/Canabis, juntamente com energia dólar, do vento, das ondas e hridrálica pode salvar o planeta, fornecendo toda a energia, papel, tecido e de 10% a 20% dos medicamentos que precisamos, naturalmente. Além de tudo isso teríamos uma redução drástica da Chuva ácida e poluição química, regeneraríamos o solo do planeta e reverteríamos o efeito estufa. Nenhuma outra planta ou outro ser vivo tem este poder.

Maconha/Cânhamo/Canabis era usada pelas antigas civilizações por milhares de anos antes de sua criminalização em 1934. Porque o Governo dos Estados Unidos quer acabar exatamente com esta semente, entre todas as sementes na face da Terra? Eles querem matar a planta mais perfeita do planeta. Nós precisamos parar esta insanidade e terminantemente abolir todas as leis contra a Maconha/Cânhamo/Canabis. O Advogado Geral da União John Ashcroft, o cabeça do DEA Asa Hutchison e o Kizar das Drogas da Casa Branca John Walters, receberam todos os documentos que provam estes fatos e continuam não aceitando a legalização da Maconha/Cânhamo/Canabis.

Por qualquer razão pessoal que seja, eles se recusam a acreditar nos fatos e estão dispostos a sacrificar o futuro de nosso planeta e a saúde de nosso povo, mantendo a Maconha/Cânhamo/Canabis ilegal. O banimento da Maconha/Cânhamo/Canabis é tão extremo porque a intenção é esconder a verdade. A verdade é que das 300.000 espécies e milhões de subespécies de plantas espalhadas pela Terra, a Maconha/Cânhamo/Canabis é a planta ?Número Um? para nossa sobrevivência e qualidade de vida aqui na Terra.
Desde 11 de Setembro de 2001, o Advogado Geral da União John Ashcroft vem chamando os usuários de Maconha de ?terroristas?, sendo que o Governo Norte Americano vem ?aterrorizando? os usuários de Maconha há mais de 65 anos.

São 14 milhões de prisões relacionadas com Maconha/Cânhamo/Canabis nos últimos 65 anos, só nos Estados Unidos. 13 milhões foram nos últimos 30 anos. O Governo Norte Americano vem mentindo para o mundo desde o começo do século passado. Por interesses econômicos e políticos eles jogam com o futuro de planeta. Estas informações e conhecimento não podem ser disputados. Você tem que se juntar a esta luta.

Por favor ajude a retransmitir estes conhecimentos para todos, Obrigado,
Jack Herer 2 /14/07

www.jackherer.com