Fonte : HEMPADÃO
Dos cerca de 10.000 estudos que foram realizados sobre a cannabis, 4.000 dos quais nos E.U., apenas cerca de uma dúzia revelou quaisquer resultados negativos, e estes nunca foram repetidos. A Administração Reagan/Bush lançou uma "sonda" em Setembro de 1983, sugerindo às universidades e investigadores americanos que destruíssem todo o trabalho de investigação feito com a cannabis no período 1966-76, incluindo os compêndios arquivados em bibliotecas.
Os cientistas e médicos ridicularizaram a tal ponto esta inaudita tentativa censória que os planos foram abandonados... de momento.
Sabemos porém que grandes quantidades de informação desapareceram desde então, incluindo a cópia original do filme pró-marijuana realizado pelo USDA, Hemp for Victory. Pior ainda, mesmo a mais leve referência ao filme foi apagada dos registros oficiais até 1958, obrigando ao seu meticuloso restabelecimento como parte dos nossos arquivos nacionais. Muitas cópias de arquivo e referência do Bulletin 404 do USDA desapareceram. Quantos mais conhecimentos insubstituíveis terão já sido perdidos?
Entre o final de 1995 e o início de 1996, Dennis Peron, fundador do Clube de Compradores de Cannabis em São Francisco, apresentou ao eleitorado da Califórnia a Proposta 215, uma iniciativa para legalizar a cannabis como medicamento no estado. A Iniciativa da Marijuana Médica recolheu 750.000 assinaturas, foi integrada no plebiscito da Califórnia e aprovada com 56% dos votos em Novembro de 1996. Agora, em 1998, centenas de milhares de californianos estão a cultivar marijuana médica legalmente. Não obstante, o governo federal, em clara oposição ao mandato popular, descobriu formas de intimidar os clubes de compradores/cultivadores de cannabis, encerrando a maioria, incluindo o de Peron.
Ê interessante constatar que, em 1996, mais eleitores californianos votaram a favor da marijuana médica do que por Bill Clinton.
Em Agosto de 1997, completado quase um ano após a aprovação da Proposta 215 pelo sufrágio maioritário, uma sondagem do LA Times revelou que mais de 67% dos californianos votariam agora a seu favor — um aumento de 11% no primeiro ano.
Em Março de 1998, noventa e seis por cento dos participantes (quase 25.000 pessoas) numa sondagem permanente da CNN na Internet disseram "apoiar o uso de marijuana para fins médicos". Por contraste, só 4% dos inquiridos (menos de 1000 votantes no total) declararam opor-se ao uso de cannabis por pessoas seriamente enfermas.
Os californianos que estão a beneficiar da nova lei da marijuana médica incluem agentes da polícia, promotores públicos e presidentes de câmara. Algumas das mesmas pessoas que anteriormente prenderam e processaram cidadãos por posse de marijuana, médica ou outra, estão agora a usá-la elas próprias ou as suas famílias em números sempre crescentes.
Em Março de 1998, ao reentrar nos Estados unidos vindo do Canadá, o residente da Califórnia Kareem Abdul-Jabbar, o melhor marcador na história do basquete profissional, foi detido por posse de uma pequena quantidade de marijuana. Depois de pagar uma multa de 500 dólares à Alfândega dos E.U., Abdul-Jabbar explicou à imprensa que, enquanto cidadão da Califórnia, estava na posse de um atestado passado por um clínico para uso de marijuana médica.
Teoricamente, os atletas profissionais e universitários residindo na Califórnia a quem um clínico tenha passado um atestado para uso de marijuana médica não são obrigados a submeter-se a testes à urina para detecção de cannabis.
Entre os milhares de atores, músicos e escritores da Califórnia que agora usam marijuana médica, encontra-se o famoso autor Peter McWilliams, que padece de SIDA e cancro. Diz ele: "Se não fossem os vendedores ilegais de erva (antes da Proposta 215) não haveria como conseguir marijuana e hoje eu não estaria vivo. A marijuana alivia as minhas náuseas e permite-me reter no corpo os alimentos e as pastilhas que sou obrigado tomar para combater as minhas doenças. O governo federal que se foda, Se precisarem dela, usem-na".
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