tag:blogger.com,1999:blog-30402375572254466632024-03-12T19:49:35.966-07:00PsicodélicoUM BLOG PARA DIVULGAÇÃO DE TEXTOS CIÊNTIFICOS OU NÃO SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS PSICODÉLICOS E/OU ENTEÓGENOS !
UM ELOGIO AOS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA E QUE ESSES ESTADOS ALTERADOS POSSAM NOS PROPORCIONAR UMA MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA E UMA VISÃO ALTERNATIVA EM DETRIMENTO A ESTE MUNDO MATERIALISTA !Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.comBlogger835125tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-24305408091107101342014-02-17T03:29:00.000-08:002014-02-17T03:29:35.396-08:00A CARTA DE CARLOS CASTANEDA AO ETNOBOTÂNICO ROBERT GORDON WASSON, DATADA DE 6 DE SETEMBRO DE 1968 (EXCERTO):/.../ P: Estou certo em concluir da sua narrativa que você nunca colheu cogumelos e nem mesmo sequer via uma espécie inteiramente?<br />
<br />Eu mesmo os colhi. Tive talvez centenas de espécies nas minhas mãos. Don Juan e eu fizemos viagens anuais para colhê-los nas montanhas do sudeste e nordeste do Valle Nacional no estado Oaxaca. Eu apaguei do meu livro todos os detalhes específicos sobre estas viagens e todos os detalhes específicos sobre o processo de colheita.<br />Don Juan mesmo colocou-se enfaticamente contra meu desejo de incluir estas descrições como parte do meu livro. Ele não se opôs aos detalhes específicos reveladores sobre a colheita do peiote ou da erva-do-diabo, já que acreditava que a divindade contida no peiote é um protetor, acessível portanto para todos os homens, e o poder da erva-do-diabo não era seu aliado (alidado). O poder dos cogumelos, em contrapartida, era seu aliado e como tal estava acima de tudo o mais. E isto implicava em segredo total<br />acerca dos processos específicos.<br /><br />
P: Você percebeu por si que estava lidando com cogumelo mexicano?<br />
<br />Não. Minha identificação botânica foi uma tentativa, e portanto terrivelmente pouco elaborada. No meu livro aparece como se fossem Psilocybe mexicanos e temo que isto seja um erro de edição. Eu deveria ter<br />trazido a afirmativa que eram sempre uma tentativa de classificação, uma vez que eu nunca estive completamente convicto de que fossem. As espécies em particular usadas por don Juan pareciam com os Psilocybe mexicano que eu tinha visto. Um membro do departamento de Farmacologia da UCLA<br />também me mostrou algumas espécies que tinha, e, baseado nisso eu concluí que estava lidando com estas espécies. Entretanto, nunca se tornaram em pó sem serem manuseados. Don Juan os colhia sempre com a mão esquerda, transferia-o para a sua mão direita e então o punha numa cabaça pequena e apertada. O cogumelo desintegraria em partículas finas, mas não em pó, uma vez que era inserido delicadamente para dentro.<br />
<br />P: Você sabe como os cogumelos crescem?<br />
<br />Nós os encontramos crescendo em troncos mortos de árvores, mas mais freqüentemente em restos decompostos de arbustos mortos.<br />
<br />
P: Qual é a origem cultural de don Juan?<br />
<br />Don Juan é, ao meu ver, um homem marginal que foi forjado por várias forças exteriores à cultura Yaqui genuína. Seu nome é realmente Juan. Eu tentei achar um outro nome para usar no meu livro, mas eu não conseguia imaginá-lo com outro nome que não fosse Don Juan.<br />Ele não é um yaqui puro, isto é, sua mãe era uma índia Yuma, e ele nasceu no Arizona. Sua origem miscigenada parece tê-lo tornado em um marginal desde o início.<br />Ele viveu no Arizona nos primeiros anos de sua vida e então mudou-se para Sonora quando tinha talvez seis ou sete anos de idade. Ele viveu ali por um tempo, não estou certo se com seus dois pais ou apenas com seu pai.<br />Esta foi a época do grande levante Yaqui e Don Juan e sua família foram capturados pelas forças armadas mexicanas e deportados para o estado de Veracruz. Mais tarde Don Juan mudou-se para a área do “El Valle Nacional” onde viveu por cerca de trinta anos.<br />Eu acredito que ele mudou-se para lá com seu professor, que deve ter sido Mazateco. Até agora eu não fui capaz de determinar quem foi seu professor, nem como ele aprendeu a ser um brujo, ainda que o mero fato de eu ter que levá-lo todo ano para Oaxaca para coletar cogumelos seja um forte indício da localidade onde ele aprendeu, pelo menos acerca dos cogumelos.<br />Como você pode ver, me é impossível a esta altura determinar com certeza sua origem cultural, a não ser de uma maneira hipotética. Entretanto, o subtítulo do meu livro é “o caminho Yaqui do conhecimento”. Este é outro engano em que me envolvi pela falta de experiência em relação a publicações.<br />O Comitê Editorial da Editora da Universidade da Califórnia sugeriu, após aceitar meu manuscrito para publicação, que a palavra Yaqui deveria ser incluída no título para situar o livro etnograficamente. Eles não leram o manuscrito, mas concluíram que o que eu disse é que Don Juan era um Yaqui, o que era verdade, mas eu nunca quis dizer que Don Juan era um produto da cultura Yaqui, como parece ser o caso quando você lê o título do livro. Don Juan considerava-se um Yaqui e parecia ter laços profundos com os Yaquis<br />de Sonora. Entretanto, se tornou óbvio para mim agora que esses laços eramapenas uma ligação superficial.<br />Eu não estou bem certo se os cogumelos alucinógenos crescem ou não nas regiões áridas de Sonora e Chihuahua. Don Juan nunca procurou por eles lá, que eu saiba. Ainda que ele tenha afirmado repetidamente que uma vez que o homem aprende a comandar o poder dentro deles, os cogumelos podem crescer em quantos lugares ele queira, isto é, eles crescem por si mesmos sem sua intervenção direta.<br />
A primeira vez na vida que eu vi os cogumelos foi em Durango. Eu pensei que nós estávamos indo olhar “honguitos”, mas nos concentramos colhendo peiote em Chihuahua. Naquele momento eu vi alguns, dez ou doze, talvez. Don Juan disse que eles eram apenas um sinal, e que não havia um número suficiente para fazer uso. Neste momento também me disse que nós tínhamos que fazer uma viagem para Oaxaca para achar o número certo de cogumelos.<br />Em 1964 eu mesmo achei uma espécie nas montanhas de Santa Mônica aqui em Los Angeles. Eu os levei para o laboratório da UCLA, mas por falta de cuidado eles os perderam antes de identificá-los. Era muito claro para mim que era um cogumelo da mesma espécie usada por Don Juan; naturalmente ele interpretou o evento de achá-lo um presságio de que eu estava no caminho certo da aprendizagem, mas minhas ações subseqüentes, como colhê-lo e deixá-lo com estranhos, lhe resseguraram novamente da minha extrema parvoíce.<br />
<br />P: Você trouxe de volta o pó, ou a mistura, do qual o pó de cogumelo era um ingrediente?<br />
<br />Não, entretanto tenho certeza que posso obter um pouquinho dela, talvez um punhado. Se isso for o bastante para você examiná-la no microscópio eu posso mandar-lhe no final deste ano.<br />
<br />P: Vai haver uma edição em Espanhol do livro?<br />
<br />Eu espero que a editora da Universidade da Califórnia considere esta possibilidade. Minhas anotações estão todas em espanhol. Na verdade o livro é quase uma versão em inglês do manuscrito em espanhol.<br />
<br />P: Don Juan dizia “un hombre de conocimiento” ou simplesmente “um hombre que sabe”?<br />
<br />Você me deu aqui uma informação preciosa. Para definir as condições de ser, ou o estágio de aprender a ser um “homem de conhecimento” don Juan usou os termos “hombre de conocimiento”, “hombre que sabe” e “uno que sabe”. Eu preferi o termo “homem de conhecimento” porque é mais concreto do que “aquele que sabe”.<br />Eu tomei parte das minhas notas em espanhol que mencionavam “o homem que sabe” e as incluí na carta. Espero que estejam legíveis. Estas folhas são uma transcrição direta de algumas notas ainda mais ilegíveis que eu tomei enquanto Don Juan falava para mim. Via de regra eu sempre reescrevo minhas notas imediatamente para não perder o frescor e o brilho das afirmações e pensamentos de Don Juan.<br />
<br />P: Don Juan era bilíngüe, ou era mais fluente em espanhol do que em yaqui?<br />
<br />Don Juan falava espanhol tão fluentemente que eu tendo a acreditar que seu domínio do espanhol é melhor do que qualquer outra linguagem que ele saiba. Mas ele também fala Yaqui, Yuma, e Mazatec. Acredito que ele também fale inglês, ou que ao menos possa entender perfeitamente, embora eu nunca o tenha visto falando.<br />
<br />P: Você tomou nas suas notas de campo os termos Yaqui equivalentes aos termos que ele usava?<br />
<br />Eu tenho alguns termos que não são espanhóis, mas são muito poucos para que seja feito um estudo sério. Nossas conversas eram realizadas apenas em espanhol e os poucos termos estrangeiros não eram todos palavras Yaqui.<br />
<br />
P: Você disse aos seus leitores que ele pode ler e escrever em Espanhol?<br />
<br />Ele lê muito bem. Mas eu nunca o vi escrevendo. Por um longo período eu pensei que fosse analfabeto. Este equívoco de minha parte era resultado das nossas diferenças nas ênfases. Eu enfatizo áreas de comportamento que são completamente irrelevantes para ele, e vice-versa. Esta diferença cognitiva entre nós é o tema qee estou tentando desenvolver na biografia de Don Juan que estou escrevendo agora.<br />Não há muito o que dizer sobre mim. Sou nativo de São Paulo, Brasil, mas fui para a escola em Buenos Aires, Argentina, antes de vir para este país. Meu nome completo é Carlos Aranha. Seguindo a tradição latina de adicionar o último nome da mãe ao seu nome, eu me tornei Carlos A. Castaneda quando vim para os Estados Unidos. Este sobrenome pertence ao meu avô que era da Sicília. Eu não sei como era originalmente, mas ele mesmo alterou-o para Castaneda para satisfazer seus caprichos. /.../<br />
<br />(Tradução de Miguel Duclós, in http://www.consciencia.org/castaneda/<br />castaneda-carta-gordon-wasson.html)Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-64544654567689309542013-02-12T01:35:00.002-08:002013-02-12T01:35:46.994-08:00Animação sobre Hofmann a sua famosa volta para casa de bicicleta.<div style="color: black;">
<br /></div>
<div style="color: black;">
<br /></div>
<div style="color: black;">
<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/7198391?title=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe>
</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Leia abaixo as anotações e reflexões de Hofmann sobre sua experiência.</span></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Trecho retirado do livro: </span><a href="http://xa.yimg.com/kq/groups/6963895/416763811/name/albert_hofmann-minha_crianca_problema.pdf"><b style="border: 0px; font-size: 13px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Albert Hofmann – LSD , Minha Criança Problema.</b></a></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"> <span class="Apple-converted-space"> </span></b><b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"> A Auto-experiência de Hofmann</b></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"></b> 19 de abril de1943</div>
<blockquote style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 1px; color: #777777; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; orphans: 2; padding: 9px 20px 0px 19px; quotes: none; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">16:20:</b><br />
0,5 cc de 1/2 solução aquosa de promil tartarato de diethylamide oralmente =<br />
0,25 mg. de tartarato.<br />
Tomado diluído com aproximadamente 10 cc. de água. Insípido.</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">17:00:</b></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
Começando uma vertigem, sentimento de ansiedade, de distorções visuais, sintomas de<br />
paralisia, desejo de rir.<br />
Fui para Casa através de bicicleta.</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
Das 18:00 às 20:00 crise mais severa.</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
Aqui cessam as notas do meu diário de laboratório. Eu só pude escrever as últimas palavras com um<br />
grande esforço. Agora já estava claro para mim que o LSD tinha sido a causa da notável experiência da<br />
sexta-feira prévia, pelas percepções alteradas que eram do mesmo tipo de antes só que com uma<br />
intensidade muito maior. Eu tive que lutar para falar de forma inteligível. Eu pedi para meu assistente<br />
de laboratório, que estava ciente da minha auto-experiência, que me acompanhasse até minha casa.<br />
Nós fomos de bicicleta, nenhum automóvel estava disponível por causa das restrições de seu uso<br />
durante a guerra. Uma vez em casa, minha condição começou a assumir formas ameaçadoras. Tudo<br />
em meu campo de visão oscilava e estava distorcido como se visto num espelho torto. Eu também tive<br />
a sensação de estar impossibilitado de sair do lugar. Não obstante, meu assistente me falou depois que<br />
nós tínhamos viajado muito rapidamente. Felizmente nós chegamos em casa são e salvos e eu fui<br />
capaz de pedir para meu companheiro chamar nosso médico de família e mesmo pedir leite aos<br />
vizinhos.<br />
Apesar da minha condição delirante, confusa, eu tive breves períodos de pensamento claro e efetivo e<br />
escolhi leite como um antídoto não específico para o envenenamento.<br />
A vertigem e sensação de desmaio às vezes ficavam tão fortes que eu já não podia ficar em pé e tive<br />
que me deitar num sofá. Meus ambientes tinham se transformado agora de modo terrificante.</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
Tudo no quarto estava girado ao meu redor e os objetos mais familiares, as peças de mobília assumiam formas<br />
grotescas, ameaçadoras. Elas estavam em contínuo movimento, animadas, como se dirigidas por uma<br />
inquietude interna. A vizinha, que eu reconheci parcamente, trouxe-me leite e, durante a noite, bebi<br />
mais de dois litros. Ela não era mais nenhuma Senhora R., mas sim uma bruxa malévola, insidiosa<br />
com uma máscara colorida.<br />
Até pior que estas transformações endiabradas do mundo exterior, eram as alterações que eu percebia<br />
em mim, em meu próprio ser interno. Todo esforço na minha tentativa para pôr um fim na<br />
desintegração do mundo exterior e na dissolução de meu ego, parecia ser um esforço desperdiçado.<br />
Um demônio tinha me invadido, tinha tomado posse do meu corpo, mente, e alma. Saltei, gritei e<br />
tentei me livrar dele, entretanto afundei novamente e me deitei impotente no sofá. A substância, que eu<br />
tinha querido experimentar, tinha me derrotado. Era o demônio que desdenhosamente triunfava sobre<br />
minha vontade. Fui tomado pelo terrível medo de ter ficado louco. Eu fui levado para um outro<br />
mundo, um outro lugar, um outro tempo. Meu corpo parecia estar sem sensações, inanimado, estranho.<br />
Estaria eu morrendo? Esta era a transição?Às vezes eu acreditava que estava fora do meu corpo e então percebia claramente, como um observador externo, a completa tragédia da minha situação. Eu nem mesmo tinha tido a oportunidade de me despedir da minha família (minha esposa, com nossas três crianças, tinha viajado naquele dia para visitar seus pais, em Lucerne). Entenderiam eles que eu não tinha experimentado irrefletidamente, irresponsavelmente, mas com uma precaução bastante extrema e isto era um resultado totalmente imprevisível? Meu medo e desespero se intensificaram, não só porque uma família jovem poderia perder seu pai, mas também porque eu temia ter que deixar meu trabalho de pesquisa química inacabado no meio de um desenvolvimento frutífero, promissor.</div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
Outra reflexão que tomou forma foi uma idéia cheia de ironia amarga: se eu fosse forçado a deixar este mundo <i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">prematuramente, seria por causa deste ácido lisérgico diethylamide que eu mesmo tinha trazido ao </i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">mundo. Antes que o doutor chegasse, o clímax da minha desesperada condição já tinha passado. Meu </i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">assistente de laboratório o informou sobre minha auto-experiência porque eu não era ainda capaz de </i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">formular uma frase coerente. Ele, perplexo, balançou sua cabeça depois de minhas tentativas para </i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">descrever o perigo mortal que ameaçava meu corpo. Ele não pôde descobrir nenhum sintoma anormal </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">diferente das pupilas extremamente dilatadas. Pulso, pressão sanguínea e a respiração estavam </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">totalmente normais. Ele não via nenhuma razão para prescrever qualquer medicamento. Ao invés disso </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">ele me levou para minha cama e ficou me vigiando. Lentamente eu voltei de um mundo misterioso, </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">pouco conhecido e reassumindo a realidade cotidiana. O horror suavizou-se e deu lugar a um </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">sentimento de muita felicidade e gratidão, quanto mais normais as percepções e os pensamentos </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">devolvidos, fiquei mais confiante de que o perigo da loucura tinha definitivamente passado. </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">Agora, pouco a pouco, eu poderia começar a desfrutar as cores sem precedentes e os jogos de forma<br />que persistiram por trás de meus olhos fechados. Imagens caleidoscópicas, fantásticas surgiram em<br />mim, variando, alternando, abrindo e então se fechando em círculos e espirais, explodindo em fontes<br />coloridas, reorganizando e se cruzando em fluxos constantes. Era particularmente notável como cada<br />percepção acústica, como o som de uma maçaneta de porta ou de um automóvel passando, foi<br />transformada em percepção óptica. Todo som gerava uma vívida imagem variável, com sua própria<br />forma, consistência e cor.</i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">Mais tarde, à noite, minha esposa voltou de Lucerne. Alguém a tinha informado, através de um<br />telefonema, que eu estava sofrendo um desarranjo misterioso. Ela tinha voltado para casa<br />imediatamente e tinha deixado para trás as crianças com os pais dela. Até então eu já tinha me<br />recuperado suficientemente para lhe contar o que tinha me acontecido.<br />Exausto, então eu dormi para despertar na próxima e fresca manhã com uma mente clara, embora<br />ainda um pouco cansado fisicamente. Uma sensação de bem-estar e vida renovada fluía por mim. O<br />café da manhã teve um gosto delicioso e me deu um extraordinário prazer. Quando depois eu fui ao<br />jardim, no qual o sol brilhava depois de uma chuva da primavera, tudo brilhou e centelhou numa luz<br />fresca. O mundo era como se tivesse sido recentemente criado. Todos meus juízos vibravam em uma<br />condição mais alta de sensibilidade que persistiu durante o dia inteiro.</i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><br />Esta auto-experiência mostrou que o LSD-25 se comportara como uma substância de propriedades<br />psicoativas extraordinárias e com muita potência. Não havia no meu conhecimento, nenhuma outra<br />substância que provocasse tais efeitos psíquicos profundos em tais doses extremamente baixas e que<br />causassem tais mudanças dramáticas na consciência humana e na nossa experiência do mundo interior<br />e exterior.<br />O que parecia mais significante era que eu podia até mesmo lembrar-me da experiência de inebriação<br />do LSD em todos os detalhes. Isto só poderia significar que a função gravadora da consciência não foi<br />interrompida, até mesmo no clímax da experiência do LSD, apesar do desarranjo profundo da visão<br />normal do mundo. Durante toda a experiência, eu tinha estado ciente, até mesmo atento, da<br />participação em uma experiência, mas apesar deste reconhecimento da minha condição, não pude eu,<br />com todo o esforço do meu querer, sacudir o mundo do LSD. Tudo foi experimentado como<br />completamente real, como uma realidade alarmante; alarmante porque o quadro da outra, a familiar<br />realidade cotidiana, ainda tinha sido completamente preservada na memória para comparação.<br />Outro aspecto surpreendente do LSD foi sua habilidade de produzir um estado de longo alcance,<br />poderoso de inebriação, sem deixar uma ressaca. Totalmente ao contrário, no dia seguinte ao<br />experimento do LSD eu mesmo me senti, como já descrevi, em excelente condição física e mental.<br />Eu estava seguro que o LSD, uma combinação ativa nova com tais propriedades, teria que ter uso na<br />farmacologia, na neurologia e especialmente na psiquiatria, e que atrairia o interesse dos especialistas<br />envolvidos.</i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">Mas naquele momento eu não tive nenhuma percepção de que a nova substância também<br />viria a ser usada, além da ciência médica, como um inebriante no cenário das drogas. Considerando<br />que minha auto-experiência tinha revelado o LSD em seu terrificante e endiabrado aspecto, a última<br />coisa que eu poderia ter esperado era que esta substância pudesse mesmo achar aplicação como<br />qualquer coisa se aproximando de uma droga de prazer. Eu, além disso, não reconheci a conexão<br />significante entre a inebriação do LSD e as experiências visionárias espontâneas, até muito mais<br />recente, depois de experiências adicionais que foram levadas a cabo com doses muito mais baixas e<br />debaixo de condições diferentes.<br />No próximo dia eu escrevi ao Professor Stoll o relato acima mencionado, informando sobre minha<br />experiência extraordinária com o LSD-25 e enviei uma cópia ao diretor do departamento<br />farmacológico, Professor Rothlin.<br />Como esperado, a primeira reação foi de uma incrédula surpresa. Imediatamente uma chamada<br />telefônica veio da administração; o Professor Stoll perguntou: “Você está certo que não cometeu<br />nenhum engano de julgamento? A dose declarada está realmente correta?” Professor Rothlin também<br />me chamou e fez a mesma pergunta. Eu estava certo deste ponto, porque tinha executado o peso e a<br />dosagem com minhas próprias mãos. Ainda que suas dúvidas fossem até certo ponto justificadas, até<br />então nenhuma substância conhecida tinha exibido o efeito psíquico mais leve até mesmo em doses de<br />fração de um miligrama. Uma combinação ativa de tal potência parecia quase incrível.</i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
<div style="border: 0px; color: #777777; font: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px;">
<i id="__mceDel" style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">O Professor Rothlin e dois de seus colegas foram os primeiros a repetir minha experiência, com só um </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">terço da dose que eu tinha utilizado. Mas até mesmo naquele nível, os efeitos ainda foram </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; color: black; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">extremamente impressionantes e bastante fantásticos. Todas as dúvidas sobre as declarações do meu </i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-size: 13px; font-style: italic; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><i id="__mceDel" style="border: 0px; font-style: italic; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: black;">relatório foram</span><span class="Apple-converted-space"> </span></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></i></div>
</blockquote>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-23903703413966129792013-02-12T01:26:00.002-08:002013-02-12T01:26:34.121-08:00[DOWNLOAD - LIVRO] Ayahuasca – Alucinógenos, Consciência e o Espírito da Natureza<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.59375px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiynwKaKkq_sPlWLp6xrDNAitq6uU-63Yqc2MJHjOxnc8ODRUVrCIZ384IE5DYEiMnESwm2RMenSEVkHr5ZNHnSyJuTDtqzY0feRWwm8xvhTNVjJyGg6LD6av8dRBbXJG3mA2qfK00TiKjx/s1600/Ayahuasca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiynwKaKkq_sPlWLp6xrDNAitq6uU-63Yqc2MJHjOxnc8ODRUVrCIZ384IE5DYEiMnESwm2RMenSEVkHr5ZNHnSyJuTDtqzY0feRWwm8xvhTNVjJyGg6LD6av8dRBbXJG3mA2qfK00TiKjx/s640/Ayahuasca.jpg" width="395" /></a></div>
<div style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; background-color: white; border: 0px none; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue',HelveticaNeue,Helvetica,Arial,'Lucida Grande',sans-serif; font-size-adjust: inherit; font-size: 12px; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 21.5938px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<b style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: 13px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: bold; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"> Ayahuasca</b><span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"> é uma beberagem de plantas amazônicas que vem sendo usada com propósitos de cura e de oráculo através dos séculos, ou quem sabe até dos milênios, tanto pelos índios xamãs como pelos mestiços do Brasil, do Peru, da Colômbia e do Equador. Ela é conhecida pelas diversas tribos por vários nomes, tais como caapi, natéma, mihi, e yagé. O termo Ayahuasca é originário da língua sul-americana Quéchua, língua que veio do dialeto Inca na conquista de Cusco: huasca significa “cipó” e aya significa “almas” ou “gente morta”, ou até mesmo “espíritos”.</span></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.59375px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Em <b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">Ayahuasca</b> – alucinógeno, consciência e o espírito da natureza, Ralph Metzner busca desmistificar a associação que a sociedade ocidental faz entre <b style="border: 0px; font-weight: bold; font: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px;">Ayahuasca</b> e fatores negativos à saúde humana. Muitos médicos e psicólogos do Ocidente descobriram que estas substâncias podem levar o ser humano para uma dimensão espiritual de consciência, com experiências místicas, diferentes do misticismo religioso clássico.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.59375px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Ralph Metzner está à frente de estudos no campo da consciência humana há mais de 35 anos, começou seus trabalhos na Universidade de Harvard com Timothy Leary e Richard Alpert sobre possíveis aplicações terapêuticas de drogas psicodélicas. Neste livro, o autor reuniu um grupo heterogêneo de colaboradores que proporciona ao leitor a exploração das dimensões química, biológica, psicológica e experimental da Ayahuasca – um aspecto da volta do interesse no xamanismo e nas plantas sagradas como parte da busca mundial pela renovação das relações espirituais com o mundo natural.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.59375px; margin: 0px 0px 20px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Organizador Ralph Metzner com contribuições de:</div>
<ul style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font: inherit; letter-spacing: normal; line-height: 21.59375px; list-style: none outside; margin: 0px 0px 18px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<li style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px 0px 12px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Jace C. Callaway, Ph.D.</span></li>
<li style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px 0px 12px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Charles S. Grob, M.D.</span></li>
<li style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px 0px 12px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; font-size: 13px; font: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;">Dennis J. McKenna, Ph.D. e outros.</span></li>
<li style="border: 0px none; font: inherit; margin: 0px 0px 12px; padding: 0px;"><span style="-moz-font-feature-settings: inherit; -moz-font-language-override: inherit; border: 0px none; font-family: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: 13px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 19px; margin: 0px; padding: 0px;"><a href="http://www.psilocybecubensis.org/blog/wp-content/plugins/download-monitor/download.php?id=6"> Download do Livro</a> </span></li>
</ul>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-86158036514726861542013-02-11T16:19:00.002-08:002013-02-11T16:19:49.980-08:00Zé Ramalho fala sobre Paêbirú (Entrevista da Revista Rolling Stone)<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: 'Walter Turncoat'; font-size: 26px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-2142101859474126452" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 526px; word-spacing: 0px;">
<div class="post-body entry-content" id="post-body-2402514882695612345" itemprop="description articleBody" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Trebuchet, 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPqixlehSJeB1uF-INaWdniTMZpjOYx9aQ30JaISsoOyr-kGHaiFLWUxf9vw-NenfbfCO1xRrtAQbuKOmEn_S2zCRIlB2jN9QX7k5rlZ47IVTP4BD2MAP60w562qq564WNF_F7uFgn3-g/s1600/20090310110532_7763_medium_ze-ramalho.jpg" style="color: blue;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476335123836282658" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPqixlehSJeB1uF-INaWdniTMZpjOYx9aQ30JaISsoOyr-kGHaiFLWUxf9vw-NenfbfCO1xRrtAQbuKOmEn_S2zCRIlB2jN9QX7k5rlZ47IVTP4BD2MAP60w562qq564WNF_F7uFgn3-g/s400/20090310110532_7763_medium_ze-ramalho.jpg" style="border: 1px solid rgb(255, 255, 255); display: block; height: 294px; margin: 0px auto 10px; padding: 4px; text-align: center; width: 250px;" /></a><strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="left" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></div>
<div align="left" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></div>
<div align="left" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;">POR CRISTIANO BASTOS</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;"></span></span></span></span></strong></div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<strong><span style="font-size: 15px;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><span style="color: #cc0000;">C</span></span>amuflado numa alameda do bairro</span></span></strong><span class="Apple-converted-space"> </span>do Flamengo, o ex-cadete do exército José Ramalho Neto encravou em solo fluminense um QG de raízes paraibanas: a produtora Jerimum. As simbologias agrestes são marcas constantes e profundas na obra de<span class="Apple-converted-space"> </span><a href="http://www.rollingstone.com.br/imagens/7763/em/textos/3644/" style="color: blue;">Zé Ramalho</a>.</div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
Sob a umidade tropical do Rio de Janeiro, a aridez do sertão ainda é metáfora-chave para ingressar nos numerosos códigos – místicos, psicodélicos, ufológicos e de velhos ícones do rock'n'roll – cifrados em suas composições.</div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
Ele conta que "desceu ao mundo" em março de 1949, em Brejo do Cruz, nos confins da Paraíba. Depois da morte do pai, poeta, afogado num açude do sertão, foi criado pelo avô para ser médico.O avô-pai, após uma viagem lisérgica do neto envolvendo cogumelos, extraterrestres e mensagens telepáticas, virou a canção-hino "Avôhai".</div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
Numa conversa animada que levou a tarde inteira de uma segunda-feira, Zé Ramalho falou sobre o disco novo, Canta Bob Dylan – Tá Tudo Mudando e a facilidade que encontrou para liberar canções do velho Zimmermann – o exato oposto ocorreu com as canções assinadas pela dupla Raul Seixas e Paulo Coelho no projeto Zé Ramalho Canta Raul Seixas.</div>
<div align="justify" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
O paraibano abriu suas vivências químicas, sem pudores e em dois capítulos: primeiro, com os cogumelos alucinógenos; depois, com a cocaína. E explicou sua negação para se manifestar sobre o álbum que fez com o Lula Côrtes, Paêbirú: "Por que tantos anos depois? Deviam ter falado sobre isso há 30 anos!"<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Onde sua história começa?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Apesar de eu ter nascido em Brejo do Cruz, e não "da" Cruz, como muita gente confunde, por causa da música do Chico Buarque, depois de dois meses meu avô conduziu a família pra Campina Grande, onde ficamos até 1960. É lá que, pela primeira vez, eu escuto rádio, com 5 anos de idade. As rádios AM eram a única novidade, as novelas do rádio e os programas de auditório ao vivo. Na Rádio Borborema vi show de Marinês e sua Gente, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Lembro que tivemos que ir pra João Pessoa, porque meu avô sofria de pressão alta e Campina Grande fica em cima da Serra da Borborema. Aos 13 anos, quando o intelecto foi se abrindo, a música ganhou mais força. A Jovem Guarda começou a aparecer para mim. Especialmente, Roberto Carlos e Renato & Seus Blue Caps. Eu estudava no colégio Pio X, dos Irmãos Maristas, em João Pessoa. E, nesse colégio, de educação extremamente fina, nos jograis que a gente tinha que fazer uma vez por mês, um dos trabalhos era organizar um grupo musical em cada classe. Depois fazer uma espécie de concurso entre os alunos. Eu já sabia dar três acordes no violão. Juntaram outros dois colegas. Fizemos uma apresentação que fez muito sucesso. Aquilo criou uma chispa. Acendeu em mim a chama dos grupos de baile, pode-se dizer. Dali, logo depois passei a procurar os músicos que tocavam nos bailes pela cidade de João Pessoa. Eram muitos.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como era esse grupo de baile?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Fundamos uma banda chamada Elis & os Demônios, com mais três colegas da escola. Começamos a ser contratados para tocar em bailes, para as pessoas dançarem. Bailes de quatro horas. Eu tocava guitarra e, aos poucos, fui me incumbindo dos solos. Eu copiava. Isso me trouxe uma riqueza muito grande. Porque você toca de tudo. A formação mais famosa que integrei tinha um vocal fenomenal: Os Quatro Loucos, que, antes, se chamava Four Crazy's, numa tradução errada – o certo seria Crazy Four. A gente tocava músicas em inglês, então eu levava as letras pro professor traduzir, pra entendermos o que estávamos cantando. Foram experiências importantes pra me dar noção sobre comportamento de palco, remuneração e profissionalismo. Comecei a pensar nessas coisas.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você era muito jovem?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Muito. Eu tinha 16, 17 anos. Agora, encostei nos 60. Estou em "cinco ponto nove", companheiro. São 42 anos de carreira. Mas as coisas ainda estão muito frescas na minha cabeça. Os grupos de baile tocavam, basicamente, Jovem Guarda, e quase nada de forró, quase nada de samba. A gente tocava guitarra pra conquistar as meninas e ter uma chance de colar nelas. Até que, com 18 anos, chegou a hora de servir o quartel. Pior que eu tinha fama de cabeludo por causa dos grupos.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Fama de cabeludo?<br /></span><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Eu era muito cabeludo! [risos] E era xingado: "Cabeludo! Viado! Vá tomar banho! Vá cortar o cabelo!" Eu ouvia isso o tempo todo. Como me propus a tudo isso, no entanto, aguentei no osso. Hoje em dia quem liga pra isso? Quando o barbeiro do exército me viu, disse: "Vou logo cravar esse cara". Ele me pegou mesmo. Não consegui me livrar. Meus estudos passaram pra parte da noite e, nos fins de semana, eu botava uma peruca pra tocar. Foi nessa fase "militar" que comecei a fazer música.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">O que se passava em sua cabeça na época?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Final dos anos 60, contracultura explodindo no mundo: eu estava atento a tudo isso. Woodstock! Quando saí do cinema, depois de ter visto esse filme, minha vida mudou. Vi in loco no Brasil. O cinema lançando pela primeira vez, em 1970, Rio de Janeiro. Depois, vi em Recife, na Paraíba. Em diversos lugares. Woodstock foi importante pra eu ver aquela atitude, o comportamento, a cultura hippie: sexo, drogas, nego fumando sem haver nenhum tipo de confusão. Eu achava aquilo uma espécie de "utopia mágica" – música que dava uma sensação de você estar vivendo num "planeta amor". Em Recife encontrei novo horizonte. Comecei a frequentar shows e, num desses, conheci o grande guitarrista Paulo Rafael, que ainda hoje toca com Alceu Valença. Na época tocava na banda Phetus.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como você conheceu Alceu?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Ele estava fazendo o filme A Noite do Espantalho. Eu namorava uma menina que morava em Recife, na praia de Boa Viagem. Glauce, o nome dela. Ela me disse: "Se você quiser conhecer um cara legal, Alceu Valença é o nome dele. Ele namora minha irmã. Alceu tem umas músicas ótimas". Uma tarde, fui à casa dela e Alceu estava lá. Nos demos bem de cara. A empatia foi imediata. Foi daí que também conheci Geraldo Azevedo, que tocava com ele. Isso era 1974. Em 1975, chega a história do Festival Abertura da Rede Globo, em São Paulo, produção do Augusto César Vanucci. O Alceu reuniu os melhores músicos que tocavam em Recife, na época, caras da banda Ave Sangria. Um bandão.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Era a abertura política?</span><br /><span style="color: red; font-weight: bold;"><br />Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>O Festival Abertura já era uma sugestão do General Figueiredo pra abertura política que se prenunciava. Os artistas do festival estavam sendo lançados pela Som Livre. Quase todo o cast do festival, na verdade, era da gravadora: Alceu, Luiz Melodia, Jorge Mautner, Hermeto Pascoal. Um festival de luxo. Iniciante, me encantei vendo aquele povo todo e comecei a ficar por aqui, no Rio, depois que passou a coisa toda com o Alceu. Como eu ainda não tinha as músicas que estreei no meu primeiro disco, fiz algumas tentativas pelo Sul que não deram em nada. O repertório era basicamente de músicas de rock, mas não chamava público. Sem ter disco gravado, uma carreira, na vida artística você é considerado aspirante. Contudo, tive de voltar ao Nordeste e preparar-me mais. Nessa volta, fiz um trabalho com a cineasta Tânia Quaresma, importantíssimo para encorpar de vez meus conhecimentos. Ela filmou Nordeste, Cordel, Repente e Canção e me convidou pra participar do projeto. Eu conhecia o universo dos cantadores e violeiros, mas ainda não tinha me aprofundado. Tânia me contratou para servir como espécie de rastreador de violeiros, nas locações das filmagens.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você atuaria no filme?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Caso necessário, eu completaria algumas passagens tocando viola. Eu já era muito elogiado pela minha técnica. Nos shows do Alceu eu tocava viola de 12 e de dez [cordas]. A experiência do filme foi importante demais, pois veio uma camada de cultura popular, legítima, invadindo meu corpo e cérebro inteiros. Foram 17 dias de viagem a bordo de uma Kombi: Ceará, Pernambuco, Paraíba e uma parte de Sergipe. Fomos às varandas das casas dos violeiros, onde tinha as pelejas, nas oficinas dos cordelistas. Eu estava absorvendo essa cultura de uma maneira que nunca eu tinha pensado ser possível.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">O que aprendeu?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Entendi algo muito preciso: as leis da cantoria, principalmente, a fórmula de se fazer os versos. Uma forma que você tem que entender. Não adianta decorar. Quando volto para a Paraíba, também faço minhas primeiras experiências com outra turma: a dos cogumelos alucinógenos. Preciso contar essa história pra explicar o link que, depois, acontece na minha vida. Pra começar: acho que nem deveria chamar cogumelo de droga. Não há o contato da mão humana. É tudo direto. Quando descobriram que tinha isso nos pastos do Nordeste houve uma espécie de busca por parte de minha geração. Tem um tipo de cogumelo específico que não vai intoxicá-lo. Nós, porém, éramos loco ma non troppo – antes, realizamos estudos com fotografias dos cogumelos para saber quais eram comestíveis e quais eram venenosos. No meu caso, foi uma coisa que me deu uma iluminação muito grande. Foi quando recebi a mensagem do "Avôhai".<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como foi isso?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Eu descrevo na música uma parte dessa experiência: "Amanita matutina / E que transparente cortina ao meu redor" [canta]. Amanita é nome científico dos cogumelos. Quando senti isso, eu estava numa fazenda linda, pasto maravilhoso. Sensação de liberdade – "Transparente cortina ao meu redor" [recita]. Era como se fosse a aurora boreal. Seu olho fica muito preciso. Todas essas coisas estão muito presentes na música: o encantamento, a espiritualidade que as pessoas sentem de imediato. "Avôhai" é minha única música que posso dizer que teve uma espécie de mediunidade envolvida. Porque eu não pensei nela, ela me foi soprada: "Avôhai... Avôhai..." [sussurra]. E a forma como a letra veio, veloz. Depois, voltando pra casa, nessas ondas de psicodelia, num retrato da parede tinha a imagem de uma pedra de turmalina. Saiu a letra todinha: "O Velho cruza a soleira" – "Avôhai, avô e pai". Escrevendo os acordes sem parar, eu sabia pra onde ir, cara. Foi de uma rapidez impressionante e nunca mais aconteceu algo parecido em minha vida. O que é "Avôhai"? Por toda a minha vida, eu tenho que responder essa pergunta quase semanalmente. Tenho o maior prazer em falar sobre isso. Nunca me cansarei.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você acha que a lisergia desabrochou tudo isso?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Essas experiências eu chamo de "A Semana da Iluminação", os dias que sucederam "Avôhai". Eu morava em João Pessoa numa casa chamada Vila do Sossego, tinha uma plaquinha na porta. Nos dias que se seguiram a essa viagem aconteceram todas essas músicas: "Chão de Giz", "Vila do Sossego", "Jardins das Acácias". Meu primeiro disco é muito espiritualista. E muito lisérgico. Não há conotação política nas músicas. Separei as que tinham e deixei de lado pra preservar esse lado viajante e, principalmente, meio regional. É um disco sem bateria. Tem a participação do [tecladista] inglês Patrick Moraz, do Yes. Só "Avôhai" pra conseguir uma coisa dessas.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como foram as gravações de "Avôhai"?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Foram de uma precisão incrível. Moraz estava no Brasil gravando o disco The Story of Eye com o Carlos Alberto Sion. Calhou que o destino configurou Sion pra ser produtor do meu primeiro álbum. Chegou na hora de gravar algumas partes instrumentais e perguntei quem iria fazer. E ele: "Patrick Moraz. Vamos mandar uma fitinha sua pra ele". Enviamos uma fita cassete pra ele ouvir. Na época, ele estava substituindo Rick Wakeman no Yes. Quando escutou a música, bateu algo nele. E eu fiquei bobo na hora em que entramos no estúdio. Ele me pediu pra passar alguns acordes a fim de completar o arranjo. Eu, ingênuo, ao lado daquele cara, side by side: "Rapaz, como é que pode?!" Patrick observando os movimentos de minha mão. Sacando os acordes. Chegou o Ivinho e fez aquela viola ultrarrápida. Até o final de 1977, quando eu registrei meu primeiro álbum, foi uma sobrevivência séria que passei no Rio. Eu não tinha dinheiro. Não tinha onde ficar.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">E você foi se virar como michê?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Não cheguei a ser michê, mas tinha umas meninas que dormiam comigo. A canção "Garoto de Aluguel" é autobiográfica por causa disso. Essas meninas eram estudantes que eu conhecia do tempo em que tocava com o Alceu. Eu era rato de show aqui no Rio de Janeiro. Elas gostavam dos cantores nordestinos, do jeitão da gente, meio desengonçados. Era mais a inspiração da música. Elas viam a situação em que a gente estava. Eu passei fome. Várias vezes dormi em frente ao Copacabana Palace. Mas teve uma camarada lá no Bar da Glória que, durante uns quatro meses, me deixou dormir num quarto de empregada, aquele cubículo miudinho. Era o tempo dos militares, em que assassinos, estupradores e bandidos não existiam. Existiam hippies e malucos, mas eles diziam: "Esse pessoal deixa em paz porque não é subversivo". "Nordestino sofredor" – chamavam a gente assim. Depois de servir o quartel, cheguei ao Rio preparado. As coisas que eu passei no quartel não foram moles. Antes de partir fui pra frente do espelho e disse: "Olha, cara, se você acha que é tão espertinho, vá pro Rio de Janeiro, sozinho, sem depender de ninguém". Fui com isso na cabeça. Sabia, no entanto, que com o pacote de canções alguma coisa iria acontecer. Disso eu tinha plena certeza, senão não viria.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você já tinha essas músicas no bolso?<br /></span><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>O Augusto Cesar Vanucci fez muito esforço pra me colocar na Som Livre, só que não houve como. Percorri um longo caminho. O Durval Ferreira, após ouvir a letra de "Avôhai", fez uma cara de quem não gostou e a atirou no chão. Ele dizia que uma letra daquelas nunca iria funcionar. Talvez, apenas, se eu a mudasse. "Se você mudar para uma coisa mais comercial..." Sempre eles faziam uma proposta. Eu nunca aceitei. Passei pela Odeon, Fonogram, depois Polygram. Até que cheguei na CBS. Era final de 1977. Raimundo Fagner tinha um disco que havia saído pela gravadora e começava a fazer sucesso para um artista nordestino. Na CBS só existia o Roberto Carlos que vendia. Notaram que havia uma coisa expressiva: os nordestinos vendiam discos. Foi o que aconteceu. Alceu já estava despontando.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Vanusa gravou "Avôhai" antes de você, não é?</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;"><br /><br />Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Gravou. Não chegou a estourar, mas eu participo da gravação, por conta do Vanucci. Ele chegou pra mim: "Tem uma pessoa que eu gostaria que gravasse uma canção sua. Você autoriza? Quer participar?" Eu: "Claro que quero". Os arranjos de viola sou eu que faço. O fato é que a minha gravação teve uma magia pessoal que a Vanusa não tinha como passar, afinal era uma experiência muito pessoal. Mais a participação de músicos como Dominguinhos passando pelo estúdio, com sua sanfona, foi um feitiço. Altamiro Carrilho, sumidade de flauta da época de ouro do choro. E também Paulo Moura. Havia uma configuração de músicos. Tudo acontecia de maneira muito espontânea. Pela primeira vez, tive a chance de ficar no Rio de Janeiro, confortavelmente, sem precisar dormir ao relento. Me colocaram num hotel. Ô, como adorei! Foi maravilhoso poder comer e dormir.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Sua geração revelou um Nordeste</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">musical moderno ao Brasil.<br /></span><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Certamente, sem aquela coisa tradicionalista-purista do Nordeste. Essa reciclagem da música nordestina aconteceu por aquela geração – ou seja, o forró elétrico, como chamavam, os "violétricos", mistura dos violeiros com o rock de guitarras. As pessoas estavam acostumadas com a música nordestina por causa da dimensão muito forte que Gonzaga, Jackson, Martinez e Genival Lacerda cravaram. Historicamente, algo bem pouco referendado. Verdade. Nunca tive vergonha de dizer minhas influências, meus mestres. Quem são meus mestres? Começando pela primeira camada que veio: aqueles astros de Woodstock, Jovem Guarda, Renato & Seus Blue Caps, Roberto e Erasmo. Aí entra a descoberta do Nordeste: Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, os violeiros Otacílio Batista e Oliveira de Panelas, que foram mestres profundos que tiveram paciência e uma generosidade muito grande pra me passar as leis e obrigações da cantoria. Isto é, onde a rima entra. Doze modalidades da cantoria de viola que me foram ministradas por esses dois mestres, um já falecido. O Oliveira de Panelas ainda está vivo. O Otacílio me permitiu musicar: [recita] "Mulher Nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor". Depois Beatles, Stones, Dylan, Santana. Tudo isso absorvi profundamente. Não só de botar um disco e ficar ouvindo. Eu procurava tirar a harmonia das canções, queria entender a arquitetura musical. E olhe só: estou falando do privilégio da minha geração que era o de comprar esses discos quando eles estavam saindo. No tempo real desses discos. Este é o caldeirão que estou mexendo até hoje. Quando lanço, vira Zé Ramalho. Não faço cópia de nada.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">E a canção "Mistérios da Meia-Noite"?<br /></span><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Novela Roque Santeiro, 1985. Eu tinha me separado do segundo casamento. Morava em Fortaleza, na época, e voltei pro Rio de Janeiro. Me instalo num apartamento no Leblon e recebo um telefonema do Mariozinho Rocha falando dessa novela, que precisava de uma música pra um personagem do Professor Astromar. À meia-noite ele virava lobisomem. Essas crenças populares. Desliguei o telefone, fui pro quarto e fiz a música em meia hora. Liguei de volta: "Tá pronto”. E ele: "Ficou maluco?" E eu: "Escuta aí pra você ver". Daí ele: "Tá ducaralho!" Tem barbado que, até hoje, vem me dizer que quando era menino ouvia a introdução e saía da sala correndo porque ficava com medo. O videoclipe foi ao ar pelo Fantástico. Eu apareço tocando. E tem Luiza Brunet também, esperando. Era um luxo, extremamente sofisticado pra época, o cenário feito no Teatro Fênix. Adorei fazer aquilo.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você cursou dois anos de medicina em João Pessoa. Se alguém tiver um troço na sua frente,</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">ainda sabe o que tem de fazer?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Até um determinado limite. Dr. Ramalho! [risos]. No 2º ano de medicina minha cabeça latejava de música. Eu tinha que tomar uma atitude. Não suportava mais viver daquele jeito. Fui pra casa e comuniquei: "Vou abandonar a faculdade". Tem que ter muita coragem. Foi a decisão de minha vida."Estou abandonando a faculdade, vou me dedicar só à minha carreira de músico e compositor." Foi um escândalo, mas foi a decisão certa. Eu iria passar mais três anos da faculdade aprendendo cada vez menos e me frustrando cada vez mais. No fim, minha família me deu a passagem pro Rio. Só de ida. "É só o que preciso", disse a eles. Meu avô quase morreu, o velho Avôhai. Quase teve um ataque quando viu que eu estava decidido. Algumas horas na vida você tem que decidir o que quer fazer.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você enfrentou problemas com a liberação das</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">músicas de Raul Seixas e Paulo Coelho para o disco<span class="Apple-converted-space"> </span></span><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho Canta Raul. Como foi com o Dylan?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>No disco sobre o Raul houve aquela polêmica toda: o escritor não autorizou que eu gravasse as músicas que ele também assinava. Não sei se foi algum tipo de inveja – inveja de magos, de entidades... Seja como for, a atitude antipática, com certeza, não foi a minha. De qualquer maneira, tive que recomeçar outro álbum. O disco já estava gravado quando houve essa decisão final, irrevogável, dele. Mas eu jamais recuaria. A gravadora quis cancelar o projeto. Eu disse: "Que nada! Vamos fazer o seguinte: 'Vou fazer um disco só de músicas assinadas pelo Raul'". Peguei a discografia inteira dele e escolhi.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">É irônico que você não tenha</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">conseguido a autorização do</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">Paulo Coelho, mas tenha conseguido<span class="Apple-converted-space"> </span></span><span style="color: red; font-weight: bold;">a do Bob Dylan.</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Pois é. Foi uma surpresa. O Aluizio Reis, da minha equipe, levou esse pacote de versões, pessoalmente, pra explicar à equipe do Dylan quem era Jackson do Pandeiro, o que é candomblé, o que são "balas perdidas". Tem várias situações brasileiras encaixadas nas versões. Levaram pra Dylan, que lê tudinho e dá uma aprovada geral – sem tirar nada. Pelo contrário, aprovado com louvor.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como escolher as canções de Dylan, entre as</span><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: red; font-weight: bold;">milhares que ele gravou?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Você olha pra cima, fecha os olhos e a lembrança do que gosta de Dylan vem à cabeça. É preciso se apoderar de um canal de sentimento pra colocar num trabalho desses que, certamente, vai bater em vários lugares. Pelo mundo todo, porque os fãs de Dylan vão querer ouvir. Eles ouvem tudo.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Você conheceu a Joan Baez. Como foi?</span><br /><span style="color: red; font-weight: bold;"><br />Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Com ela, tive um encontro polêmico em 1980, em São Paulo, quando ela estava visitando o Brasil. Eu estava lançando meu disco, A Terceira Lâmina, e a gravadora propôs: "A Baez está em São Paulo. Está fazendo um documentário sobre direitos humanos na América Latina. Você quer fazer uma apresentação do seu show com ela?" Fui pessoalmente ao hotel onde ela estava. Muito simples, ela me recebeu em seu apartamento. Ensaiei eu e essa mulher, sozinho, com um violão. A gente ensaiou a música de Geraldo Vandré, "Vou Caminhando", em português. Mas a censura não liberou. Veio um documento da Polícia Federal impedindo a apresentação dela nesse show: "Proibida de cantar". Isso eu tenho guardado no meu arquivo. Ela estava aqui pra se encontrar com Lula, sindicalista. O Senador Eduardo Suplicy, ainda vereador, foi quem a levou. Com Baez tive a sensação de estar muito próximo ao universo de Dylan. Tenho no meu arquivo uma gravação, eu cantando com ela essa música do Vandré e "Imagine", no quarto do Hotel. Ela foi impedida de cantar, mas subiu ao palco e disse apenas: "Não posso cantar...". A platéia delirando. Ela entrou sem me avisar. Entrou em "Admirável Gado Novo", dançando, e disse: "Não posso cantar. Estoy proibida". Depois que acabou o show filmamos, em seu camarim, essas duas canções. Depois mandamos uma cópia do VHS pra ela. Já faz quase 30 anos. Se eu botar esse vídeo no YouTube pega fogo. Está guardado. Isso não morreu.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Como foi sua experiência com a cocaína?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>Como experiência, durou 12 anos de minha vida, até esgotar. Houve um período, no início, que a cocaína me despertou muita criatividade. Por exemplo: "Frevo Mulher", hit há 30 anos. No carnaval de Salvador, não existe uma banda que não toque. Essa música foi feita numa madrugada, num quarto de hotel. De repente dá aquela chispa. Eu estava tão agoniado, a cabeça latejando de tanto pó que tinha entrado, e fui tomar um banho para relaxar. Quando saí do banho, a música saiu junto. E fiz rapidamente. Foi feita para a Amelinha gravar. Eu estava tão excitado, a energia era tanta que eu poderia fazer muito mais músicas nessa madrugada. Mas tem o velho problema: você bebe e fuma muito. No meu caso, sempre teve mais música envolvida. Adorava ficar cantando, tinha essas viradas violentas, ficava a noite inteira e emendava no dia seguinte. Agora, quando você começa a ficar embotado, lhe tira o brilho. Celso Blues Boy, que é a sublimação blues no Brasil, tem uma música que diz: "Cantarei na escuridão / Nessa treva sem fim / As coisas são assim / Pra que se lamentar / Se dentro de nós sempre brilhará". Eu escutava isso e achava uma coisa tão bem-feita. Me identificava. Nessa época, o Rio vivia um inferno de cocaína no ar. A Colômbia colocando pó de grande qualidade a preço de banana, o Cartel de Medellín investindo pesado pra todo mundo gostar e querer mais.<span style="color: red; font-weight: bold;"><br /><br />Você se sentia viciado?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -</span><span class="Apple-converted-space"> </span>Não, me sentia preso. As últimas sensações que eu tive com cocaína foram muito ruins, organicamente falando. O day after era uma coisa cada vez pior. Ao ponto de, na última vez que tentei pegar num canudo, veio um pensamento: "Olhe, cara, você vai começar de novo. Você sabe bem o que sentirá amanhã!" Quando lembrei disso, joguei o canudo fora e nem comecei. Era tão ruim a sensação que deu medo. Depois tive que "desempoeirar" minha carreira. Não havia ninguém sentado no meu lugar. Ele permanecia ali. Empoeirado, mas ainda ali.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Por que você não quer mais falar sobre o álbum Paêbirú?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>As coisas são muito simples. Não vou citar aqui razões pessoais, particulares. A minha recusa em falar é assim: quando Paêbirú foi lançado, há mais de 30 anos, na época em que saiu, apesar da cheia que aconteceu, ninguém falou nada sobre ele. Alguns álbuns foram mandados aqui pro Rio de Janeiro. Por que tantos anos depois? Deviam ter falado sobre isso naquela época! Eu acho apenas incrível que se vislumbre tudo isso em torno de um trabalho que já foi feito há muito tempo.<br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Qual sua relação hoje com a Pedra do Ingá?</span><br /><br /><span style="color: red; font-weight: bold;">Zé Ramalho -<span class="Apple-converted-space"> </span></span>De vez em quando faço visitas à Pedra do Ingá. É uma relação curiosa porque ela me dá projeções de como imagino certas coisas: a criação do mundo, os primeiros habitantes da terra, as criaturas do espaço que vieram aqui. Eu sou agnóstico, como John Lennon: imagino o mundo sem religiões. Aceito a explicação, que cada vez é mais permanente, que foram criaturas do espaço que vêm nos visitar. Faço parte dessa legião de ufólogos que têm grande esperança numa revelação. A experiência de "Avôhai", que contei sobre a viagem de cogumelos, "as cortinas", tem uma presença alienígena. A visão que tive das cortinas, na verdade, foi uma nave gigantesca que estava em cima de mim, enorme. Por entre as nuvens dava pra ver a sombra da nave – imensa, gigantesca. Havia uma presença alienígena, com certeza, naquele momento. E, quando olhei pro chão, estava repleto de olhos de gente a me observar. Isso aconteceu perto de Recife, num pasto chamado Rio Botafogo, uma fazenda enorme onde os malucos descobriram as amanitas que nasciam por lá. Essa experiência lisérgicafoi definitiva pra toda minha vida.</div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCvyuVYCNknNbvCGb8r3hpxdeOn1m-KaKkvd1El37FnM_pRECd9a_Iu1Xydp91AkU8VOWfj9lyL-eUPUK0MqrtJdCy8D738Dn6Fqfq5nVBkc413BC9lpEHAjBhOJcdyMxFnYMcNfvWqcE/s1600/ze-ramalho02.jpg" style="color: blue;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476336372936504370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCvyuVYCNknNbvCGb8r3hpxdeOn1m-KaKkvd1El37FnM_pRECd9a_Iu1Xydp91AkU8VOWfj9lyL-eUPUK0MqrtJdCy8D738Dn6Fqfq5nVBkc413BC9lpEHAjBhOJcdyMxFnYMcNfvWqcE/s400/ze-ramalho02.jpg" style="border: 1px solid rgb(255, 255, 255); display: block; height: 297px; margin: 0px auto 10px; padding: 4px; text-align: center; width: 400px;" /></a></div>
<div class="post-footer" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Trebuchet, 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="post-footer-line post-footer-line-1" style="line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em;">
<span class="post-author vcard"><br /></span></div>
</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-77424484725812930832013-02-10T08:38:00.001-08:002013-02-10T08:38:33.716-08:00LSD - Louvado Seja Deus - Matéria sobre Grateful Dead<div class="entry-content" style="clear: both; padding-top: 5px;">
<span class="ft4" id="AC_fonte">
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> Há 45 anos uma multicolorida multidão viaja pelos EUA atrás de uma banda - o Grateful Dead</span></b></div>
<div id="titulo-interna" style="padding-top: 0px;">
</div>
<div class="img_credito">
<br /></div>
<div class="img_credito">
Fonte : Revista TRIP </div>
<div class="img_credito">
<br /></div>
<div class="img_credito">
Henry Diltz/Corbis/LatinStock</div>
<img alt="Shows do Grateful Dead" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip194-grateful-xx.jpg_._416_._620" title="Shows do Grateful Dead" /><br />
</div>
<br />
<h3>
Há 45 anos uma dispersa e multicolorida multidão viaja pelos EUA
atrás de uma banda - o Grateful Dead. Largam família, escola, empregos
para acumular centenas de shows no currículo. Em nome de música,
transcendência e êxtase, os Deadheads transformam meros shows de rock em
um grande evento espiritual. <em><strong>Trip </strong></em>foi - e viu a luz</h3>
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Lynn GoldSmith/Corbis/LatinStock</div>
<img alt="Preciso de um milagre: nome de música e frase recorrente nas entradas dos shows do Grateful Dead. Para um Deadhead de verdade, conseguir um ingresso grátis, o miracle ticket, é sinal de que está no caminho certo. Por décadas a própria banda traficava ingressos para fora dos estádios para garantir a alegria de muitos devotos" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-194-grateful-dead-0006.jpg_._444_._300" title="Preciso de um milagre: nome de música e frase recorrente nas entradas dos shows do Grateful Dead. Para um Deadhead de verdade, conseguir um ingresso grátis, o miracle ticket, é sinal de que está no caminho certo. Por décadas a própria banda traficava ingressos para fora dos estádios para garantir a alegria de muitos devotos" /><br />
<div class="img_legenda">
Preciso de um milagre: nome de música e frase
recorrente nas entradas dos shows do Grateful Dead. Para um Deadhead de
verdade, conseguir um ingresso grátis, o miracle ticket, é sinal de que
está no caminho certo. Por décadas a própria banda traficava ingressos
para fora dos estádios para garantir a alegria de muitos devotos</div>
</div>
De braços erguidos e olhar vidrado, cabelos longos e barba caótica,
um rapaz coloca-se como um profeta. “Eu preciso de um milagre!”, ele
suplica. “Faça um milagre por mim e eu te levo para a igreja!”, propõe.
“Eu GARANTO. Hoje mesmo eu te mostro Deus!”, promete. Centenas de almas
em tie-dye fluem vagarosas na entrada do anfiteatro Shoreline, em
Mountain View. Todas, o repórter incluso, sabiam qual era a jogada do
sujeito. Ele queria um ingresso grátis (eis o milagre) para o show que
começaria em 15 min. Em troca, oferecia uma dose (eis a igreja, eis
Deus) de um decente LSD californiano. Talvez a única moeda que não falte
no bolso de um autêntico Deadhead como ele. O problema é que quase
todos por ali também eram Deadheads. E, de tão sedentos por um dia de
culto como aquele, muito provavelmente tinham seus sacramentos
lisérgicos reservados. Afinal, há cinco anos o Grateful Dead não fazia
um show. Era dia de culto para todos ali. E dos grandes.<br />
<h2>
<strong>Epiphany Rocks</strong></h2>
Cincos anos pode parecer pouco para fãs convencionais de grandes
bandas de rock. Mas o Grateful Dead não é uma banda convencional. E
menos ainda são seus fãs mais xiitas, os já citados Deadheads. Os
amadores já viram 20, 30 shows. Os mais radicais perderam a conta há
tempos, mas arriscam 300, 400, 500 shows no currículo. Pois para eles a
música do Dead transcende o folk-rock-psicodélico do rótulo. É a trilha
de uma vida espiritual nada ascética, contraditória, e carregada pelas
palavras de ordem que fundaram o movimento hippie e jogaram milhões de
jovens americanos em uma estrada de paz, amor, hedonismo – e drogas. E,
independente de como levam suas vidas mundanas, é ao vivo, com a banda
no palco, que se dá o arrebatamento. Onde gentileza, pensamentos
positivos, respeito ao próximo e ao planeta se misturam com altas
quantidades de ácido, ecstasy, cogumelos, maconha, óxido nitroso e
danças estapafúrdias. Um passaporte para o inferno, diriam padres e
pastores. O expresso para o paraíso, rezam milhares naquela fila.<br /><br />Para mim o dia era solene. Estava aproveitando meu último mês como correspondente da <em><strong>Trip </strong></em>na
Califórnia. E a música do Grateful Dead embalava meu espírito desde
minha primeira experiência psicoativa aos 19 anos de idade. E uma de
suas músicas, “Ripple”, havia sido o maior gatilho de epifanias durante a
mais importante experiência psicodélica que tive. Sem rodeios: mudou
minha vida. E mesmo sem o tie-dye e sem um mísero show do Dead no carma,
me considerava um Deadhead no coração – para mim a banda era mais do
que rock.<br /><br />Era uma... religião? Nem tanto, confesso. Mas eu
sentia, sim, a transcendência no som e na mensagem da banda. Quando
cruzei a roleta, arrepiei. Estava feliz. E decidido a ir para a igreja
como tantos por ali. Antes do culto, a hóstia. Seja o que Deus quiser...<br />
<h2>
<strong>Faça-se o Dead!</strong></h2>
Nenhuma religião se mantém de pé sem um belo mito fundador. E, no
caso do Grateful Dead, a mitologia é bem mais do que mera lenda. Grande
parte do imaginário que ronda a banda é fato verificável, amplamente
registrado em fotos, livros e relatos de muita gente viva até hoje.
Muito mais do que Beatles, Stones ou Hendrix, o Grateful Dead tem a
biografia musical mais messiânica e sincronística do rock.<br /><br />Eles
eram apenas uma banda folk de San Francisco no começo dos anos 60. Mas
tiveram a sorte, ou a marca do destino, de terem sido a primeiríssima
leva de músicos pop a experimentar LSD. Na época, 1964, quase ninguém
sabia o que ácido era. E apenas a Sandoz, o laboratório que tinha a
patente do ácido, o vendia sob o nome de Delysid. Mas não foi a viagem
precoce de Jerry Garcia e seus comparsas que lançou a banda ao púlpito.
Foram os meses e anos que se seguiram após suas primeiras trips.<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
© San Francisco Chronicle/Corbis/Latinstock</div>
<img alt="A fase de ouro do Grateful Dead, em 1970: Bill Keutzmann, Pigpen, Bob Weir, Mickey Hart, Phil Lesh e, na frente, Jerry Garcia" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-194-grateful-dead-0002.jpg_._536_._620" title="A fase de ouro do Grateful Dead, em 1970: Bill Keutzmann, Pigpen, Bob Weir, Mickey Hart, Phil Lesh e, na frente, Jerry Garcia" /><br />
<div class="img_legenda">
A fase de ouro do Grateful Dead, em 1970: Bill Keutzmann, Pigpen, Bob Weir, Mickey Hart, Phil Lesh e, na frente, Jerry Garcia</div>
</div>
<blockquote>
O Grateful Dead não é uma banda convencional. E menos ainda são seus
fãs mais xiitas, os Deadheads. Os amadores já viram 20, 30 shows. Os
mais radicais já perderam a conta, mas arriscam 300, 400, 500 shows<br />
</blockquote>
Não havia hippies nos EUA. Nem o termo existia. Apenas uma turma
muito pequena de pessoas sob a anárquica liderança de Ken Kesey que
carregava o nome de Merry Pranksters. Eles se vestiam com roupas
bizarras e carregavam apelidos à altura. Faziam amor entre eles sem
muita culpa ou ciúme. Rodavam o país em um ônibus escolar todo pintado à
mão, com mensagens surrealistas e incompreensíveis para o povo em preto
e branco daqueles tempos na América. Seu motorista era Neal Cassidy, o
lendário muso dos beatniks nos anos 50. Na bagagem do ônibus, o Furthur,
eles tinham muito, mas muito LSD. E, quando decidiram, na costa oeste,
começar uma revolução cultural através do ácido, escolheram o Grateful
Dead como a banda da casa.<br />
Foram os famosos testes do ácido. A substância ainda não era ilegal,
então não havia legislação nenhuma que proibisse os Pranksters de
distribuírem milhares de doses indiscriminadamente. Na praia, por
exemplo, ao som ao vivo do Grateful Dead. Dois problemas aqui. Como
conseguir tanto ácido e plugar a banda em um sistema de som grande o
suficiente para dar conta de entreter milhares de pessoas, ao ar livre,
transtornadas pela primeira experiência de LSD? A solução foi a mesma:
Owsley Stanley.<br /><br />O peculiar rapaz de 30 anos tinha duas
habilidades raras: criava equipamentos de som e sabia fabricar LSD.
Foram dele o setup do Grateful Dead e o ácido que abasteceu San
Francisco e boa parte dos EUA até 1967. Milhões de pessoas tiveram
revelações psicodélicas, bad trips, deixaram o cabelo crescer,
abandonaram suas casas, se engajaram contra a guerra no Vietnã, trocaram
todo o guarda-roupa e refizeram suas ideias de Deus. E a trilha sonora
era da banda que agora entra no palco do anfiteatro de Shoreline.<br />
<h2>
<strong>Jerry é meu pastor</strong></h2>
Desde que Jerry Garcia, fundador, guitarrista e principal vocalista
da banda, morreu em 1995, o Grateful Dead se recusa a usar o nome
completo. Já foram The Other Ones. Agora são simplesmente The Dead. A
falta que Garcia faz, ao som e aos fãs, mantém no discurso da velha
guarda Deadhead a saudade – e certa soberba: “Você não viu Jerry ao
vivo? Não é a mesma coisa...”, é o que escuto toda vez que confesso
minha virgindade em cultos gratefuldeadianos. Até os shows que os fiéis
testemunharam eles contam sob esse parâmetro. Quantas performances com e
quantas sem Garcia.<br />
<blockquote>
”Em muitos shows a gente nem entra.Fica no estacionamento, nos
corredores, conhecendo gente e escutando de longe. Você sabe, estamos
aqui por outro motivo”. Qual? “Hmmm, amor. Eu acho...”<br />
</blockquote>
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Dan Lamont/Corbis/LatinStock</div>
<img alt="Jovens Deadheads inconsoláveis no dia da morte de Jerry Garcia, em 1995" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-194-grateful-dead-0005.jpg_._412_._620" title="Jovens Deadheads inconsoláveis no dia da morte de Jerry Garcia, em 1995" /><br />
<div class="img_legenda">
Jovens Deadheads inconsoláveis no dia da morte de Jerry Garcia, em 1995</div>
</div>
Jerry foi vítima de um ataque cardíaco dias após se internar em uma
clínica de reabilitação. Segredo nenhum... O culto a que a banda foi
submetida só é comparável a outra reputação do Grateful Dead: a do
ostensivo e intensivo uso de drogas. A revelação psicodélica do LSD e
similares deu lugar, logo no começo dos anos 70, a quase qualquer
substância disponível. Não demorou para Jerry preterir o ácido em favor
de drogas mais sedutoras – e viciantes – como ópio e heroína. Os
camarins do Grateful Dead eram lendários festins. Assim como a pista de
seus shows. Essa combinação, bem sabida de ambas as partes, criou também
outra característica crucial dos shows do Dead. Longos, muito longos,
para dar conta das muitas horas de psicoatividade de banda e público.
Quando sobem ao palco eles sabem que grande parte do público está sob o
efeito de substâncias que vão levar horas até trazer o fã de volta à
Terra. E, como verdadeiros ph.D.s em trips, o Dead sabe como ninguém
ajudar na navegação de sua audiência. Quem conta é Bob Weir...<br />
<h2>
<strong>O tempo do Bob</strong></h2>
Bob é o vocalista e guitarrista remanescente. Sempre dividiu com
Jerry as canções e, desde 95, assumiu a voz em quase todas. Cresceu uma
bela e densa barba grisalha e, pelos últimos 15 anos, vem ganhando a
imagem de profeta que sempre foi de Jerry. Quatro meses antes do show de
Shoreline tive a sorte de conhecê-lo. E, depois de muita resistência de
Weir, consegui uma entrevista.<br />
O papo que era para durar uma hora acabou se esticando pela tarde
inteira. “É interessante conversar com um brasileiro”, ele admite, “você
não me faz as mesmas perguntas de sempre”. Normalmente jornalistas
querem saber dos velhos tempos, das drogas, dos causos com Timothy Leary
e turnês chapadas pelo mundo. Quando comecei a entrevista falando de
Obama, ele se animou. Mas se esqueceu do relógio quando perguntei sobre
Deus e o caráter religioso dos shows.<br /><br />Você tem a consciência de
que boa parte de sua plateia está buscando uma experiência espiritual?
“Não penso nisso diretamente”, ele começa, “mas o caso é que eu também
estou na mesma busca. O que estamos tentando no palco, e nem sempre
conseguimos, é criar um acontecimento maior do que nós mesmos. E o que
faço é não pensar no público nem em mim. Eu tento esquecer que estou
ali, que sou o Bob, e ser o veículo de outras forças. Meu corpo é só um
ator, um veículo”. Essas palavras me voltam à mente quando Bob começa a
cantar em Shoreline a faixa um do primeiro disco do Grateful Dead. The
Golden Road (To Unlimited Devotion).<br />
<h2>
<strong>Por amor</strong></h2>
A pista abriga umas 10 mil pessoas. É justo que se diga, nem todos
são devotados Deadheads. Há famílias, casais convencionais e fãs,
simplesmente, das canções do Dead. Apesar de ser necessariamente
atrelada às drogas psicodélicas, a música em si é simples, melódica,
sutil. Nada das estranhezas sonoras, das letras intermináveis da
psicodelia do Pink Floyd e afins. Visto de longe, o Grateful Dead soa
como um country rock, e dos leves. Muitas baladas, timbres simples e
solos curtos. Mas quem se dispõe a entrar mais fundo nos temas da banda
entende por que é a mais psicodélica delas.<br /><br />As letras (quase
todas do poeta Robert Hunter) costumam evocar histórias nada comuns no
rock. Resumos de pensamentos de Lao Tzu, descrições de lugares selvagens
vistos em perspectivas cósmicas, o amor visto como uma manifestação
espiritual, nunca romântica, pensamentos perdidos em uma trip de ácido,
dívidas com traficantes como questões morais, o diabo como um personagem
banal em uma mesa de jogo, a saudade de um pai falecido em metáforas
vagas... Tudo isso provocando, ali no Shoreline, crises de choro, risos
em êxtase, gente cantando ajoelhada de mãos postas. Gente em completo
estado de graça, prestando atenção em tudo... menos na banda!<br />
<blockquote>
“Era poderoso! Vi um festival de Dionísio. Era mais do que música,
acendia algo estranho no coração, a própria energia da vida. Eu vi
coisas assim, mas nunca com gente tão jovem, nunca nos EUA”, disse
Joseph Campbell<br />
</blockquote>
<h2>
<strong>O poder de Campbell</strong></h2>
Outra peculiaridade que faz do Dead um grupo único. Os mais fiéis
fãs, que rodam o país e abandonam tudo em nome dos shows, não olham para
o palco, não se espremem jamais para um lugar mais perto da ribalta. “A
gente não tem uma relação de ídolo e fã”, explica Matthew Pop, um
dedicado Deadhead de 36 anos de idade que, desde os 13, segue a banda.
Depois de mais de cem shows na manga, postula: “Em muitos dos shows a
gente nem entra. Fica no estacionamento, nos corredores, conhecendo
gente e escutando a música de longe. Você sabe... estamos aqui por outro
motivo”. Qual, então? “Hummm. Amor, eu acho.”<br /><br />Antes de acreditar
no suspeito repórter, preste atenção no que disse o professor Joseph
Campbell. Famoso pelo seu livro e série de TV O poder do mito, Joseph é
considerado o mais importante intérprete de mitologia e religiões do
século 20. Nunca deu bola para rock nem para as revoluções culturais dos
anos 60. Mas, em 1985, conheceu Jerry Garcia e Mickey Hart (o
baterista) e foi a um show deles em Berkley. Teve, ele também, uma
revelação:<br /><br />“Uma experiência maravilhosa. Fui a um auditório ver a
banda Grateful Dead. Sempre achei rock simples e sem graça demais para o
meu gosto. Mas quando vi 8 mil jovens flutuando no ar sob o comando
daqueles músicos... Era poderoso! Vi um festival de Dionísio. Era mais
do que música, acendia algo estranho no coração, a própria energia da
vida! Eu vi coisas assim antes, mas nunca com uma plateia tão jovem, nem
com americanos. E nunca vi gente em arrebatamento por cinco horas
seguidas! Era como o México no dia da Virgem de Guadalupe, como no
templo de Jagannath na Índia. Não interessa se é um pastor ou um grupo
de rock. Eles acharam aquele acorde da unidade, do Deus que está em
todos.”, resume Campbell.<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Jay Blakesberg</div>
<img alt="O renomado professor de mitologia Joseph Campbell palestra ao lado de Jerry e Mickey, após sua revelação em um show da banda" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-194-grateful-dead-0001.jpg_._408_._620" title="O renomado professor de mitologia Joseph Campbell palestra ao lado de Jerry e Mickey, após sua revelação em um show da banda" /><br />
<div class="img_legenda">
O renomado professor de mitologia Joseph Campbell palestra ao lado de Jerry e Mickey, após sua revelação em um show da banda</div>
</div>
<h2>
<strong>Dionísio na pista</strong></h2>
Bem... a banda já tocou por 40 min e acaba de fazer seu primeiro
intervalo. Mais três horas, pelo menos, me esperam. Já achei meu canto,
joguei a toalha no chão e deitei a olhar o céu enquanto o sacramento
mais típico dos Deadheads começou a fazer efeito. Uma decolagem
turbulenta, que logo estabiliza em um voo alto. Bem alto. O sol se põe e
o céu derrama cores que vão ao chão. Procissões de hippies não dão a
menor pelota para meu semblante torto e olhos arregalados. Do meu lado
uma moça faz ioga. Do outro três garotos dançam loucamente sem que
música alguma saia das caixas. A luz apaga. O Dead está de volta. Nesse
ponto, eles sabem, a plateia já decolou como eu. É noite. Hora de chamar
Dionísio para a pista.<br />
<div class="imagem_wyiwyg leftImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Arquivo pessoal</div>
<img alt="Bruno com Bob Weir, do Grateful Dead" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-183-expatriados-0011.jpg_._199_._300" title="Bruno com Bob Weir, do Grateful Dead" /><br />
<div class="img_legenda">
Bruno Torturra, repórter da <strong><em>Trip</em></strong>,
e Bob Weir, na casa do guitarrista e vocalista da banda. O dia em que
nosso enviado à Califórnia ganhou seu milagre gretefuldeadiano</div>
</div>
Nenhuma palavra é dita antes de um acorde explodir em volume mais
alto do que no primeiro ato. As luzes... Oh, meu Deus... AS LUZES!
Feixes de rosa estroboscópicos e ondas radiantes de verde tomam toda a
vista, e pensamentos desconexos em perfeita harmonia navegam por cima de
mim. Por cima de mim? E que luzes e cores são essas já que meus olhos
estão fechados e nem me levantei da toalha na grama? Sim, são luzes e
estão todas aqui, comigo. Alucinações só existem para quem não as
teve... São rosa e verdes e roxos e amarelos que nascem como... como...
qualquer pensamento. Como a grama que está abaixo de mim. Se bem que,
agora, não sinto mais a grama. Bob Weir se cala e emenda um solo...
Estou longe, no vazio. Não tenho corpo, não há cores nesse lugar. Nem
preto. Só o nada que de alguma forma se curva sobre mim. Sinto uma
presença. Meu terceiro olho olha pra cima e vê uma gigantesca abelha.
Uma abelha do tamanho de um planeta. Entendi tudo! Estou dentro de uma
flor. No espaço vazio dentro de uma magnólia do tamanho do universo.
Abro os olhos.<br />
<strong>Sem teto no universo</strong><br /><br />No palco aqueles homens
quase parados, dedilhando instrumentos. Sobre mim, as estrelas. Não era
céu... era o espaço sideral. Ficou claro, profundamente óbvio, que a
Terra não tem teto. E que aquela música, sendo tocada naquele instante,
era, literalmente, um acontecimento absurdamente raro no cosmo. Que as
vibrações das ondas sonoras, das luzes, dos pensamentos daqueles
milhares de pessoas celebrando o amor tinham necessariamente um
parentesco com o Big Bang. O universo todo é feito de música e isso não
era metáfora. A harmonia perfeita entre o espaço, o tempo e a matéria
que produziu aquele momento não era nada mais do que música. Olhei
minhas mãos e eram música. Respirei fundo e senti reais o ar, meu
pulmão. Eram música. Caí de joelhos e desatei a chorar. Quando uma mão
toca o meu ombro. Era um senhor descabelado, vestido na mais surrada das
camisetas psicodélicas. “Aqui”, estende a mão que segura um gomo de
tangerina. “Sorria, irmão! Seja grato.” Eu sou. Eu SOU.<br />
</span>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-74874562788431761142013-02-10T08:26:00.000-08:002013-02-10T08:26:09.157-08:00Que droga é essa?<br />
<div id="titulo-interna" style="padding-top: 0px;">
<h2 class="entry-title" style="font-family: tahoma; font-size: 38px; font-weight: bold; text-transform: uppercase;">
</h2>
<div class="entry-summary" style="color: #838383; font-family: tahoma; font-size: 24px; padding-bottom: 5px; padding-top: 0;">
Buscamos alterar nossa consciência de alguma forma, mas ainda não sabemos lidar com isso</div>
</div>
Fonte : Revista TRIP<br />
<br />
<span class="ft4" id="AC_fonte"><strong>Da criança que se diverte
girando até ficar tonta ao nóia do centro, passando, provavelmente, por
você, todos buscamos alterar nossa consciência de alguma forma de vez em
quando. Depois de décadas de uma malsucedida guerra contra as drogas,
ainda não sabemos lidar com uma das mais básicas e complicadas
necessidades humanas</strong>
</span><br />
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
<br /></div>
<img alt="" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-tese-02.jpg_._409_._300" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
Seja por prazer, por curiosidade, medo, para fugir dos problemas,
para resolvê-los, para encontrar Deus ou se jogar em pecados, a fome que
o homem tem por alterar sua dita “normalidade” é parte crucial da nossa
história e do nosso destino. Da criança que gira obsessivamente para
cair tonta, e rindo, no chão até o mais inconsequente dos psiconautas –
há em nossa espécie um desejo profundo em colocar a consciência para
funcionar sob novos parâmetros. Pouco importa se, pessoalmente, gostamos
ou não de drogas. Mas é preciso, em nome da sanidade pública, entender
que quem as usa não é simplesmente criminoso, doente, covarde ou
corajoso – é, antes de tudo, humano.<br /><br />Arqueólogos possuem
evidências de uso de maconha e plantas psicodélicas em datas próximas a 3
mil anos antes de Cristo. Os Vedas, considerados os mais antigos textos
espirituais do mundo, fazem referência ao Soma, um lendário preparado
psicoativo que aparenta ser feito com base no cogumelo <em>Amanita muscaria</em>,
de grande poder alucinógeno. Em todos os continentes, poderosos
preparados vegetais foram a base de importantes estruturas espirituais.
Ayahuasca, paricá e san pedro na América do Sul. Cogumelos, peiote, <em>Salvia divinorum</em>
na América Central. Maconha na Índia. Iboga no oeste africano.
Preparados similares ao chás ayahuasqueiros para ingestão de DMT no
Oriente Médio. Opiácios na China. Culto de fungos psicoativos entre os
gregos antigos. E uma longa lista de inebriantes, estupefacientes e
psicodélicos que, ao longo da história, foram achando seus lugares entre
lares, bares, templos, becos e alcovas. Toda cultura, e toda revolução
cultural, invariavelmente conta com suas drogas, que ajudam a definir o
espírito de um tempo e de um lugar.<br /><br />Mas apontar para o fator
ancestral não deve ser o bastante para nos convencer de que recalibrar a
consciência é parte da experiência humana. O antropólogo Henrique
Carneiro, especialista na história social das drogas e membro do <a href="http://www.neip.info/" target="_blank">Neip (Núcleo de Estudos Interdisciplinares dos Psicoativos)</a>,
abre a questão: “O uso de drogas evoca significados mais profundos do
que um hedonismo químico ou um uso psicoterapêutico, mas remete a uma
crescente plasticidade da subjetividade humana que se espelha em
diversos meios técnicos para buscar a alteração de si, dos estados da
consciência, cognição, afetividade e humor”.<br /><br /><strong>Babel de opiniões</strong><br />Prova
do que Henrique defende é que séculos passam, igrejas nascem e morrem,
códigos morais florescem e caducam – e o número de opções para a
inebriação só aumenta. Assim como se tornaram, com o tempo, ainda mais
diversas e insondáveis as razões pelas quais alguém usa ou abusa das
drogas. Por isso o assunto pede sobriedade. Algo raro nos discursos de
caretas convictos, ex-drogados arrependidos, maconheiros felizes,
cheiradores enrustidos, daimistas iluminados, sanitaristas pragmáticos,
políticos conservadores e progressistas, religiosos intolerantes e uma
multidão dispersa e difusa pelo planeta, que tem cravada na cabeça o que
pensa sobre as substâncias que alteram nossos sentidos.<br />
<br />
<blockquote>
“A guerra às drogas não está funcionando. E foi ela que gerou essa violência...”<br />
</blockquote>
<br />
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Reprodução</div>
<img alt="" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-tese-09.jpg_._459_._300" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
O caso é que a babel de opiniões desencontradas sempre esbarra no
mesmo muro: o da lei. E, por mais que tenhamos a sensação de que “sempre
foi assim”, a política internacional repressiva tem uma origem muito
recente. Apesar de o século 20 ter derrubado tabus sexuais e morais, na
questão psicoativa ainda vive numa espécie de idade média. O veto à
maconha veio, nos EUA, na primeira década do século passado por força de
lobistas interessados em destruir a indústria de fibras de cânhamo e
apoiado por políticos racistas a fim de encarcerar mais negros
(praticamente o único grupo a fumar maconha naqueles tempos). Até os
anos 40, cocaína era vendida em farmácias e até tônicos infantis
carregavam o alcaloide em suas fórmulas. Devagar e sempre uma onda
proibicionista se alastrava, mas foi quando as drogas se tornaram
combustível de contestação política nos anos 60 que veio o tsunami.<br /><br />A convenção da <a href="http://www.onu-brasil.org.br/" target="_blank">ONU</a>
de 1971 criou o Painel Internacional de Controle de Narcóticos, que,
notoriamente, foi desenhado pelo governo conservador de Richard Nixon, o
alvo favorito da geração hippie. Mike Crowley, estudioso de budismo e
psicodélicos, na época engajado ativista antiguerra, dá o diagnóstico de
quem viveu de perto: “Proibir e reprimir determinada droga é também uma
forma de proibir um tipo de grupo, de mentalidade. A convenção de 71
foi mais uma maneira que Nixon achou de esmagar seus opositores”.<br /><br />O
fato é que o mundo, e uma ditatorial América Latina, acabou assinando o
tratado que rasurou qualquer valor medicinal e espiritual da maioria
dos psicoativos de uso ancestral, ignorou estudos que assinalavam o
potencial psicoterapêutico do LSD e baniu autorizações inclusive para
futuras pesquisas clínicas com drogas proibidas. “Vivíamos a idade de
ouro da psicoterapia. Mas nenhum médico da área foi ouvido”, recorda-se
Ann Shulgin, famosa psicóloga psicodélica, esposa do químico Sasha Shulgin.
“Lembro do quanto eu chorei quando proibiram o ácido. Nosso trabalho
foi simplesmente encerrado sem nenhuma consideração”, lamenta Ann. E
dessa convenção se seguiram outras ao longo de 20 anos. O termo guerra
às drogas se tornou política internacional. Ronald Reagan criou o slogan
“Just Say No” (Apenas diga não). Se algum novo alterador da consciência
chegava às ruas, rapidamente era vedado. O consenso nunca debatido era
um só: reprimir para “Livrar o mundo das drogas. É possível”, era o
mantra declarado dos painéis.<br /><br /><strong>Guerra perdida</strong><br />Muito diferente é o seguinte slogan: “Rumo a um novo paradigma”. É o que propõe a <a href="http://cbdd.org.br/pt/" target="_blank">CBDD, a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia</a>.
Trata-se de uma louvável iniciativa do Viva Rio, encabeçada pelo
antropólogo Rubem César Fernandes, que ajuda a organizar um grupo do
mais alto escalão político e judicial brasileiro para um debate sobre
uma reforma em nossa política de drogas. Entre os pesos pesados na mesa,
a estrela é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que de uns
tempos pra cá tem levantado a bandeira da descriminalização do uso das
drogas. A razão é clara e já ecoa pelo mundo, mas na boca de um
influente ex-chefe de Estado ganha peso 2. FHC conclui: “A guerra às
drogas não está funcionando. E foi ela que gerou essa violência no
México, na Colômbia. Só que eles [<em>a ONU]</em> estão perdendo a guerra”.<br /><br />Ele
é um dos que não se acanham em vir a público reconhecer que desde
sempre o humano usa drogas. Não se priva em dizer que usuário não é
criminoso nem pode ser tratado como um. Defende e articula em público e
privado um raro consenso entre PT, DEM e o seu PSDB. Mas ele também
ainda se perde em estranhas conclusões. “Ninguém aqui está falando em
legalizar”, diz o ex-presidente na mesa, “porque, quando o governo
legaliza, ele diz que pode usar. Que a pessoa deve usar.”<br /><br />FHC e
seus pares na comissão (a ex-ministra do STF Ellen Gracie, o deputado
federal Raul Jungmann, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e segue a
lista) buscam tirar o usuário de drogas da esfera criminal. Mas no
projeto que vem sendo costurado não consideram criar uma alternativa
legal para a produção e venda de maconha. Ao contrário, querem reforçar
as penas e o combate ao tráfico sob o velho olhar de que drogas são
necessariamente prejudiciais e que o usuário precisa de ajuda e não de
facilidades de acesso. Em parte por suas próprias convicções, mas muito
guiados pelo temor de um massacre eleitoral (“suicídio político” foi uma
expressão usada nas conversas da comissão), indicando que a legalização
ainda não tem chances no chão do Congresso.<br /><br /><strong>Abuso e uso</strong><br />
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Reprodução</div>
<img alt="" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-tese-03.jpg_._460_._300" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
O projeto de lei sobre a mesa da CBDD está sendo escrito pela caneta
do deputado Paulo Teixeira (PT/SP). Ciente da dificuldade de aprovar
qualquer texto ousado, ele busca terreno entre os deputados mais
conservadores para avançar nos critérios de diferenciação entre usuário e
traficante. E, principalmente, no que acontece a alguém flagrado com
drogas para seu uso. “Precisamos mover passo a passo”, avalia o
deputado, “e sentir a hora certa de avançar mais.” Pelo andar da
carruagem, e pelos acirrados ânimos eleitorais, a votação deve ficar
para 2011. Mas há uma chance de o consenso ser costurado ainda este ano.<br /><br />Convidada para apresentar o livro <em>Cannabis Policy</em>
na comissão, a condessa de Wemyss, Amanda Feilding, se decepciona:
“Descriminalizar o uso não é o suficiente. Se o objetivo é reduzir a
violência e tirar o poder dos cartéis, o Estado precisa regular e
aceitar alguma alternativa para a produção e a compra legal dessas
drogas. Sem isso, o jogo não muda”. O livro que Amanda veio oferecer aos
políticos brasileiros é um aprofundado estudo que descreve a maconha
não apenas como droga e seus respectivos efeitos a longo prazo no
usuário, mas investiga a economia e sugere formas racionais de regular a
mais popular de todas as drogas ilegais. Ela vai além, falando sobre o
que concluiu ao longo de mais de 40 anos de militância por uma política
mais sensível: “Os políticos não têm o conceito de uso de drogas. Para
eles o uso é sempre abuso. Não existe sequer a ideia de que alguém pode
passar a vida usando drogas e não ter grandes problemas sociais”.<br /><br />O
economista Peter Reuter, renomado especialista no mercado ilegal de
drogas, é um dos autores do livro. Seus estudos estimam que 80% de todo o
volume de drogas proibidas consumidas no mundo é a milenar cannabis.
São dados acatados pela Comissão de Drogas e Crime das Nações Unidas,
ela mesma, no papel, uma seguidora do mantra proibicionista. Isso
significa cerca de 166 milhões de usuários de maconha no mundo, algo em
torno de 4% da população mundial adulta. Todo o restante de drogas
ilegais é utilizado por 1% dos adultos da Terra, algo em torno de 34
milhões de pessoas. Se a maconha e, apenas ela, fosse retirada da lista
das substâncias caçadas pela polícia, todo o orçamento trilionário da
guerra às drogas cairia por terra. “Não defendo o uso, pelo contrário,
creio que deveríamos criar campanhas para desencorajar o uso da
cannabis. Mas a atual abordagem me parece mais danosa à sociedade do que
um mercado regulado e fiscalizado pelo Estado”, conclui Reuter, que
afirma, em conversas privadas, nunca ter experimentado a erva.<br />
<br />
<blockquote>
“A atual abordagem me parece mais danosa à sociedade do que um mercado regulado e fiscalizado pelo estado”<br />
</blockquote>
<strong>California dream?</strong><br />A conclusão do especialista é a
de que não faz sentido um orçamento próximo de US$ 1 trilhão ao ano, e
muito sangue, para reprimir um mercado que seria tão mais restrito se a
maconha fosse tirada da conta. E, considerando o consumo de drogas muito
mais nocivas como a heroína, o estudo que dá lastro ao <em>Cannabis Policy</em> também dá um diagnóstico diferente da mentalidade muito bem difundido da estrada sem volta das drogas...<br />
<div class="imagem_wyiwyg leftImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Reprodução</div>
<img alt="" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-tese-06.jpg_._461_._300" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
Do 1% dos terráqueos que utilizam drogas mais pesadas e aditivas do
que a maconha, apenas 10% desenvolvem grave dependência e problemas
sociais. O que significa um número de 0,1% da população mundial que é
viciada em drogas ilícitas e pode tornar-se um transtorno ou risco para
as pessoas ao seu redor. É um número que poderia ser mais bem
administrado (e reduzido) através de programas de educação e recuperação
com verbas infinitamente menores do que o orçamento da guerra às
drogas. Hoje, os demais 90% de usuários parecem passar a vida mantendo
um uso controlado e sem graves consequências. Exceto uma: o dinheiro que
gastam, e que sustenta uma podre rede criminosa no mundo.<br /><br />Mas, a
despeito dessa realidade, quando se fala de drogas nos órgãos
internacionais, a maconha não entra na pauta. Nem o uso responsável. Nem
os aspectos antropológicos, médicos, espirituais ou hedonistas da nossa
relação com as drogas. Mas há um movimento contrário, dá para sentir,
quando revistas tão mainstream como a Economist defendem na capa a
legalização de todas as drogas. Ou quando países como Portugal, de onde
FHC tirou grande parte de suas novas posturas, ignoram a convenção de
1971 e criam contextos legais para o uso e o cultivo de maconha com
sensíveis resultados positivos, como a redução do tráfico nas fronteiras
e sem um aumento significativo no número de usuários. Um movimento de
realismo pode emergir quando a Califórnia votar, em novembro, uma
proposta que pode legalizar a maconha no Estado mais rico dos EUA. O
ativista pró-maconha medicinal da costa oeste americana, James Anthony,
um dos representantes da campanha pelo “sim”, avalia: “Há dez anos um
plebiscito como esse seria inviável. A maré está virando”. Se isso
acontecer, especialistas concordam, um efeito cascata pode ocorrer – e
soluções locais para regulamentar as drogas podem ocupar a pauta de
parlamentos pelo mundo.<br /><br />Só nos resta torcer por lucidez nos
círculos do poder e, mais importante, nos informar. Exigir de nós mesmos
e de quem discute conosco coerência e uma mente aberta para o assunto.
Trazer a discussão para nossa rotina e tentar pensar as drogas mais
profundamente. Não existe resposta fácil e, independente de que caminho o
mundo vai seguir no pós-guerra, continuaremos vendo consequências do
abuso de substâncias. Seguiremos nos entorpecendo para celebrar, para
consolar, para pensar menos ou mais. E, sobretudo, para ver as coisas de
uma forma diferente – exatamente o que é mais urgente em relação às
drogas.<br />
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-25292037751519630562013-02-10T08:20:00.002-08:002013-02-10T08:20:19.248-08:00Cabeça aberta - Reportagem da Revista TRIP sobre Amanda Feilding (Diretora da Fundação Beckley).<div id="titulo-interna" style="padding-top: 0px;">
<h2 class="entry-title" style="font-family: tahoma; font-size: 38px; font-weight: bold; text-transform: uppercase;">
</h2>
<div class="entry-summary" style="color: #838383; font-family: tahoma; font-size: 24px; padding-bottom: 5px; padding-top: 0;">
Amanda Feilding articula uma cruzada mundial para mudar a nossa relação com as drogas</div>
</div>
<br />
Fonte : <a href="http://revistatrip.uol.com.br/revista/187/reportagens/cabeca-aberta.html">Revista TRIP</a><br />
<br />
<div class="entry-content" style="clear: both; padding-top: 5px;">
<span class="ft4" id="AC_fonte">
<strong>Há mais de 45 anos ela dedica a vida a trazer lucidez a si
mesma e ao mundo através dos estados alterados da consciência. Diretora
da Fundação Beckley, Amanda Feilding, condessa de Wemyss, articula uma
cruzada mundial – que já chegou ao Brasil – para mudar a nossa relação
com as drogas, o cérebro e o espírito</strong>
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Arquivo pessoall</div>
<img alt="" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0006.jpg_._467_._620" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
O tempo anda em soluços enquanto as paredes de cinco séculos se movem
levemente, e um filete denso de fumaça sobe dançando de um cachimbo de
madeira deixado há pouco na mesa. Amanda expira, olha para o teto, que é
tudo, menos plano. E segue a resposta a uma pergunta perdida lá atrás.
“Enfim... você não sabe o que é o amor, até ser amado por um pássaro.”
Não era uma novidade para ela tal pensamento nem uma frase para enfeitar
conversas psicodélicas. Era uma antiga constatação, da hoje senhora
Amanda, dos tempos em que Birdie, o pombo, era vivo.<br /><br />Mais de 30
anos viveu a querida ave, todos sob as asas soltas de Amanda, e voando
livre, sem aparas ou gaiola, sobre os jardins da mansão Beckley. Era um
“anjo”, ela diz, “com quem eu tive o privilégio de conviver”. Um pombo,
mas também uma metáfora encarnada que ela carregava no ombro durante os
mais intensos anos de sua vida. Era o companheiro e o símbolo perfeito
para sua busca: a libertação da consciência como uma conquista tanto
mística quanto científica. Uma estrada psicodélica, evolucionária, que
muita gente um dia decidiu seguir. Mas poucos, se tantos, foram tão
resolutos quanto a mãe adotiva de Birdie, a diretora da <a href="http://www.beckleyfoundation.org/" target="_blank">Fundação Beckley</a>, Amanda Feilding, condessa de Wemyss.<br /><br />A
casa onde estamos é a mesma onde ela nasceu. Ela e tantos, tantos
antepassados. A mansão Beckley foi erguida em 1520, e pouca coisa mudou
em suas dependências. As mesmas portas, trancas, a mesma escada de
madeira e as pedras gastas no chão. Paredes onduladas, ângulos nada
euclidianos e uma atmosfera solene que só uns 500 anos podem conferir a
um imóvel. Uma casa de personalidade tão única quanto a da dona – as
duas tão elegantes e de tão fino berço que aparentam carregar uma
fortuna que, de fato, não há. Nem nunca houve em sua vida.<br />
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Bruno Torturra Nogueira</div>
<img alt="Amanda nos jardins de Beckley Park" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0001s2xx.jpg_._300_._300" title="Amanda nos jardins de Beckley Park" /><br />
<div class="img_legenda">
Amanda nos jardins de Beckley Park</div>
</div>
Amanda nasceu e foi criada ali na mansão e nos amplos jardins que a
cercam. Foi uma infância doce, ela se lembra, mas rigorosamente pobre.
“Não havia dinheiro nem para o aquecimento, e no inverno a gente tinha
que ficar debaixo de casacos pesados dentro de casa”, diz sem ostentar,
“mas era sempre tudo divertido. Não ficava bem se queixar do frio,
entende?” Foi entre um inverno e outro, entre bem aparadas sebes, que
ainda na infância teve suas primeiras experiências transcendentes. “Era
um sentimento diferente que me acometia. De enxergar algo a mais ou de
sentir a presença de Deus no meu jardim. Ou de me sentir voando quando
meu corpo estava sentado na igreja.”<br /><br />Foi esse sentimento oceânico
que a fez largar a escola aos 16 anos e viajar sozinha pelo Oriente
Médio atrás de lições para o espírito. Que a fez voltar a Oxford e
arriscar uma vida acadêmica em psicologia e história das religiões. Mas
foram as drogas que colocaram a moça no caminho certo. “Naquela época eu
fumei maconha e isso transformou minha consciência de uma maneira muito
positiva. De repente eu estava vendo mais beleza, escutando mais notas
nas músicas. E depois, em 1965, eu experimentei LSD...” Aí tudo,
literalmente, mudou. Junto com os mais profundos e metafísicos insights
do ácido, ela descobriu Bart Huges, um cientista holandês que se tornou
seu amor e parceiro psicodélico. Eram trips e mais trips, ao lado de
Birdie, dedicadas a um mergulho interno determinado, sessões
psicanalíticas freestyle e leituras de Freud e Reich durante as
incursões lisérgicas.<br />
<br />
<blockquote>
“Proibir estados alterados é não só inviável como pouco inteligente do ponto de vista evolutivo”<br />
</blockquote>
<strong>Quero ver sangue</strong><br />Foi nesse tempo, fim dos anos 60
início dos 70, que o pequeno e dedicado grupo de Amanda começou a
levantar as hipóteses que até hoje ela luta para comprovar e difundir. A
mais importante delas: a de que o cérebro humano tem um leve deficit de
sangue, uma consequência negativa do processo de evolução que nos fez
bípedes. Nós, os macacos eretos, acabamos por mudar o balanço entre o
sangue e o fluido espinhal que irriga nossos miolos. O resultado,
segundo Amanda, seria uma queda no número de células ativas no cérebro,
menos cognição, menos energia disponível para atividades mais elevadas
no cérebro. Menos potencial para estados místicos e percepções
transcendentes da realidade. Reverter essa deficiência se tornou o
objetivo por trás das infinitas sessões de ioga, meditação, psicanálise e
LSD.<br /><br />“Claro que ninguém quer escutar que tem pouco sangue na
cabeça”, Amanda repara, “ofendia muita gente. Então nossa mensagem
científica não era muito popular nos anos 60. Mas eu queria realmente
testar para ver se nossa ideia era verdadeira e como a gente poderia
difundir isso pela sociedade. E eu descobri que é muito difícil quebrar
um tabu.” Pudera. Para investigar a tese, a jovem Amanda tomou uma
atitude deveras literal para abrir ainda mais sua cabeça: abriu sua
cabeça.<br /><br /><strong>Trepanation society</strong><br />Por quatro anos
ela procurou um médico na Inglaterra que se dispusesse a realizar um
processo cirúrgico tão ancestral e seguro quanto chocante e tabu – a
trepanação. Trata-se da abertura voluntária de um pequeno buraco no
crânio. O objetivo é reduzir um pouco a pressão intracraniana e, com
isso, facilitar a circulação de um volume maior de sangue pelo cérebro.
No passado, xamãs, místicos e ioguins ao redor do mundo fizeram seus
furos na cabeça com o claro intuito de ampliar suas capacidades
meditativas, mediúnicas, metafísicas. Para Amanda, a razão é mais
elaborada: “Se nossa espécie tem realmente deficiência de sangue para
irrigar o cérebro, então ele precisa ser racionado. A prioridade é
reservá-lo para as partes mais importantes para a sobrevivência. E o
mecanismo que controla isso é o chamado ego. Que é baseado em
reconhecimento de palavras e isso se tornou o modo pelo qual controlamos
nossa função psíquica. E o centro verbal diz mais respeito ao lado
esquerdo do cérebro e tende ao pensamento linear, em oposição ao
pensamento holístico, não verbal, do lado direito”.<br />
<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Arquivo pessoall</div>
<img alt="Uma decidida Amanda de 27 anos realiza a autotrepanação" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0011.jpg_._472_._620" title="Uma decidida Amanda de 27 anos realiza a autotrepanação" /><br />
<div class="img_legenda">
Uma decidida Amanda de 27 anos realiza a autotrepanação</div>
</div>
<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Arquivo pessoal</div>
<img alt="Uma decidida Amanda de 27 anos realiza a autotrepanação" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0010.jpg_._471_._620" title="Uma decidida Amanda de 27 anos realiza a autotrepanação" /><br />
<div class="img_legenda">
<br /></div>
</div>
Pender a balança sanguínea um pouco mais para a direita era seu
objetivo. Na falta de um doutor disposto, em 1972 decidiu fazer sozinha.
Conseguiu uma broca elétrica, um bisturi, anestesia e esterilizantes.
Praticou suas habilidades como escultora perfurando um antigo crânio nos
dias anteriores. Descolou uma câmera de 16 mm e fez seu primeiro filme,
<em>Heartbeat and the brain</em> (<em>Batimento cardíaco e o cérebro</em>).
A película é uma raridade, ausente de qualquer acervo analógico ou
digital. Amanda apenas o exibiu algumas vezes, sempre para convidados em
sua casa ou em seletas salas na Inglaterra. Para a Trip, apertou o play
no porão da mansão. “Tenho muito orgulho desse trabalho, mas sei que
choca muita gente”, explica enquanto uma sonata de Mozart acompanha os
créditos.<br /><br />Sua voz em off dá um breve histórico da trepanação
enquanto Birdie é filmado voando sobre os jardins de Beckley e Londres. E
logo surge a jovem e bela Amanda em trajes brancos, aplicando em si
mesmo a anestesia logo acima da testa antes de abrir uma curta incisão
com o bisturi. Pega a broca e, com uma expressão calma diante do
espelho, começa a furar o próprio crânio.<br /><br />O chocado repórter
balbucia onomatopeias de espanto, e Amanda tranquiliza: “Parece forte,
eu sei, mas é muito seguro na verdade, se você sabe o que está fazendo. A
broca não chega nem perto do cérebro. Existem três membranas bem
resistentes entre o osso e os miolos”. Enquanto isso, na tela, a
recém-trepanada enfaixa sua cabeça, janta um bife para compensar o
sangue perdido e traja um turbante oriental para ir a uma festa na
cidade naquela noite.<br />
<br />
<blockquote>
Pender a balança sanguínea para a direita era seu objetivo. Na falta de um médico, fez sozinha<br />
</blockquote>
<strong>A causa e o efeito</strong><br />Hoje, além do autoperfurado
buraco, Amanda tem uma segunda trepanação feita por um médico no México
no ano 2000. Algo que passa despercebido por quem vê a elegante condessa
palestrando em conferências e painéis sobre drogas e as leis que as
regem. Há 12 anos ela criou e dirige a Fundação Beckley, possivelmente a
mais importante instituição para o avanço das pesquisas de estados
alterados da consciência e da urgente reforma da política de drogas.<br /><br />Ela
resume: “No fim dos 90 eu criei a fundação. Porque eu sempre vi as
drogas como um problema multidimensional. Primeiro de saber qual é a
natureza da consciência e dos benefícios da alteração dela – e trazer a
discussão para as instituições oficiais. Mas junto com isso eu sempre
fui muito consciente do enorme sofrimento causado pela equivocada
abordagem legal das drogas”. A seriedade de seu projeto, sua elegante
educação de sangue azul e o alto nível dos cientistas envolvidos nos
estudos garantem a respeitabilidade que falta a muitos ativistas
liberais na discussão das drogas pelo mundo. Amanda é uma das poucas
defensoras dos psicoativos que têm voz junto aos donos do poder.<br />
<div class="imagem_wyiwyg rightImg" style="width: 300px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Arquivo pessoal</div>
<img alt="Em uma de suas jornadas espirituais pelo Oriente Médio na juventude" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0002.jpg_._177_._300" title="Em uma de suas jornadas espirituais pelo Oriente Médio na juventude" /><br />
<div class="img_legenda">
Em uma de suas jornadas espirituais pelo Oriente Médio na juventude</div>
</div>
De um antigo celeiro em Beckley, dois séculos e meio mais antigo do
que sua casa de 1520, ela trabalha todo santo dia, contando apenas com
uma assistente, alguns financiadores e valiosos parceiros científicos de
alto calibre ao redor do mundo. Ela dá os recursos e a orientação de
pesquisas para determinar o verdadeiro risco do uso regular de maconha.
Entre muitos projetos, simpósios e papéis publicados, foi responsável
pela aprovação da primeira pesquisa legal com LSD nos EUA desde o fim
dos anos 60. Criou e viabilizou um estudo na Rússia sobre a relação
entre circulação cerebral e trepanação. Participou de painéis de
discussão da ONU sobre o tema e conseguiu abrir uma discussão
aprofundada sobre maconha no parlamento inglês. E, hoje, está rodando as
Américas financiada pelo fundo de George Soros para divulgar o livr<em>o Cannabis Policy</em>, um aprofundado estudo socioeconômico feito por alguns dos maiores especialistas em criminalidade e a economia do tráfico.<br /><br /><strong>Verdinho e amarelo</strong><br />Lido
e aprovado por Fernando Henrique Cardoso, a compilação acadêmica
organizada por Amanda está, em poucos meses, se tornando uma preciosa
fonte de subsídios para políticos repensarem suas posições e as leis em
seus países. O Brasil é um dos seus alvos prioritários. Recentemente, no
fim de fevereiro, Amanda passou pelo Rio de Janeiro para explanar na
Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, organizada por Rubem
César Fernandes, do <a href="http://www.vivario.org.br/" target="_blank">Viva Rio</a>.<br /><br />Desde
os anos 60, ela tem essa convicção, mas que só agora, 45 anos depois,
parece tocar os mal irrigados cérebros do poder: a absoluta necessidade
de uma reforma no proibicionismo intransigente. “Eu tenho certeza de que
não há nada no mundo que possa reduzir tanto sofrimento apenas por uma
mudança de abordagem intelectual. A gente ficou tão cego com a visão de
exterminar as drogas... e isso não funcionou. Claro que precisamos fazer
tudo que podemos para controlar o abuso e os perigos que vêm do uso das
drogas. Mas impedir, pura e simplesmente, a produção de estados
alterados é não só inviável como muito pouco inteligente do ponto de
vista evolutivo.”<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Arquivo pessoall</div>
<img alt="Com Albert Hofmann, o criador do LSD, no quarto dele na Suíça" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-0004.jpg_._455_._620" title="Com Albert Hofmann, o criador do LSD, no quarto dele na Suíça" /><br />
<div class="img_legenda">
Com Albert Hofmann, o criador do LSD, no quarto dele na Suíça</div>
</div>
<br />
Como assim, do ponto de vista evolutivo? Amanda toma fôlego e emenda:
“Nós estamos em um período desafortunado, em que estados alterados da
mente, exceto os produzidos pelo álcool, não são vistos como parte do
desenvolvimento da civilização. Não acredito que essas experiências
sejam algo que todos desejam. Mas existe uma minoria na sociedade que é
exploradora das praias mais distantes da consciência, e a sociedade toda
ganha quando permite e encoraja essas pessoas a trazerem ideias e
insights desses estados”.<br /><br />Do uso de drogas? “Não importa muito se
isso vem de sonhos, meditação, de se apaixonar – ou do uso de
substância psicoativas. Todos esses caminhos levam a um estado
neurológico diferente que abre nosso pensamento para um modo de pensar
não tão controlado pelo habitual sistema verbal. Isso pode significar,
como já significou muitas vezes na história, um salto evolutivo.” Essa é
a verdadeira missão por trás de toda sua longa e incomum trip. Se
engajar, sem hesitação, na evolução da mente e da espécie humana. Fazer a
difícil neuropolítica de mudar a mentalidade do poder sem perder sua
credibilidade por conta de seu amor pelos estados alterados e as
substâncias que os provocam.<br /><br />Aos 67 anos, Amanda suspira de
cansaço ao falar do trabalho. Lamenta a falta de companhia nessa luta. E
se frustra ao perceber, depois de dedicar a vida toda a uma psicoativa
cruzada pela lucidez, que muito pouca gente está interessada em discutir
de frente a complexa relação entre a humanidade e as substâncias que a
transformam. Mas parar, a essa altura do campeonato, está fora de
questão. “Muito cedo eu percebi que era um dever da minha parte tentar
trazer um pouco de racionalidade na abordagem do controle dos
psicoativos. Para mim é inacreditável que alguém não seja livre para
explorar sua própria consciência sem dano a ninguém mais. No futuro as
pessoas vão ficar perplexas com a nossa época e entender o que isso
realmente é: controle psíquico.”<br /><br /><strong>Free as a Birdie</strong><br />Enquanto
a entrevista vai se derretendo em elucubrações sobre Deus e o cérebro
parece receber mais sangue do que o de costume, ela me convida para um
passeio pela propriedade da Beckley. Mostra o jardim das sebes
cuidadosamente podadas. Uma delas como uma hélice de DNA, “que foi
descoberto durante uma viagem de LSD pelo [<em>físico e bioquímico britânico</em>]
Francis Crick!”, ela aponta. Passamos por uma ponte de pedras sobre um
córrego enquanto ela conta das vantagens de criar seus dois filhos,
Rocky e Cosmo, sem nenhum segredo sobre sua história de drogas e
experiências radicais da consciência. “Eles são ótimos meninos! Tão
cheios de boas maneiras”, gaba-se a condessa. E aponta finalmente para
um morrinho.<br />
Amanda mandou erguer aquele bonito monte de terra. O buraco
resultante é um lago com uma ilhota no centro. Na ilha, Amanda sepultou
as cinzas de seu namorado e parceiro intelectual, Bart Huges. O morro,
no entanto, foi erguido para abrigar os ossos de Birdie, o pombo. É o
mausoléu de seu grande amor metafísico, um animal com o qual ela tinha
uma relação telepática, diálogos não verbais cheios de significado desde
que ela o resgatou, filhote, caído de um ninho em sua propriedade. A
criatura que, para ela, representava o que místicos ao longo dos
milênios buscavam entender. O “Espírito Santo”, ela resume. A estranha
ponte entre o espiritual e a matéria, entre o eterno e o mortal. O
fantasma encarnado que une o sagrado e o trivial. A invisível e
onipresente Consciência, que Amanda tanto ama e cultua.<br />
<br />
<div class="imagem_wyiwyg " style="width: 620px;">
<div class="img_credito">
Imagem: Bruno Torturra Nogueira</div>
<img alt="A condessa, a ilha e o morro, onde dois de seus amores descansam em paz" src="http://revistatrip.uol.com.br/_lib/common/imgCrop.php?params=trip-187-amanda-00012xx.jpg_._607_._620" title="A condessa, a ilha e o morro, onde dois de seus amores descansam em paz" /><br />
<div class="img_legenda">
A condessa, a ilha e o morro, onde dois de seus amores descansam em paz</div>
</div>
</span>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-21726810931870301502013-02-09T09:29:00.000-08:002013-02-09T09:29:07.448-08:00Respiração Holotrópica<br />
<br />
<div class="postentry">
Fonte : <a href="http://plantandoconsciencia.wordpress.com/2013/01/19/respiracao-holotropica/">Plantando Consciência</a><br />
<br />
<br />
Respirar, um ato cotidiano automático, mas vital. Passamos a maior
parte do tempo sem perceber que estamos respirando, e como estamos
respirando. Ocupados e entretidos nos processos da mente, mal nos damos
conta da inteligência corporal, que cuida sozinha desse processo
fantástico e vital. Mas bastam alguns poucos segundos sem ar, e a
vitalidade do processo se torna instantaneamente óbvia.<br />
Em contextos científicos, respirar é definido como o processo de
inalar e exalar o ar, durante o qual ocorre a troca de moléculas gasosas
entre o corpo e o meio ambiente – nós captamos mais oxigênio e exalamos
mais gás carbônico por exemplo, enquanto plantas fazem o oposto.<br />
Mas em contextos mais amplos, atribuímos à palavra respirar inúmeros
outros significados, como de sentir alívio, de descansar, repousar, ou
de exprimir, manifestar e revelar: <em>“tudo aqui respira alegria.”</em><br />
O outro lado da moeda é a falta de ar, que é associada a coisas ruins, ao desconforto, sufoco, pânico, desentendimento e morte.<br />
Esta breve reflexão nos leva a um lampejo de uma realização profunda
que é explorada sistematicamente por várias culturas faz milênios. O ato
de respirar é central em toda nossa fisiologia e psique. E diversas
técnicas foram desenvolvidas, desde as mais simples, praticadas por
qualquer um em momentos de desalento – “calma, respira!” – até outras
mais sofisticadas, como os exercícios de pranayama da yoga e as várias
técnicas respiratórias que formam um dos pilares centrais das práticas
meditativas.<br />
Ao focar na respiração, e voluntariamente modificá-la, aprofundando,
acelerando ou lentificando, ou até mesmo parando por determinado
período, podemos exercer efeitos em nossa psique. Até mesmo quando o
objetivo não é esse, o resultado aparece: mergulhadores sentem com
frequência os efeitos relaxantes e de abertura da mente enquanto estão
de baixo d’água, mesmo que não se dêem conta de que estão, de certa
forma, meditando, pois a concentração na respiração tem que ser intensa.<br />
Atenção na respiração foi uma das brilhantes sacadas de Stanislav
Grof, psiquiatra Tcheco que vive nos EUA, ainda nos anos 60. Grof foi o
último pesquisador a encerrar suas pesquisas com substâncias
psicodélicas após a proibição, que começou a vigorar nos EUA no fim dos
anos 60. Após este baque, que encerrou o que alguns ainda consideram “a
era de ouro da psiquiatria”, Grof passou por um período de reavaliação
de suas descobertas e rumos profissionais: ele conduziu milhares de
sessões terapêuticas com LSD e arquivou uma infinidade de papéis e
documentos sobre seus pacientes – e também mais alguns milhares
fornecidos por seus de colegas.<br />
Essa revisão transcorreu ao longo de alguns anos, durante os quais
Grof participou e organizou seminários inéditos e únicos no Instituto
Esalen, na Califórnia. Interessados no fenômenos da consciência de
maneira ampla e não-reducionista se encontraram periodicamente em um
local telúrico. Monges, cientistas, médicos, gurus, mestres de artes
marciais, artistas, cientistas, empresários, exploradores etc. Todos
reunidos com a finalidade de explorar, aprender e desenvolver novas
técnicas para a vivência segura dos estados extra-ordinários de
consciência.<br />
Um dos resultados desta jornada foi a criação, por Stan Grof e sua
esposa, Christina Grof, da técnica de Respiração Holotrópica. É uma
abordagem de autoexploração e terapia, que pode ser vivenciada em
sessões particulares, mas mais comumente é praticada em grupo. Os
participantes formam duplas. Enquanto um “respira”, o outro cuida. E a
equipe treinada fica de prontidão, circulando pela sala, atendendo os
casos de necessidade, conforme vão surgindo. O respirar aqui não é o
respirar automatizado e inconsciente do dia a dia. É um respirar focado,
atento, consciente. Respira-se profundamente e aceleradamente, deitado
em um colchonete, de olhos fechados ou vendados.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/_t7EAjXKgPQ/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_t7EAjXKgPQ&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/_t7EAjXKgPQ&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />
<span class="embed-youtube" style="display: block; text-align: center;"></span>
É uma jornada interior. Um passeio pelos domínios arquetípicos da
psique. Pra facilitar e guiar o processo, músicas acompanham todo o
trabalho, que dura cerca de três horas. Assim, cada participante vive o
seu processo, sem interrupções, sem diálogo e sem qualquer
direcionamento por parte da equipe. A idéia central é se conectar com um
eu mais profundo, que tem uma sabedoria que nos leva quase que
espontaneamente a processos de cura e tranformação.<br />
O trabalho é acompanhado ainda por arte-terapia após a sessão de
respiração, e rodas de compartilhamento, onde cada participante divide
com o grupo aquilo que foi mais importante e profundo de sua
experiência. O compartilhamento é um momento importante, nos ajuda a
consolidar pelo que passamos e nos ajuda a formar um senso de
comunidade, ao tirar o foco apenas de nós mesmos e nos estimular a dar
atenção e ouvido ao próximo.<br />
Nos próximos meses, a Respiração Holotrópica estará perto de São
Paulo. No começo de março, teremos um workshop de um fim de semana,
introdutório sobre a técnica. Na sexta-feira, 01 de março, uma palestra
introdutória, gratuita. No sábado, duas sessões de respiração, onde os
participantes alternarão entre o papel de “respirantes” e cuidadores,
sendo possível então que cada um respire uma vez. No domingo, ocorrerá
mais um compartilhamento e o encerramento das atividades no almoço.<br />
E em Abril, uma vivência mais prolongada e intensa estará disponível
durante um módulo do “Grof Transpersonal Training”, programa de formação
de profissionais em Respiração Holotrópica, mas que também recebe
pessoas que estejam interessadas no autoconhecimento sem a necessidade
de continuar ou fazer parte da formação como um todo.<br />
Ambos acontecerão no <a href="http://www.espacoarcoiris.com.br/localiza.html">ENAI</a>, em São Roque, cerca de 30 minutos de São Paulo pela Raposo Tavares.<br />
<a href="http://plantandoconsciencia.files.wordpress.com/2013/01/holo.jpg"><img alt="holo" class="alignnone size-full wp-image-2793" height="337" src="http://plantandoconsciencia.files.wordpress.com/2013/01/holo.jpg?w=480&h=337" width="480" /></a><br />
<a href="http://plantandoconsciencia.files.wordpress.com/2013/01/gtt-xamanismo.jpg"><img alt="gtt xamanismo" class="alignnone size-full wp-image-2799" height="184" src="http://plantandoconsciencia.files.wordpress.com/2013/01/gtt-xamanismo.jpg?w=480&h=184" width="480" /></a><br />
<h4>
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<img alt="" class="alignleft" height="277" src="http://skoob.s3.amazonaws.com/livros/266282/RESPIRACAO_HOLOTROPICA_1347625934P.jpg" width="200" /><br />
Plantando consciência tem à venda o livro “Respiração Holotrópica,
Uma nova abordagem de autoexploração e terapia”, recentemente lançado no
Brasil pela Editora Numina. O livro detalha a história, os conceitos, a
prática, as músicas e os resultados. Um manual completo! Interessados,
favor entrar em contado pelo email plantando@plantandoconsciencia.org<br />
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<br />
<br />
Fonte : <a href="http://plantandoconsciencia.wordpress.com/">Plantando Consciência</a> <br />
<br />
Nesta conversa franca, James Fadiman, psicólogo, e Kokyo Henkel,
monge Zen Budista, navegam por aspectos superficiais e profundos da
experiência psicodélica, e conversam com a platéia sobre as semelhanças e
diferenças com a filosofia zen budista e a prática da meditação. Temas
delicados e importantes como o uso consciente de substâncias, a vivência
de estados extraordinários de consciência como uma prática espiritual, a
importância da integração, do <em>set and setting</em>, a dose, o guia, o ajudante, a intenção e muito mais são abordados com clareza e simplicidade.<br />
<br />
Fundamental para aqueles interessados em tirar proveito dessas experiências e integrá-las de maneira evolutiva e educativa.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/RYnheKnpmGs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yXIwXz-pHWA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-82055440033706363002013-02-09T09:01:00.003-08:002013-02-09T09:09:08.372-08:00Especialistas da ONU e OMS criticam internação compulsória de viciados em crack<br />
<a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/02/130129_crack_onu_df_ac.shtml">BBC Brasil</a><br />
<br />
<div class="module " style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; clear: both; color: #333333; display: inline; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="image img-w304" style="clear: right; float: right; font-size: 1em; margin-left: 16px; margin-right: -160px; margin-top: 12px; width: 304px;">
<br />
<div class="caption" style="color: #505050; font-size: 13px; line-height: 16px; margin: 0px 0px 5px; padding: 3px 0px 0px;">
<br /></div>
</div>
</div>
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; display: inline !important; float: none; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span><br />
<div class="ingress" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 4px; orphans: 2; padding: 8px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2013/01/29/130129155639_cracolandia_304x171_afp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Morador da Cracolândia, em São Paulo (Foto: AFP/Getty Images)" border="0" height="171" src="http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2013/01/29/130129155639_cracolandia_304x171_afp.jpg" style="border: 0px none; display: block; padding-bottom: 5px;" width="304" /></a></div>
<br />
<div style="font-weight: normal;">
<i><span style="font-size: x-small;"> Analistas defendem acompanhamento médico, </span></i></div>
<div style="font-weight: normal;">
<i><span style="font-size: x-small;">proteção social, comida e trabalho para viciados</span></i></div>
<br />
A internação compulsória de dependentes de crack não é a maneira mais eficiente de se lidar com o problema do vício, segundo especialistas da ONU e da OMS (Organização Mundial da Saúde) ouvidos pela BBC Brasil.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O tema voltou a debate no Brasil em janeiro, quando o governo de São Paulo fez uma parceria com a Justiça para agilizar a internação forçada de casos extremos de dependentes da droga.</div>
<div class="module inline-contextual-links" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; clear: right; color: #333333; display: inline; float: right; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16px; margin-bottom: 8px; margin-right: -160px; margin-top: 12px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O governo paulista diz que suas propostas para o tratamento dos usuários de crack estão de acordo com as premissas da ONU e da OMS e afirma que, até hoje, nenhum paciente foi internado por ordem judicial e menos de dez foram internados involuntariamente (a pedido da família, mas sem ordem da Justiça).</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Para o médico italiano Gilberto Gerra, chefe do departamento de prevenção às drogas e saúde do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), é necessário oferecer aos viciados "serviços atrativos e uma assistência social sólida".</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
"Uma boa cura de desintoxicação envolve tratamento de saúde, inclusive psiquiátrico para diagnosticar as causas do vício, pessoas especializadas e sorridentes para lidar com os dependentes e incentivos como alimentação, moradia e ajuda para arrumar um emprego", diz Gerra.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
"O Brasil precisa investir recursos para oferecer serviços que funcionem e ofereçam acompanhamento médico completo, proteção social, comida e trabalho para os dependentes", afirma.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
De acordo com ele, o Brasil tem bons profissionais no campo do tratamento das drogas, mas faltam especialistas, e a rede médica nessa área é insuficiente.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Segundo Gerra, a internação compulsória deve ocorrer pelo prazo máximo de algumas semanas e só se justifica quando o dependente apresenta comportamento perigoso para a sociedade ou para si próprio.</div>
<h2 style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: none; color: #505050; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 4px; orphans: 2; overflow: hidden; padding: 12px 0px 0px; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; top: 0px; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Acompanhamento</h2>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O médico defende o acompanhamento contínuo mesmo após a fase de desintoxicação, como exames de urina para detectar drogas nas pessoas que receberam auxílio para arrumar um emprego ou a presença de assistentes na hora das compras no supermercado para fiscalizar se o cupom de alimentação recebido é realmente utilizado com essa finalidade.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Autor do documento "Da coerção à coesão: tratando a dependência às drogas por meio de cuidados à saúde e não da punição", do UNODC, Gerra diz que o tratamento do vício do crack não é feito com remédios, e sim com acompanhamento psicológico e psiquiátrico.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Ele afirma ainda que os países democráticos devem "estar atentos" ao sistema de internação compulsória para não transformar isso em uma "rede" de tratamento para lidar com o problema.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Para o médico australiano Nicolas Campion Clark, da direção do abuso de substâncias da Organização Mundial da Saúde (OMS), a internação compulsória traz o risco de "criar uma barreira com o dependente" e afetar sua confiança, dificultando, portanto, o tratamento.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Clark afirma que muitos países possuem legislações que autorizam a internação compulsória de dependentes, mas "isso é usado raramente e não funciona realmente na prática".</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
"É melhor encorajar o sistema voluntário de tratamento. É difícil forçar alguém a se tratar. Se você oferecer uma chance para as pessoas se recuperarem e terem comida, alguns vão agradecer, outros vão querer voltar para onde estavam", afirma.</div>
<h2 style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: none; color: #505050; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 4px; orphans: 2; overflow: hidden; padding: 12px 0px 0px; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; top: 0px; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Problemas múltiplos</h2>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O especialista da OMS também afirma que o vício do crack envolve problemas múltiplos (psicológicos e sociais) que devem ser tratados com ações em várias áreas além da médica, como moradia, alimentação, assistência geral e programas de emprego.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Ele afirma que há exemplos de programas de tratamento voluntário de dependentes em países como os Estados Unidos e a Austrália que "ajudam as pessoas a reconstruir suas vidas e não são apenas soluções temporárias".</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O médico cita também o programa brasileiro que permite às grávidas viciadas em crack obter tijolos e materiais para construir casas em troca de tratamento.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
"Isso dá instrumentos para que elas façam algo diferente em suas vidas", afirma.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
A OMS já criticou o sistema de internação compulsória de dependentes realizado em países asiáticos. "Eles detém pessoas viciadas e estão tratando casos de saúde com a prisão", diz Clark.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
A organização publicou um documento no ano passado solicitando aos países para fechar os centros de tratamento compulsório de drogas.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Segundo Clark, pelo menos 90% dos dependentes químicos no mundo não recebem tratamento.</div>
<h2 style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: none; color: #505050; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 4px; orphans: 2; overflow: hidden; padding: 12px 0px 0px; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; top: 0px; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
São Paulo</h2>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
No último dia 21, o governo de São Paulo iniciou em parceria com a Justiça um plantão jurídico em uma clínica especializada no tratamento de dependentes químicos no centro da capital.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
A medida gerou polêmica e atraiu críticas de ativistas de direitos humanos, contrários à internação forçada e que temiam o uso da polícia para levar viciados para tratamento.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
As autoridades de São Paulo afirmam que a participação da polícia na ação nunca esteve nos planos do governo e que a internação compulsória seria empregada apenas em casos extremos.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Mas a exposição do assunto na mídia aumentou o número de atendimentos voluntários na clínica. "Passamos a atender até 120 pessoas em um dia. Esse era o número de pessoas que recebíamos em uma semana", disse Rosângela Elias, coordenadora de saúde mental, álcool e drogas da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Segundo ela, o Estado mantém ainda cerca de 300 vagas em moradias assistidas. Nelas, o viciado em crack em processo de desintoxicação recebe por até seis meses um local para morar, alimentos e incentivos para voltar ao mercado de trabalho.</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; margin: 0px 0px 3px; orphans: 2; padding: 5px 0px 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Nesse período, também é incentivado a frequentar clínicas públicas especializadas onde recebe atendimento clínico e psicológico. De acordo com Elias, há uma mobilização de secretarias estaduais e municipais para ajudar o dependente químico em recuperação a se reinserir na sociedade.</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-4344719858166540302013-02-09T09:00:00.000-08:002013-02-09T09:00:27.196-08:00Tarantino fala sobre “Django” e diz que usa maconha para relaxar<br /><div class="post-body entry-content" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, 'Century gothic', sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 24px; margin: 0px 0px 0.75em; orphans: 2; padding: 8px 0px 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-shadow: rgb(255, 255, 255) 1px 1px 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi91nVAcGZw85K1QhAHzGVplSl35VvJJMWdX7hvg-YjBvU9lYdvNDH0fvR-8kX7eTJw01rNnZIYdsNbEUjxNCnzxo3Oefh-KtMetR0cMkgq1KOfnBEeH1k8o3kLJ3PwIPizH2211z6FhTyc/s1600/ssdd.jpg" style="border: none; color: #3c6f29; margin: 0px 1em; outline: none; padding: 0px; text-decoration: initial;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi91nVAcGZw85K1QhAHzGVplSl35VvJJMWdX7hvg-YjBvU9lYdvNDH0fvR-8kX7eTJw01rNnZIYdsNbEUjxNCnzxo3Oefh-KtMetR0cMkgq1KOfnBEeH1k8o3kLJ3PwIPizH2211z6FhTyc/s400/ssdd.jpg" style="border: 0px none; margin: 0px 4px 4px 0px; padding: 0px;" width="390" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
"Em entrevista à “Playboy”, Tarantino fala sobre “Django” e diz que usa maconha para relaxar"</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Com a estreia de “Django Livre” nos Estados Unidos se aproximando, cresce o interesse em Quentin Tarantino e em qual nova maneira ele escolheu para surpreender o público.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Na esteira desta expectativa, o cineasta concedeu uma longa entrevista à revista “Playboy” americana, em que fala sobre o novo filme, carreira, envelhecimento, drogas e outros assuntos, além de afirmar que não se sente mais um estrangeiro em Hollywood e que ficou feliz em saber que “Django Livre” é um dos filmes mais aguardados do ano.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Lembrado da polêmica sobre ter fumado maconha com Brad Pitt antes do ator aceitar participar de “Bastardos Inglórios”, o cineasta negou que as drogas tenham impacto em seu processo criativo, quando escreve ou dirige.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
“Eu não faria nada fora de mim ao fazer um filme. Eu não escrevo muito chapado, mas digamos que eu esteja pensando em uma sequência musical. Você fuma um baseado, coloca uma música, ouve e vem com algumas boas ideias. Ou talvez você está relaxando no fim do dia e você fuma maconha, e, de repente, você está tecendo uma teia sobre o que você acabou de fazer. Talvez você venha com uma boa ideia. Talvez ela só pareça boa porque você está chapado, mas você escreve e olha no dia seguinte. Às vezes é ótima. Eu não preciso de maconha para escrever, mas é legal. Fazer este filme foi realmente difícil. O fim de semana vem e tudo o que eu quero fazer é fumar até vegetar. É só para desligar”, conta Tarantino.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Sobre a questão da escravidão em “Django Livre”, Tarantino diz que para além da precisão histórica, o que o interessou foi o aspecto comercial. “O que eu estava interessado sobre a escravidão era o aspecto do negócio: os seres humanos como escravos, como isso funcionava? Quanto eles custavam? Quantos escravos uma pessoa média no Mississipi tinha? Como casas de leilão funcionavam? Quais eram os estratos sociais dentro de uma plantação?”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Tarantino comentou o fato de que originalmente havia pensado em Wil Smith para interpretar o protagonista e contou que passaram várias horas juntos quando Smith estava em Nova York filmando “Homens de Preto 3?. “Nós lemos o roteiro e falamos sobre ele. Eu me diverti –ele é um cara inteligente, legal. Acho que metade do processo foi uma desculpa para nós passarmos um tempo juntos. Eu tinha acabado de terminar o roteiro. Foi legal falar com alguém que não era contido sobre o que tinha a dizer”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Segundo o diretor, Smith acabou não ficando com o papel porque nem ele nem Tarantino estavam certos sobre a decisão. No fim, Django acabou sendo interpretado por Jamie Foxx porque ele “era o caubói”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Tarantino também contou que outro papel do filme, o do vilão Calvin Candie, acabou indo para Leonardo DiCaprio porque o ator sempre está de olho no que o cineasta faz. “Leo e eu nos conhecemos há 15 anos, e ele gosta da minha escrita e se assegura de receber uma cópia dos roteiros quando eu termino, para ver se há alguma coisa que possa interessá-lo. Ele recebeu este e realmente gosteu de Calvin Candie”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Além de ser a primeira parceria dos dois artistas, calvin Candie também é o primeiro vilão de sua autoria que o cineasta não gosta. “Ele é o primeiro vilão que eu já escrevi que eu não gostei. Eu odiei Candie, e eu normalmente gosto dos meus vilões, não importa o quanto elas são ruins. Eu vejo o seu ponto de vista. Eu podia ver o ponto de vista dele, mas eu o odiava tanto. Pela primeira vez como escritor, eu só odiava esse cara”, diz Tarantino.</div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
Fonte: Visto Livre / UOL</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-37893585606138183972013-02-09T08:52:00.003-08:002013-02-09T08:52:32.318-08:00A Maconha na Índia<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 5px 0px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-4852303710770986536" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpa2ZEAIeCVwoc4vghZmORu0NZ6fZSzfiN09xBwhOpzlE2wdG22Dqi6VhTidxBAzXTxNQbLW6AbixfD74LEyTMTNvCX_NqMwVQdgjisbpbs98gKyQFoDXHyRpPenbMFptnkLyNnE8nSY/s1600/taj-mahal-india.jpg" style="clear: left; color: #32527a; float: left; margin: 0px 1em 1em 0px; padding: 0px; text-decoration: initial;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpa2ZEAIeCVwoc4vghZmORu0NZ6fZSzfiN09xBwhOpzlE2wdG22Dqi6VhTidxBAzXTxNQbLW6AbixfD74LEyTMTNvCX_NqMwVQdgjisbpbs98gKyQFoDXHyRpPenbMFptnkLyNnE8nSY/s400/taj-mahal-india.jpg" style="border: 1px solid rgb(170, 170, 170); margin: 0px; padding: 3px;" width="400" /></a></div>
<span style="text-align: justify;">Em alguns lugares ela já é liberada para uso medicinal, em outros sua liberação ainda encontra-se em discussão. Uma das mais antigas e conhecidas drogas, a</span><b style="text-align: justify;"><span class="Apple-converted-space"> </span><span style="color: #274e13;">maconha</span></b><span style="text-align: justify;"><span class="Apple-converted-space"> </span>é referência em campanhas contra uso de entorpecentes, porém, este equívoco, vem custando muito a sociedade, já que a repressão desta droga aumenta o preço da mesma e gera uma violência lastimável, principalmente contra as classes pobres.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Em outros lugares, a<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>tem um grande vínculo religioso, como é o caso da Índia, o responsável pela destruição e renovação do universo, a planta é considerada um presente do deus para o homem. Diz a mitologia indiana que a erva surgiu de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>Shiva</b>quando em certa ocasião, extasiado com um banquete que lhe foi oferecido por sua esposa Parvati, babou, e do contato de sua saliva com a terra surgiu a planta abençoada.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Uma bebida feita a base de leite e<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>chamada Bhang é utilizada como veiculo de ligação entre o homem e o deus do panteão hindu . Todos os anos acontecem festividades no país, como o Mahâshivarâtri </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
”Grande noite de Shiva”, onde os devotos passam um dia inteiro de rituais em jejum e no dia seguinte consomem uma grande quantidade de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>Bhang</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Outra festa tradicional na India é o festival de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>Holi,</b><span class="Apple-converted-space"> </span>onde os participantes se reúnem em praças abertas e promovem uma guerra de cores, atirando pigmentos coloridos uns nos outros. Nesta data festiva também se consome grandes quantidades de maconha através do Bhang e de bolinhos que são ingeridos em oferenda a Shiva.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
O<b><span class="Apple-converted-space"> </span>Haxixe</b><span class="Apple-converted-space"> </span>conhecido também como charas é consumido diariamente em grandes quantidades pelos Sadhus, religiosos renunciantes que abrem mão dos bens materiais e passam a morar na rua meditando, fazendo oferendas a deus e vivendo de doações. O uso do haxixe é feito em cachimbos tradicionais chamados chilums que representam o corpo de Shiva, o charas representa a mente de Shiva, e a fumaça a divina influência do deus com sua misericórdia.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Comprar maconha na India não é ilegal, existem lojas chamadas Bhang Shops onde se pode comprar a erva e derivados como a bebida sagrada e biscoitos.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
Turistas de todo o mundo vão a India em busca de iluminação espiritual e a maconha de acordo com praticantes nativos pode ser uma ferramenta indispensável nessa busca.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BVGB1AmrEpM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-11761015082951102002013-02-09T08:49:00.001-08:002013-02-09T08:49:04.370-08:00Efeitos do DMT<div style="color: black;">
<br /></div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: white; color: black; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 30px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-5738619147275935094" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 570px; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><u>DMT: Efeitos</u></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<u style="background-color: white;"><b>Atenção! Reações e experiências podem variar dramaticamente de pessoa para pessoa</b></u></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<u><br /></u></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu_qnAXC7WuoJ-tcMOWcmoVBtKklpD_hjKoKB3upMNuzF6xJcV-cR3S2pB2C6n6KL_Kd2UgHQVFKu9IlX0Jc00dAkwSK8hlmWNozuA_ox-U1M_MDHbL2KGyprUVQzp0f-CKnH55VCHGcc/s1600/duration_chart_dmt.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu_qnAXC7WuoJ-tcMOWcmoVBtKklpD_hjKoKB3upMNuzF6xJcV-cR3S2pB2C6n6KL_Kd2UgHQVFKu9IlX0Jc00dAkwSK8hlmWNozuA_ox-U1M_MDHbL2KGyprUVQzp0f-CKnH55VCHGcc/s400/duration_chart_dmt.gif" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: medium;"><u><br /></u></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: medium;"><u>Duração do DMT (fumado)</u></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<ul style="line-height: 1.4; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;"><span style="background-color: white;">Duração total: 6 - 20 minutos</span></li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;"><span style="background-color: white;">Começo: 0 - 1 min</span></li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;"><span style="background-color: white;">Platô: 3 - 15 mins</span></li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;"><span style="background-color: white;">Descida: 3 - 5 mins</span></li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;"><span style="background-color: white;">Pós-efeitos: 15 - 60 mins</span></li>
</ul>
<div>
<br /></div>
<div>
<b><u>Lista dos efeitos:</u></b> </div>
<div>
<br /></div>
<div>
POSITIVOS</div>
<div>
<ul style="line-height: 1.4; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">curta duração</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">experiências imersivas</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">visuais intensos de olho aberto e padrões de caleidoscópios</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">poderosa sensação de rapidez</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">mudança radical de perspectiva</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">profundas experiências espirituais capazes de mudar a vida</li>
</ul>
<div>
NEUTROS</div>
</div>
<div>
<ul style="line-height: 1.4; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">mudança na percepção do tempo</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">alucinações auditivas / distorções de som (zumbido)</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">mudança de coloração (por exemplo: todo o mundo começa a ser vista de vermelho, verde ou ouro)</li>
</ul>
<div>
NEGATIVOS</div>
</div>
<div>
<ul style="line-height: 1.4; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;">
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">experiências demasiado intensas</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">difícil para os pulmões para fumar</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">leve desconforto no estômago</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">dificuldade em integrar as experiências</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">medo esmagador</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; text-indent: 0px;">rápido início dos efeitos e possíveis consequências disso se não for bem preparado (o pipe cair e quebrar por exemplo, derrubar coisas, etc..)</li>
</ul>
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<br /></div>
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<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
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<span style="background-color: white;"><u><b>Descrição:</b></u></span></div>
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<span style="background-color: white;"><u><b><br /></b></u></span></div>
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"[O sentimento de usar DMT] é como se alguém tivesse sido atingido por um raio noético*. O mundo ordinário é quase instantaneamente substituído, não só com a alucinação, mas com uma alucinação que o personagem alienígena é a sua estranheza absoluta. Nada neste mundo pode preparar alguém para as impressões que irão preencher sua mente quando você entrar no sensorium do DMT."</div>
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<br /></div>
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Terence McKenna</div>
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<br /></div>
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Coloque o Universo no cachimbo. Mire no cérebro. Fogo. </div>
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<br /></div>
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* Noético: como conceito filosófico, define a dimensão espiritual do homem. Como disciplina, estuda os efeitos subjetivos da consciência, da vida, da mente e do espírito a partir do ponto de vista da ciência. (Nota da Equipe de Tradução)</div>
<br /><b><u>Atenção! Aviso:</u></b><br /><br />As informações sobre os efeitos disponíveis no<span class="Apple-converted-space"> </span><a href="http://www.erowid.org/">Erowid</a> é um resumo dos dados coletados de usuários, pesquisas e outros recursos. Esta informação destina-se a descrever a gama de efeitos que as pessoas relatam ter. Os efeitos podem variar drasticamente de uma pessoa para outra ou de uma experiência para outra, baseado em uma variedade de fatores, tais como a química do corpo, idade, sexo, saúde física, dose, forma de material, etc.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Extraído de Erowid: <a href="http://www.erowid.org/chemicals/dmt/dmt_effects.shtml">DMT Vault: Effects</a></div>
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Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-5182689647239933222013-02-09T08:47:00.003-08:002013-02-09T08:47:36.485-08:00PROGRAMA SUA EXPERIÊNCIA – ESTEJA PREPARADO<br />
<br /><div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;">Autor: Tupy</span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;">Referências:<br /><br />The Relation of Expectation and Mood to Psilocybin Reactions:.<br />A Questionnaire Study - Psychedelic Review, No. 5, 1965<br /><br />Programmed Communication During Experience with DMT, Timothy Leary<br />Psychedelic Review, No. 8, 1966<br /><br />On Programming Psychedelic Experiences, Ralph Metzner & Timothy Leary<br />Psychedelic Review, No. 9, 1967 (complete pdf)<br /><br />The Psychedelic Experience: A Manual Based on the Tibetan Book of the Dead (Citadel Underground) by Timothy Leary (Oct 1, 2000)</span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span><span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://25.media.tumblr.com/tumblr_l304h3LQlY1qc01tho1_400.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://25.media.tumblr.com/tumblr_l304h3LQlY1qc01tho1_400.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></a></div>
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /><br /><br /><span style="font-size: small;">U</span>ma experiência psicodélica é um período de intensas reações de estímulos sensoriais seja de dentro ou de fora. Já uma experiência psicodélica “programada” é uma em que a seqüência de estímulos é mais padronizada, não deixada tanto a sorte, sendo arranjada de uma maneira a lhe dar mais segurança, lhe permitindo ir a lugares mais desejáveis.<br />Usando um programa, tentamos controlar a experiência psicodélica a determinadas direções.<br />Um <i>programa</i> é como se fosse um panfleto de viagem, posso pegá-lo no aeroporto e visualizar por onde devo começar, qual o melhor caminho a se tomar, uma série de sinais e símbolos que irão me ajudar. Um bom exemplo, seria um piloto de avião, novato, em suas primeiras aulas de vôo, necessita em muita das comunicações da torre de comando por rádio, que irão prover a ele orientações durante a “viagem”, ajudando assim a voar em território desconhecido e por entre tempo fechado.<br /><br />A idéia de programar uma experiência psicodélica é baseada na teoria sobre a natureza dos efeitos psicodélicos. A hipótese, que foi primeiramente formulada por Thimoty Leary na Universidade de Harvard (EUA) - <i>Projeto Psilocibina</i> (Psilocybin Project), e foi amplamente aceita por cientistas e pesquisadores da área, é que o conteúdo da experiência psicodélica é primeiramente determinado por dois fatores chave: <i><b>set</b></i> e <i><b>setting.</b></i> “<i>Set”</i>, se refere ao estado interno da pessoa tendo a experiência, seu humor, expectativas, medos, desejos; <i>Setting</i>, se refere as condições externas da experiência, o estado físico das coisas ao seu redor, os objetos que o cercam, o espaço, as suas relações com as pessoas que no momento estão a sua volta e, principalmente, da pessoa que está lhe entregando a oportunidade da experiência, essa também é tido como um elemento do <i>setting.</i><br /><br />Já é bem entendido que os psicodélicos, agora já melhor compreendidos e chamados de enteógenos, podem produzir fortes experiências religiosas, visionárias, terapêuticas ou de vários outros tipos, dependendo do <i>set </i>e <i>setting</i>.<br /><br />É uma observação simples a de que as experiências com maior sucesso as mais educacionais e libertadoras são aquelas precedidas por um período de desligamento do mundo externo, dos jogos e compromissos cotidianos. O tempo que precede a ingestão de substâncias alteradoras de consciência é crucial do ponto de vista de preparação interna. O conteúdo da sua conscîência nesse tempo irá dominar a sua posterior experiência.<br /><br />Aquele que se sente deprimido, ansioso ou irritado, irá levar essas sensações negativas à experiência, se farão fazer sentir com grande intensidade. Se o indivíduo se sente sereno, tranquilo, confiante e desgarrado de todos os problemas do cotidiano, a experiência tende a ser livre e iluminada.<br /><br />A importância de preparar a mente e o corpo para a experiência dificilmente pode ser superestimado. Fisiologicamente, a parte mais importante da sessão com os enteógenos é quando se faz sentir os primeiros efeitos químicos no corpo. O experimentador não está preparado para esse momento de "decolagem", muita da sua firmeza no restante da experiência vai depender de como você lida com esse momento, de como você se livra das suas impressões do cotidiano, das suas impressões, e querer explicar e compreender tudo o que acontece com o seu corpo. Os batimentos cardíacos, a sudorese, o formigamento das mãoes e pernas, a agitação e por ai adiante. Estar preparado para essas mudanças, estar consciente e de mente serena irá lhe proporcionar tudo o de melhor que a experiência tem a oferecer, a lidar com essas poderosas energias que estão para vir.<br /><br />Existem classes de homens que, tendo carregado conflitos cármicos a respeito de inibições de sentimentos, mostram-se incapazes de manter a experiência pura além de quaisquer sentimentos, e escorregam para visões de caráter emocional. A energia indiferenciada é tecida em jogos visionários na forma de sentimentos intensos. Pulsantes, estranhas e intensas sensações de amor e unidade serão sentidas; o equivalente negativo são sentimentos de afeição, cobiça, isolamento e preocupações com o corpo.<br /><br /><br />Eis uma lista das sensações físicas comumente relatadas: 1. Pressão corporal, que os tibetanos chamam de terra-se-desfazendo-em-água; 2. Frio úmido, seguido por calor febril, o que os tibetanos chamam de água-se-desfazendo-em-fogo; 3. Desintegração do corpo ou a sua dispersão em átomos, chamada fogo-se-desfazendo-em-ar; 4. Pressão na cabeça e nos<br />ouvidos, que os americanos chamam de foguete-sendo-lançado-ao-espaço; 5. Formigamento nas extremidades; 6. Sensação de como se o corpo estivesse derretendo ou escorrendo como cera; 7. Náusea; 8. Tremor, começando na região pélvica e se espalhando para o tronco.<br /><br />As reações físicas devem ser reconhecidas como sinais indicativos da transcendência. Evite tratá-las como sintomas de doença, aceite-as, una-se a elas, aproveite-as. Ainda, se o sujeito experimentar sensações estomacais, elas devem ser saudadas com um sinal de que a consciência está se movendo pelo corpo.<br /><br />Pode ser de ajuda descrever em maiores detalhes alguns dos fenômenos que geralmente acompanham o momento da ego-perda. Um deles pode ser chamado de “fluxo de ondas de energia”. O indivíduo torna-se consciente de que é parte de um campo de energia carregado, e de que está cercado por ele, que parece quase elétrico. Para prolongar o estado de ego-perda tanto quanto possível, a pessoa preparada relaxará e permitirá que as forças fluam através dela. Há dois perigos a evitar: a tentativa de controlar e racionalizar esse fluxo.<br /><br />Um segundo fluxo é o chamado “fluxo vital biológico”, aqui a pessoa torna-se consciente dos processos bioquímicos e fisiológicos, da atividade rítmica pulsante no interior do corpo. Os processos biológicos interiores podem também ser ouvidos como chiados e barulhos de crepitação e trituração característicos. A pessoa deve resistir à tentação de rotular e controlar esses processos. Nesse ponto você está ligado a áreas do sistema nervoso que são inacessíveis à percepção rotineira. Você não pode arrastar o seu ego para dentro dos processos moleculares da vida. Esses processos são um bilhão de anos mais velhos que a mente conceitual erudita.<br /><br />Então, algumas dicas de como deixar a sua mente e o ambiente em volta o mais sereno e prazeroso o possível para a experiência poder correr sem muitos transtornos sejam eles de que ordem forem.<br /><br />Escolha um ambiente calmo, onde sabe que durante todo o período em que você estiver ali, ninguém irá aparecer, pessoas que não foram convidadas a participar da experiência não irão entender o que está se passando, além disso, haverá um choque de energias, de egos, o que em muita irá lhe confundir e dificultar a sua experiência. Então, pré determine um local tranquilo, seja ele numa praia, nas matas, montanhas, sítio, ou em algum comodo da sua casa.<br /><br />O uso de incensos é uma forma de meditação, os aromas, despertam instintos básicos do ser humano e são muito bem vindos em experiências psicodélicas.<br />Sabores e toques também podem ser experimentados durante a sessão. Os seus sentidos irão demonstrar dimensões de percepção nunca antes vistas ou sentidas, prepare frutas, e, diferentes texturas como quadros com motivos hindus (dependendo de suas concepções religiosas), quadros com mandalas também são muito interessantes.<br /><br />Musicas indianas são perfeitas para esses tipos de sessões, a tradição hindu preservou formas e modos de comunicação musical que transcendem milhares de anos e possuem um tempero muito psicodélico, despertam partes adormecidas do seu subconsciente, brilham forte em cada nota, denotando uma música universal, que flui junto as vibrações da natureza.<br /><br />Na verdade o <i>conteúdo do programa</i>, vai depender muito do propósito, objetivos, da sessão. Diagnósticos, terapia, entendimento intelectual, visionária, apreciação, comunicação interpessoal, entendimento próprio, desenvolvimento do espiritual, entre outros.<br /><br />É aconselhado que no dia seguinte a sua experiência, de preferência, tente se abster de comunicação, procure não sair falando a todos como foi que aconteceu a sua experiência, reserve esse dia para meditar mais profundamente acerca e tudo o que se passou no dia anterior. Um dos principais motivos de "não se entender" do que aconteceu durante a sessão é essa ânsia de logo de imediato querer racionalizar ou "explicar" a experiência. Reserve esse dia para manter a serenidade, não deixe-se ser tomado pela ansiedade, ela só vai lhe bloquear as reais intenções e entendimentos que porventura possam ter sido desencadeados. Deixe-se absorver lentamente os detalhes da experiencia, deixe a mente fluir livremente, sem dogmas, sem ego.<br /><br />A pessoa experiente está normalmente além da dependência do cenário. Ela pode desligar-se da pressão exterior e retornar à iluminação. Uma pessoa extrovertida, dependente de jogos sociais e situações exteriores pode, no entanto, ficar prazerosamente distraída (cores, sons, pessoas). Se você antecipar a distração do extrovertido e quiser manter um estado de <i>êxtase de não-jogos</i>, então lembre-se de seguir as seguintes instruções: não se distraia, tente se concentrar numa personalidade contemplativa ideal, por exemplo o Buda, Cristo, Sócrates, Ramakrishna, Einstein, Hermann Hesse ou Lao Tsé: siga o seu modelo como se ele fosse um ser com um corpo físico esperando por você. Junte-se a ele.<br /><br />Outra parte muito delicada que os enteógenos tocam em você é sua cultura. Então a importancia do programa é lhe assegurar um controle forte sobre o sistema nervoso. O processo de ser gerado nesse mundo e ser educado dentro de determinados padrões e simbologias, dentro de uma determinada cultura é um processo de ter no seu sistema nervoso impresso essas simbologias. O preço dessa impressão no nosso sistema nervoso é o preço de não poder enxergar com nitidez e eficiencia simbolos externos e estranhos a nós. Então, se prepare para esses choques de percepção e cultura que serão re-impressos em você, esteja atento.<br /><br />No auge da experiência, o fluxo de consciência, microscopicamente nítido e intenso, é interrompido por tentativas fugazes de interpretar e racionalizar. Mas o ego-jogador normal não está funcionando efetivamente. Existem, portanto, possibilidades ilimitadas para, por um lado, novidades intelectuais e emocionais agradáveis se deixar-se flutuar com a corrente; e, por outro lado, temíveis emboscadas de confusão e terror se tentar-se impor a sua vontade à experiência.<br /><br />Esteja ciente para os pontos de escolha que surgem durante este estágio. Estranhos sons, visões sobrenaturais e perturbadoras podem ocorrer. Eles podem impressionar, assustar e atemorizar a não ser que se esteja preparado.<br /><br />A pessoa experiente será capaz de manter a percepção de que todas as percepções vêm de dentro e será capaz de sentar-se calmamente, controlando sua consciência expandida como um aparelho de televisão multidimensional fantasmagórico: as alucinações mais agudas e sensíveis – visuais, audíveis, táteis, olfativas, físicas e corporais; as reações mais requintadas, o discernimento compassivo do eu, do mundo. A chave é a inação: a integração passiva com tudo o que ocorre à sua volta. Se você tentar impor sua vontade, usar sua mente, racionalizar, buscar explicações, você será pego em rodamoinhos alucinatórios. O lema: paz, aceitação. É um panorama que muda continuamente. Você é temporariamente apartado(a) do mundo de jogo. Aproveite isso.<br /><br />Os inexperientes e aqueles para os quais o ego-controle é importante podem considerar a passividade impossível. Se você não puder se manter inativo(a) e subjugar sua vontade, então a única atividade que pode certamente reduzir o pânico e puxá-lo(a) de volta dos jogos mentais alucinatórios é o contato físico com outra pessoa. Vá até o guia ou até outro participante e ponha sua cabeça no ombro dele(a) ou no seu colo; ponha seu rosto próximo ao dele(a) e se concentre no movimento e no som da respiração dele(a). Respire profundamente e sinta o ar correr para dentro e a expiração. Esta é a forma mais antiga de comunicação viva; a irmandade da respiração. A mão do guia sobre sua testa pode ajudar no relaxamento. O contato com outro participante pode ser mal-entendido e provocar alucinações sexuais. Por esta razão, esse tipo de ajuda deve ser combinada previa e explicitamente.<br /><br />Não se pode prever que visões ocorrerão, nem sua seqüência. Pode-se apenas incitar os participantes a fechar a boca, respirar pelo nariz, e desligar a irrequieta mente racionalizante. Mas só uma pessoa experiente de inclinações místicas consegue fazer isso (e assim permanecer no sereno esclarecimento). A pessoa despreparada ficará confusa ou, pior, entrará em pânico: a luta intelectual para controlar o oceano.<br /><br />No caso dos psicodélicos mais amplamente usados (LSD, psilocibina etc.), é seguro dizer que tais efeitos corporais praticamente nunca são efeito direto da droga. A droga age apenas sobre o cérebro e ativa padrões neurais centrais. Todos os sintomas físicos são criados pela mente. Indisposição física é um sinal de que o ego está lutando para manter ou recuperar o controle através da dissolução dos limites emocionais.<br /><br />"Conhece-te a ti mesmo" uma das frases mais antigas conhecidas pela humanidade, está escrita na pedra em cima da entrada principal do Oráculo de Delfos, na Grécia. Essa frase aponta ao fato de que em ordem para você ser livre do arraigado de idéias e imposições da cultura dominante, você deve começar a se entender primeiro, entender o seu eu interior, seu ego, seu organismo, físico, emocional e mental.</span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="background-color: white; color: black; font-family: Merriweather; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Times,'Times New Roman',serif;">Retirado de: <a href="https://cogumelosmagicos.org/comunidade/threads/programe-sua-experi%C3%AAncia-esteja-preparado.8311/">https://cogumelosmagicos.org/comunidade/threads/programe-sua-experi%C3%AAncia-esteja-preparado.8311/</a>, Acesso em 21/12/12.</span></div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-62344853631155436352013-02-09T08:38:00.001-08:002013-02-09T08:38:26.760-08:00Ministra da Colômbia apoia a descriminalização das drogas sintéticas no país<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 22px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-5270356272948660399" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 570px; word-spacing: 0px;">
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cQU1Bb5zGDrsGbge_U6w-hS8A4ZzVlfUtaBU9marFmEw-tWAXhm4_lTOw13leckeCuC6eSZ33-OuP500Pe2TjA6_pU5H8xY_9P1tSPJIp9u8FK_ocorLdW0Lp0KqGRacblHLFtwOtGK9/s1600/maconha-faz-mal-para-adolescentes-500x327.jpeg" style="clear: left; color: #9aff32; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: underline;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cQU1Bb5zGDrsGbge_U6w-hS8A4ZzVlfUtaBU9marFmEw-tWAXhm4_lTOw13leckeCuC6eSZ33-OuP500Pe2TjA6_pU5H8xY_9P1tSPJIp9u8FK_ocorLdW0Lp0KqGRacblHLFtwOtGK9/s400/maconha-faz-mal-para-adolescentes-500x327.jpeg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(237, 237, 237); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As guerras às drogas já se mostraram fracassadas. Apesar de ser muito defendida por conservadores, este tipo de estratégia não consegue deter e controlar a demanda e a oferta, fazendo com que crie uma valorização extrema do valor da droga além de instaurar um grande derramamento de sangue, já que a cada dia a “Guerra às drogas” se torna mais violenta. Em contrapartida a esta perspectiva, a justiça colombiana, através da ministra Ruth Stella Correa, disse que o país estuda um projeto de lei para descriminalizar o uso pessoal das drogas sintéticas, como o ecstasy, por exemplo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta é substituir a lei atual, que proíbem também as substâncias como<span class="Apple-converted-space"> </span><b><a href="http://www.semente-de-maconha.com/" style="color: #878787; text-decoration: initial;"><span style="color: #274e13;">maconha</span></a></b><span class="Apple-converted-space"> </span>e cocaína, no entanto, as pessoas não são processadas por portar pequenas quantidades de cocaína e<span class="Apple-converted-space"> </span><b><a href="http://www.semente-de-maconha.com/" style="color: #878787; text-decoration: initial;"><span style="color: #38761d;">maconha</span></a></b><span style="color: #274e13;">.</span><span class="Apple-converted-space"> </span>A tentativa de mudança da legislação colombiana vem de encontro com uma tentativa mais eficiente de combate ao tráfico de drogas, além do controle da violência causado pelos carteis do narcotráfico, que tem sua base financeira na proibição das drogas, já que com a proibição, as substâncias entorpecentes ganham um alto valor e se torna extremamente lucrativa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar dos críticos e mais céticos terem apontado que com a inclusão das drogas sintéticas o debate só tende a piora, a Ministra Ruth Stella, afirmou que "O novo estatuto a ser apresentada ao Congresso pretende descaracterizar o novo estatuto, mas ampliá-lo para incluir drogas sintéticas, quando portadas pequenas quantidades para uso pessoal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O partido Verde da<span class="Apple-converted-space"> </span><b>Colômbia</b><span class="Apple-converted-space"> </span>já se manifestou a favor do novo projeto que ainda se encontra em fase de discussão. O novo anuncio, levanta novamente o debate sobre a descriminalização das drogas no país, que até agora sempre adotou medidas repressivas para o problema. Contudo, aos poucos, a Colômbia vem apontando para uma nova perspectiva, que inclui a redução de danos.</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-83147898135799740002013-02-09T08:35:00.002-08:002013-02-09T08:35:51.831-08:00Traficantes reclamam da falta de maconha no Uruguai<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 22px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-1467282722629010792" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 570px; word-spacing: 0px;">
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8o67pd5-TPd6aZWYEeZF5R2x1D_vKd0dfxw5-HjqW3yz23TWUhiPuYNC04FXEUkoG90NTUbLNKIm9998P8JTGfg8jRp2fOZRb3rdZpDFYTsI7TV3FSGkBe9IUticvnRgh_suh5iadyivy/s1600/Uruguai.png" style="clear: left; color: #878787; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="387" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8o67pd5-TPd6aZWYEeZF5R2x1D_vKd0dfxw5-HjqW3yz23TWUhiPuYNC04FXEUkoG90NTUbLNKIm9998P8JTGfg8jRp2fOZRb3rdZpDFYTsI7TV3FSGkBe9IUticvnRgh_suh5iadyivy/s400/Uruguai.png" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(237, 237, 237); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde que o governo uruguaio acenou para uma mudança na política de drogas do país, principalmente em relação à<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b>, muito vem se debatendo sobre esta questão. Desta vez, um fato inusitado tomou conta do país, já que existe uma escassez de<b><a href="http://www.semente-de-maconha.com/" style="color: #878787; text-decoration: initial;"><span style="color: #274e13;">maconha</span></a><span class="Apple-converted-space"> </span></b>no mercado ilegal, fato que vem revoltando os vendedores ilegais da<b>maconha.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todo verão, o Paraguai passa por uma mudança de cultivo da planta, afetando seu envio para o exterior. A desarticulação de uma série de organizações locais que se encarregavam especificamente do tráfico de maconha também contribuiu neste ano para a escassez da droga no Uruguai. Na semana passada, a polícia apreendeu 50 quilos de maconha na cidade de Rocha, uma quantidade ínfima na comparação com os 1.224 quilos apreendidos no ano passado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem parâmetros da chegada da droga no país, os agentes de segurança deixaram de acreditar na premissa que, para cada quilo apreendido, outros 10 passam pela fronteira.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O governo uruguaio enviou ao Congresso em junho do ano passado um projeto que prevê a "legalização regulada e controlada da maconha", além de estatizar a venda da droga, como forma de combater a criminalidade e o uso de drogas mais pesadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para o presidente do país Pépe Mujica, "os fatos mostram que a repressão aumenta de forma permanente o tráfico de drogas", afirmou o líder uruguaio enquanto o Parlamento analisa sua iniciativa de legalizar o consumo e a venda de<b><span class="Apple-converted-space"> </span>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>no país.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Os latino-americanos estão no meio deste problema" e o tráfico de drogas "gerou uma verdadeira batalha sangrenta no continente e ameaça se multiplicar", acrescentou Mujica.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O presidente do<span class="Apple-converted-space"> </span><b>Uruguai</b><span class="Apple-converted-space"> </span>destacou que "o grande mercado" para o tráfico de drogas "está nos Estados Unidos, que não encontrou uma forma de diminuir e eliminar o consumo interno".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pela segunda semana consecutiva, Mujica utilizou seu programa de rádio para se referir ao tema do tráfico de drogas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No último dia 24, o presidente insistiu de que o narcotráfico é o "verdadeiro veneno" das sociedades na atualidade e disse que seus efeitos são muito piores do que os da droga.</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-27195835554311394362013-02-09T08:35:00.000-08:002013-02-09T08:35:27.426-08:00O THC<br />
<div class="separator" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; clear: both; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwEvlywLgFfEWBvesKWS-kZmH2z1Vjy8CP6rYefjXK_VsftDxuuL-N1khR-PocA0uWQlu3STEFbCDcoIabwEU1nASj3wn03PnNi4_cePgFnbzjjMA40N1cToAASaVVgTltDG0jshOvVvM/s1600/images+%281%29.jpg" style="clear: left; color: #878787; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwEvlywLgFfEWBvesKWS-kZmH2z1Vjy8CP6rYefjXK_VsftDxuuL-N1khR-PocA0uWQlu3STEFbCDcoIabwEU1nASj3wn03PnNi4_cePgFnbzjjMA40N1cToAASaVVgTltDG0jshOvVvM/s400/images+%281%29.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(237, 237, 237); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O THC é uma substância química produzida pela planta da maconha, sendo essa a principal responsável pelos efeitos psíquicos da droga no organismo. Atualmente, a quantidade de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC</b>encontrada na maconha brasileira é de aproximadamente 4,5%. A concentração de<b><span class="Apple-converted-space"> </span>THC</b> na<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>pode variar de acordo com o solo, o clima, a estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso. Existem variedades que podem chegar a mais de 22% de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Assim, a potência da droga pode variar muito, produzindo mais ou menos efeitos. A variação dos efeitos também se dá de acordo com a pessoa usuária, considerando que a reação à droga depende da sensibilidade do organismo do usuário, já que o corpo humano, ganha uma certa tolerância à substância, assim como qualquer droga psicoativa.</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O<b><span class="Apple-converted-space"> </span>THC</b><span class="Apple-converted-space"> </span>é metabolizado no fígado gerando um metabólito (produto da metabolização da substância) mais potente que ele próprio. Além disso, o<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC</b><span class="Apple-converted-space"> </span>é muito lipossolúvel (solúvel em lipídios – gordura, e não em água) ficando armazenado no tecido adiposo. Essas características do THC levam a um prolongamento do efeito deste no organismo. </div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Quando fumada, a maconha atinge seu efeito entre zero e dez minutos e tem seu pico de ação após 30 minutos do consumo por se concentrar no cérebro. Após 45 a 60 minutos do consumo da substância seus efeitos são atenuados. Pela liberação do<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC</b><span class="Apple-converted-space"> </span>por meio do tecido adiposo ser lenta, ele aparece na urina de semanas há meses após o último uso.</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Os efeitos provocados pelo<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC</b><span class="Apple-converted-space"> </span>no sistema nervoso central dependem da dose consumida, da experiência, da expectativa e do ambiente. Os efeitos esperados são: leve estado de euforia, relaxamento, melhora da percepção para música, paladar e sexo, prolonga a percepção de tempo, risos imotivados, devaneios e fica mais falante. </div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
No resto do corpo os efeitos são: vermelhidão nos olhos (hiperemia conjuntival), diminuição da produção de saliva (boca seca) e taquicardia (freqüência superior ou igual a 140 batimentos por minuto).O<span class="Apple-converted-space"> </span><b>THC<span class="Apple-converted-space"> </span></b>tem um efeito orexígeno no apetite, ou seja, aumento de apetite. Não há registro de morte por intoxicação por consumo de maconha.</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-55066823336582459172013-02-09T08:34:00.003-08:002013-02-09T08:34:34.377-08:00A raiz racista da proibição da maconha no Brasil<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 22px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-8233764250930648053" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #151515; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 570px; word-spacing: 0px;">
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RqsglXj_DaUIJj-9bfkAMdTErsIScqRnrtsvN5iGPQA4fif-0jM1GymCz31wI86tZGA_kHjCgo_PrmBCekw5ilNa19-3ptV7jq5Vf9fhGuKkA1b-5xlWKTg33fSof4qT2xUUx-d3OQWw/s1600/matonhna.jpg" style="clear: left; color: #878787; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RqsglXj_DaUIJj-9bfkAMdTErsIScqRnrtsvN5iGPQA4fif-0jM1GymCz31wI86tZGA_kHjCgo_PrmBCekw5ilNa19-3ptV7jq5Vf9fhGuKkA1b-5xlWKTg33fSof4qT2xUUx-d3OQWw/s400/matonhna.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(237, 237, 237); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por trás das leis que criminalizaram a<b> maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>é possível encontrar uma verdadeira overdose de fundamentos racistas e carentes de fundamentação científica. Mas é importante lembrar que a cultura da<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b> não foi introduzida no Brasil apenas pelos negros. De acordo com o historiador Henrique Carneiro, as embarcações que chegaram com Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500 transportavam aproximadmente 800 toneladas de<b><span class="Apple-converted-space"> </span>cânhamo</b>, que na época era usado para fabricação de produtos através da sua resistente e sustentável fibra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só que a cultura da<span class="Apple-converted-space"> </span><b>cannabis</b><span class="Apple-converted-space"> </span>não se limitou apenas ao potencial econômico e consegue de fato permear a cultura popular. Os primeiros escravos das etnias quicongo e quimbundo trouxeram as sementes de maconha escondidas na roupa. Na cultura desses grupos a<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>era utilizada em períodos de lazer e durante alguns rituais religiosos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar do longo período de escravidão, o uso da maconha manteve-se vivo dentro da cultura negra. Mas é após a libertação dos escravos (1888) que a perseguição aos consumidores de maconha - quase todos negros - ganha força.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
”Os primeiros documentos do Estado que proibiam o uso da<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b><span class="Apple-converted-space"> </span>no Brasil saíram das Câmaras Municipais do Rio de Janeiro, em 1830, de Santos, em 1870, e em Campinas, no ano de 1876. A lei penalizava a venda e o uso da droga e eram curiosamente inversas as atuais, prevendo punições mais severas para quem consumisse a erva do que para quem a traficasse. Naquela época, quem usava majoritariamente a maconha com fins recreativos eram os negros”, afirmou Henrique Carneiro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ínicio do século 20 o governo buscou formas de evitar que a cultura negra ganhasse espaço nos centros urbanos. Para fundamentar a proibição da maconha, cientistas teriam manipulado dados para provar que ela era responsável por características como preguiça, intolerância, agressividade e a revolta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 1924, o Brasil participou de um congresso internacional em defesa da proibição e se tornou um dos primeiros países do mundo a criminalizar a<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha</b>. O primeiro órgão que reprimiu o consumo de maconha foi a Delegacia de Tóxicos e Mistificações, no Rio de Janeiro. Este órgão também era responsável por reprimir outras práticas da cultura negra - como a umbanda e a capoeira - que estariam "poluindo" a cultura branca brasileira.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No governo Vargas os usuários da maconha passaram a ser consideros doentes e internados em manicômios judiciários. Ao mesmo tempo, a repressão buscava erradicar o cultivo da planta em todo terrítório brasileiro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na década de 60 a maconha já não era apenas um elemento da cultura negra. A erva se popularizou entre as classe médias e altas e principalmente no meio artístico. Neste período da história o comércio de maconha já ganhava força na mão de traficantes. Com a forte repressão ao cultivo no Brasil, a produção no Paraguai para abastecer o mercado brasileiro no Sul e no Sudeste começou a ganhar força. O resultado de tamanha repressão não é mistério para ninguém e é visto até hoje.</div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-50834540958199617882013-02-09T08:32:00.000-08:002013-02-09T08:32:35.866-08:00Filme Humboldt County (A Costa Perdida)<br />
<h3 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: black; font-family: Georgia,Utopia,'Palatino Linotype',Palatino,serif; font-size: 30px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-2402464971665667093" style="background-color: white; color: black; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.5; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 568px; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDbSiti8NeyQlrkAzQTvp2a9eSfusHpzioqHCqU83kTGqab5-GUVG8Yjt0H0jfEZZcs6uig7gBWlfqd_LqCtlItZn3ZbZOHHIbKgmUO57F0p9jKBukWoKdFbcxxb-xAiDVU35KcyZ7Y9Z/s1600/HumboldtCountyPoster.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDbSiti8NeyQlrkAzQTvp2a9eSfusHpzioqHCqU83kTGqab5-GUVG8Yjt0H0jfEZZcs6uig7gBWlfqd_LqCtlItZn3ZbZOHHIbKgmUO57F0p9jKBukWoKdFbcxxb-xAiDVU35KcyZ7Y9Z/s400/HumboldtCountyPoster.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="266" /></a></div>
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<u><b> Download :</b></u> <a href="http://www.filmesparadownloads.com/humboldt-county/">www.filmesparadownloads.com/humboldt-county/</a></div>
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Muito se discute sobre a legalização da maconha, mesmo sendo comprovado que é uma planta benéfica para a saúde, ajudando inclusive no tratamento do câncer, as pessoas tendem a associá-la a drogas mais pesadas. Incluindo aquela dita frase de que a planta é a porta de entrada para outras drogas, o único vínculo que ela tem com as outras é que é vendida nos mesmos lugares. É preciso desmistificar muitas coisas em relação a maconha, e mudar a educação de uma sociedade que faz tudo errado. Humboldt County é o nome do filme, mas também dá nome a um lugar que fica ao norte da Califórnia, mais conhecida como a "Costa Perdida" e é lá que acontece a história que vai muito além de usar ou não usar a bendita Cannabis Sativa.<br />Peter Hadley (Jeremy Strong), um promissor mas desiludido estudante de medicina desacreditado pelo seu professor e também pai acaba certa noite conhecendo uma garota que o faz viajar com ela até o distrito chamado Humboldt County, uma comunidade de fazendeiros plantadores de maconha e uma hospitaleira porém excêntrica família. Peter é um jovem que foi criado todo certinho por um pai que só pensa em trabalho, dessa maneira apenas seguiu o caminho que seu pai escolheu pra ele, mas algo mudará em sua vida a partir do momento que ele começa a conviver com a família e percebe que lá se sente em casa, estranhamente em casa. Não se engane, não é uma comédia como tantas outras que tratam o assunto sempre de forma escrachada, mas sim, traz o tema com seriedade, nos faz refletir sobre escolhas e vontades, e como deixamos as oportunidades verdadeiras passarem na nossa frente sem nem ao menos perceber, porém, sempre podemos mudar os rumos de nossas vidas. </div>
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Max (Chris Messina) é um dos personagens que nos pegam de jeito, seu modo de ver a vida já diz muito, ele planta para poder garantir o sustento de sua filha postiça, uma menina que cria com muito carinho. A comunidade tem o direito de cultivar, mas se plantar em demasia e a policia federal descobrir, eles acabam com tudo. Max é um homem bom, que sempre diz para Peter não levar a vida tão a sério, ele simplesmente mostra que a vida pode ser muito mais do que a enxergamos, e Peter diante daquele lugar majestoso entende que o que tinha antes não era uma vida, era uma rotina mecanizada, e nunca tinha se perguntado o que queria para si realmente. Lá perto da natureza e daquelas pessoas que também tem seus problemas, mas que mesmo assim nutrem carinho uns pelos outros, se importam pelo bem-estar, coisa que ele nunca teve com seu pai. Peter sem querer encontrou-se e conseguiu achar seu lugar. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd7rPtZ5GnBEOUIsZAwx3TibvlzuVVar2Y5cF-MMARBgZ30GJmxNLKD-TPoB-KlPERW-fTBzshDkCb4zMwfGOqW-t5j51Hd4kSiOeq3G5ZfpvhMo7V1CMrNgLRhBZLaxH20yR3ct4j-xkE/s1600/fotocena12.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd7rPtZ5GnBEOUIsZAwx3TibvlzuVVar2Y5cF-MMARBgZ30GJmxNLKD-TPoB-KlPERW-fTBzshDkCb4zMwfGOqW-t5j51Hd4kSiOeq3G5ZfpvhMo7V1CMrNgLRhBZLaxH20yR3ct4j-xkE/s400/fotocena12.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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O filme está muito além do assunto de fumar ou não fumar maconha, é mostrado simplesmente como um hábito e uma cultura definida pelo local, que causa estranheza para as pessoas que veem isso como algo ruim. Por isso vale ressaltar o pensamento de que o homem não pode proibir o que a natureza fornece, mas existe uma lista de plantas proibidas, inclusive recentemente vi que a Anvisa também proibiu a planta chamada: Sálvia divinorum, com a alegação dos poderes psicoativos. Isso é ridiculo e uma política retrógrada, ao invés de avançar, recuam, além de ser um desrespeito com a individualidade e a liberdade de vida de cada um. </div>
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Voltando a história do filme, ele é muito válido, pois mostra-se perspectivas diferentes, nos tiram do mundinho perfeito, regrado e hipócrita. Sabe aquele tipo de pessoa que precisamos medir palavras, agir de modo diferente para ser aceito? Pois é, nesse filme Peter descobre que existe um outro tipo de ser humano, o verdadeiro, que vive de acordo com o que sua mente e espirito pede. Pessoas de essência.</div>
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Às vezes os lugares em que menos esperamos é aquele que nos acolhe e nos dá vida novamente.</div>
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Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-42686432194265831862013-02-08T17:18:00.001-08:002013-02-08T17:18:26.207-08:00O Fim Da Guerra - A Maconha E A Criação De Um Novo Sistema Para Lidar Com As Drogas<u><b>RECOMENDAÇÃO :</b></u><br />
<h3 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: black; font-family: Georgia,Utopia,'Palatino Linotype',Palatino,serif; font-size: 30px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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<div class="post-body entry-content" id="post-body-1221394074528201335" style="background-color: white; color: black; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.5; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 568px; word-spacing: 0px;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_k1-TLYcrjSpcO_KxsoiKM5icvreB5yLGKX44NipafISxpi9UgZmo0nD0cXJOegpu50uqsecykKkEx1mkds2mBS7Q9FSgMOEZe30SsUOomF9kV6FHPmW9QHtXgfKD24r00ftrfMsHrxI0/s1600/o-fim-da-guerra.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_k1-TLYcrjSpcO_KxsoiKM5icvreB5yLGKX44NipafISxpi9UgZmo0nD0cXJOegpu50uqsecykKkEx1mkds2mBS7Q9FSgMOEZe30SsUOomF9kV6FHPmW9QHtXgfKD24r00ftrfMsHrxI0/s400/o-fim-da-guerra.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="271" /></a></div>
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A maconha não deveria ser um assunto evitado pelas pessoas, nem constrangedor quando vem à tona, a maioria o guarda sob a forma de preconceito sem ao menos se questionar, e escutar a verdadeira história que está por trás dessa política anti-drogas. O livro "O Fim da Guerra" é uma ótima introdução para se obter conhecimento juntamente com conscientização. Uma coisa é certa, o sistema é tão repressor que quando uma opinião é exposta, é dada como apologia. No mundo todo, assim como no Brasil, há políticos mais interessados em assustar as pessoas para ganhar votos do que em zelar pelo interesse público. Por isso, no geral, os governos evitam lidar com o tema das drogas, com medo de uma reação negativa do eleitorado. Aqui vai uma grande quantidade de informação que todos deveriam ter. Até porque se quiseres que algo mude, não espere dos políticos, o poder nas mãos do povo, com mobilização em qualquer aspecto, move montanhas, sim! Mas para isso é preciso ter a informação correta. É preciso saber o que há por trás do pano.</div>
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O jornalista Denis Russo Burgierman apresenta dados atualizados e novas teorias econômicas que demonstram para além de qualquer dúvida o fracasso de nosso atual sistema. Mas o livro não é apenas o relato de um problema. Seu objetivo central é apontar soluções. A guerra contra as drogas foi uma invenção dos políticos para ganhar votos a custa do medo que as pessoas justificadamente tem das drogas. O problema é que a repressão ultra-radical simplesmente não funciona. Quanto mais dura a proibição, mais gente usa drogas e mais perigosas elas ficam. Existem 210 milhões de usuários de drogas ilícitas. Destes, 80%, 165 milhões, seriam usuários de maconha. Com a sua regulamentação, sobrariam apenas os outros 45 milhões usuários de drogas pesadas, dos quais 10 milhões são considerados usuários problemáticos. Segundo Burgierman, há sistemas simples e complexos, e nesse quesito é indo devagar que se consegue as coisas, diferentemente do que acontece, que sempre é por meio de violência e humilhação, são pessoas desqualificadas que não sabem lidar com usuários, que na verdade precisam de ajuda, prendê-los não vai melhorar nada. Também não adianta encher as cadeias com pequenos traficantes, pois logo essa pessoa é substituída por outra e por outra. É um ciclo do qual nunca termina e é óbvio que não funciona. A proibição enriquece cada vez mais traficantes, o primeiro passo seria transferir o comando do sistema legislativo para o de saúde, primando pelas pessoas, tratando-as como seres humanos. Um exemplo disso é Portugal, que juntou uma comissão multidisciplinar de especialistas para estudar o assunto, coletar iniciativas bem sucedidas mundo afora e propôr um sistema que funcionasse melhor. Em 2001, a proposta dos especialistas foi implantada na íntegra pelo governo, que descriminalizou o uso de drogas, transferiu o comando do sistema da justiça para a saúde e passou a focar sobretudo no cuidado à população, reduzindo os investimentos em repressão. Os resultados desse novo sistema em Portugal é inquestionável e inteligente. Um dado interessante: o Brasil é o país do mundo que mais constrói prisões. As igrejas que tratam dependentes também estão indo bem: o governo brasileiro, por não ter estruturado seu sistema de saúde pública para atender dependentes de maneira adequada, entrega montanhas de dinheiro a instituições que trabalham sem metodologia científica nem acompanhamento dos resultados. Não surpreende que os políticos, cujas campanhas frequentemente são financiadas por construtoras e igrejas, demonstrem tamanha falta de motivação para lidar seriamente com o problema. Estruturar o sistema de saúde, racionalizar investimentos, criar leis justas. É o passo para a mudança acontecer, mas parece que o Brasil só gosta de desperdiçar o dinheiro público. </div>
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<b>Vejamos os países e suas políticas que deram certo:</b><br />
<b><br /></b>
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<b>*Holanda:</b><span class="Apple-converted-space"> </span>O uso pessoal da maconha é permitido, e para isso existem os Coffeeshops, onde você pode comprar, utilizá-la no local, ou levá-la para casa, é permitido apenas para maiores de idade e em uma quantidade especifica, evitando assim o tráfico ilegal, comprar fora desses lugares, é proibido. Nesses Coffeeshops há cardápios com os tipos das ervas, juntamente com a descrição dos efeitos. Em um país rico e desenvolvido como a Holanda não fica complicado utilizar uma lei assim.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRByP3045XLS0FPkUYprHpP92aBFhTlkLmwjq1nuiop-WOXnwzPho635rbQyPSjhU8rYy3E8lHy6F_4EUlcZGxEjPHm6wRrnVg8lBU7hrG0XxsJ6wqm9R9vnxIQVuCxcfp0deNmXWtHDk/s1600/Holanda.jpeg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRByP3045XLS0FPkUYprHpP92aBFhTlkLmwjq1nuiop-WOXnwzPho635rbQyPSjhU8rYy3E8lHy6F_4EUlcZGxEjPHm6wRrnVg8lBU7hrG0XxsJ6wqm9R9vnxIQVuCxcfp0deNmXWtHDk/s400/Holanda.jpeg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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<b>*Califórnia:</b><span class="Apple-converted-space"> </span>A maconha medicinal foi legalizada em 1996, uma indústria inteira floresceu em torno da marijuana. Lá os pacientes podem cultivar, possuir e usar maconha com propósitos medicinais - depois de uma recomendação médica. O paciente pode cultivar até seis plantas e ter a posse de não mais do que 14 gramas de maconha.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRFmHrAZ5D6N0Umj0diuTmbvr2DUoFNaRCXteUxaJEwKodF-38PFdLwmtwroIR-givco58_dCEFRAFHILhV5LYXfUdU9-oYkV_-nB_Fr8eDNnLJ8fpGDjpIFXASoLKjq1fGbxU_4kgnU/s1600/California.jpeg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRFmHrAZ5D6N0Umj0diuTmbvr2DUoFNaRCXteUxaJEwKodF-38PFdLwmtwroIR-givco58_dCEFRAFHILhV5LYXfUdU9-oYkV_-nB_Fr8eDNnLJ8fpGDjpIFXASoLKjq1fGbxU_4kgnU/s400/California.jpeg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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<b>*Espanha:</b><span class="Apple-converted-space"> </span>É um ciclo fechado. São clubes que dão a oportunidade às pessoas de não irem para o mercado ilegal. Para ter acesso é preciso ser convidado por outro membro. Os próprios associados financiam o local.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicMa69Wowlc4w8OSXs2KRD8ID2Z4XOmz9TA_RdLDO0yboaColklG0zxUXpdugiSvrKVBDaQMAM8cPOfq971TdOVgpH4JdSEMXnMWy9OdoHDgI2nEZ_NMp9ocz8zqae-78qkY554ptEbs5s/s1600/madrid-cannabis%5B9%5D.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicMa69Wowlc4w8OSXs2KRD8ID2Z4XOmz9TA_RdLDO0yboaColklG0zxUXpdugiSvrKVBDaQMAM8cPOfq971TdOVgpH4JdSEMXnMWy9OdoHDgI2nEZ_NMp9ocz8zqae-78qkY554ptEbs5s/s400/madrid-cannabis%5B9%5D.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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<b>*Portugal:</b> Lá o assunto está nas mãos da saúde, dando prioridade para os dependentes. Em 2001 o governo português resolveu descriminalizar todos os tipos de drogas. A aquisição, posse e consumo de qualquer droga estão fora da moldura criminal. Mas continua sendo proibido, e se for pego, a droga é confiscada e dependendo do caso, é uma multa, ou um encaminhamento para tratamento, com esse olhar mais humano, as pessoas perderam a vergonha de procurar ajuda. Os recursos que antes eram gastos na criminalização, nesse sistema é canalizado para os tratamentos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsJ2g7vfZNG1l5BZiKynCmhEGfZ_9P5EQNOChlu90gcntSrYIl8SofIJVdTDHznMCKfM6h6nvhr0vBgK4PBW5s_8GpVcPTEOLwfBIeCek8y8qORAg8BeWihDqWqiD2DvqjUIM5414VdgT9/s1600/ng1679226.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsJ2g7vfZNG1l5BZiKynCmhEGfZ_9P5EQNOChlu90gcntSrYIl8SofIJVdTDHznMCKfM6h6nvhr0vBgK4PBW5s_8GpVcPTEOLwfBIeCek8y8qORAg8BeWihDqWqiD2DvqjUIM5414VdgT9/s400/ng1679226.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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<b>*Marrocos:</b><span class="Apple-converted-space"> </span>O capítulo sobre Marrocos é sobretudo lindo. A Cannabis é vista sob o aspecto cultural, ou seja, é apenas uma planta. A guerra contra as drogas está apenas começando por lá. A tradição tem dado lugar ao tráfico de haxixe internacional.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_WmMh4XQS3TP6GP4AeaakA-sF-MGHOHzAgYMRqt7v_J2OWySK-X3vPYFxE6EjCkEUvk7OnbRgTLg8nzxUmo-xjkKAGjxeWf9hwxIUvQ1WKTzjUjEXEosFayWZuCy-w5km_eKKoquBrT0/s1600/Marrocos.jpg" style="color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: initial;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_WmMh4XQS3TP6GP4AeaakA-sF-MGHOHzAgYMRqt7v_J2OWySK-X3vPYFxE6EjCkEUvk7OnbRgTLg8nzxUmo-xjkKAGjxeWf9hwxIUvQ1WKTzjUjEXEosFayWZuCy-w5km_eKKoquBrT0/s400/Marrocos.jpg" style="border: medium none; box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.498); padding: 8px; position: relative;" width="400" /></a></div>
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A erva é responsável por quase metade da renda gerada para o tráfico; uma vez que a maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo. Para o traficante, é mais interessante a venda de drogas com maior grau de vício, o que motiva-o a oferecer drogas pesadas a usuários de maconha; fazendo com que erroneamente, leve a fama de porta de entrada. Saber diferenciar drogas pesadas das leves é outro passo para a desmitificação em torno da maconha.</div>
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É comprovado o seu poder medicinal. Pessoas tratadas com quimioterapia muitas vezes têm enjoos terríveis. Há medicamentos para reduzir esse enjoo e eles são eficientes. No entanto, alguns pacientes não respondem a nenhum remédio e aí é que entra a maconha. Ela dá fome, causa alívio nas dores, e permite um sono mais tranquilo. Privar uma pessoa de um remédio natural é ridículo, claro que ela por si só não é a salvação, mas ajuda e muito no tratamento.</div>
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O importante é tirar o mito dentro da cabeça das pessoas sobre a maconha. É criar um sistema que dê apoio aos usuários, afinal violência é respondida por violência, repressão com ódio, e o proibicionismo só atiça mais os traficantes. Cada vez mais pessoas se viciam em drogas pesadas, perdendo tudo, família, emprego, saúde, enfim, ficam à margem da sociedade, esta da qual finge não ver o caos. É preciso que esses políticos tenham coragem de fazer leis eficazes, e que haja pessoas qualificadas para lidarem com o assunto, não policiais que recebem ordens para humilhar, torturar e prender. É necessário separar a maconha dessas outras drogas, é preciso aceitar seu poder medicinal. Tem que haver mudanças, seja legalizando, descriminando parcialmente, dando liberdade das pessoas plantarem algumas mudas, ou estipular uma quantidade por pessoa, capitalizando, ou regulamentando, alguma alternativa tem que ser analisada de fato e não ficar só na teoria. O sistema é falho, burro e fica girando em círculos.<br />
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Um dos grandes problemas também é a lavagem cerebral que a mídia exerce sobre a massa, as mentiras e bobagens que contam, colocando medo nas pessoas. O conhecimento, a informação é a chave para quebrar muitos mitos criados. É necessário questionar, procurar saber o que os poderosos, os políticos estão fazendo. A ignorância só atrasa e estagna o ser humano.</div>
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Outro aspecto é a propaganda da bebida alcoólica totalmente prejudicial à saúde e aos riscos no trânsito por dirigir bêbado, veja a fórmula utilizada por esses comerciais, associando sempre a figura do jovem a bebida e assim, a diversão. Cada vez mais, a indústria do álcool utiliza-se da associação de seus produtos com eventos esportivos, musicais e culturais, entre outros, para apresentar as bebidas alcoólicas como uma parte normal e integral das vidas e da cultura dos jovens. É muita insensatez que se veicule comerciais deste tipo, e achar a coisa mais normal do mundo. </div>
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Há uma luz no fim do túnel, já vemos uma parte da mudança nas pessoas, mas ainda vivemos sob a sombra de um tabu, em um país dito liberal, mas que na verdade é conservador e disfarça seu preconceito.</div>
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"O fim da Guerra" é um livro altamente recomendado. Abra seus olhos, abra sua mente, manifeste a sua opinião diante a sociedade, não se encolha, a democracia existe para que pensamentos sejam expostos e analisados, a mobilização, a voz, faz a diferença.<br />
<i style="color: blue;"><br />"Insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes." </i>(Albert Einstein)</div>
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Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-82223869620890889852013-01-28T17:34:00.003-08:002013-01-28T17:34:43.661-08:00TUDO QUE EU QUERIA DIZER MAS JÁ O FIZERAM MAGISTRALMENTE POR MIM<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span>
<span style="background-color: #f3f3f3;">Extraído do Excelente blog musical :</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span>
<span style="background-color: #f3f3f3;"><a href="http://gravetos-berlotas.blogspot.com.br/">Gravetos & Berlotas</a></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"></span><br />
<h3 class="post-title entry-title" style="font-family: 'Trebuchet MS',Trebuchet,sans-serif; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="color: black;"><br /></span></span></h3>
<div class="post-body entry-content" style="font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.4; orphans: 2; position: relative; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; width: 420px; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="color: black;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Zh3AstnFMbq1wx5RE6FAUci09Qkg1R2C4lLLYMHOrIwjMQONpGx89kvXVnkU2gb_rTpdb_4HYmU3R_GkBYRRDNH-eOy1VC6TIJnUgKdXhL4it2R-zCy_VXT4vthIkbxC1htPHMdUr40/s1600/Canhamo+(USOS).JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Zh3AstnFMbq1wx5RE6FAUci09Qkg1R2C4lLLYMHOrIwjMQONpGx89kvXVnkU2gb_rTpdb_4HYmU3R_GkBYRRDNH-eOy1VC6TIJnUgKdXhL4it2R-zCy_VXT4vthIkbxC1htPHMdUr40/s320/Canhamo+(USOS).JPG" style="border: 1px solid rgb(131, 98, 0); box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.098); padding: 8px; position: relative;" width="380" /></a></span></span></div>
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span><h1 class="entry-title" style="margin: 0px; position: relative; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="font-size: medium;">A Planta Bandida e os Piratas: Sobre o Crime e Suas Origens</span> </span></h1>
<h1 class="entry-title" style="margin: 0px; position: relative; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: xx-small;">por<span class="Apple-converted-space"> </span><a class="url fn" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3040237557225446663">felipedeamorim</a></span></span></span></h1>
<div class="entry-content">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Nas primeiras décadas do século XX, o cânhamo era uma plantação crucial da economia agrícola norte-americana. E não poderia deixar de ser. Uma das primeiras culturas a ser domesticada pelos homens, produtos feitos à base de cannabis existem há, pelos menos, uns dez milênios. Por crescer rápido, consumir pouco espaço e ser resistente às pragas, o cânhamo foi matéria-prima preferencial da humanidade durante séculos, servindo para manufaturar desde tecidos, papel e cordames, até material de construção e combustível. Junto do algodão e do milho, foi uma das plantações tradicionais da colônia norte-americana, sendo cultivado até mesmo pelo primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, e pelo terceiro, Thomas Jefferson. E não era mau negócio… dotada de uma fibra particularmente versátil, fácil de se plantar e de se beneficiar, seus custos de produção significativamente mais baixos o tornavam economicamente superior às alternativas. Das velas de navios que sustentavam o comércio marítimo que serviu de base ao crescimento da colônia norte-americana, às folhas de papel onde foram publicados os ensaios Federalistas, até os tecidos usados para vestir a população da nova nação, o débito dos Estados Unidos à plantinha insuspeita era enorme, assim como o do resto do mundo. Mas os milênios de ajuda do cânhamo para a humanidade mudariam no século XX, e não por razões completamente honestas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Além de ser usado para fazer linho, roupas, cordas de navegação, sacos, lonas, placas de fibra, isolamento térmico, papel, além de servir como ótima cultura para revitalizar terra de plantações, o cânhamo era também consumido como remédio, dada as propriedades narcóticas do seu princípio ativo… o tetrahidrocanabinol, ou THC. Extratos de Cannabis eram vendidos em farmácias, e cigarros feitos da planta eram usados liberalmente por agricultores. O consumo de THC era regulado pela necessidade de prescrição médica, e considerado um narcótico potencialmente perigoso, mas essas medidas não eram mais restritivas que as exigências atuais para consumir outras substâncias psicoativas como Prozac ou Valium. E, de forma geral, essas restrições nem eram tanto resultado de uma preocupação com a cannabis por si, mas sim com um parente próximo da planta, o ópio, esse sim visto como uma ameaça de verdade à saúde pública (para não mencionar os interesses econômicos das potências ocidentais no oriente). Leis tornando mais duras as regras para comercialização de narcóticos durante as primeiras décadas do século XX visavam restringir o uso de opiáceos, e atingiam a cannabis como efeito colateral. E de qualquer forma, o comércio de cânhamo e seus outros subprodutos continuava bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Mas então, entra na história o Cidadão Kane em pessoa, William Randolph Hearst. Veja bem… apesar de servir para tudo, e crescer em qualquer lugar, o cânhamo tinha UMA fraqueza… ele era meio trabalhoso de se colher. Por isso, já no século XIX, a produção de papel de cânhamo caiu em desuso, tendo sido trocada pelo processo de produção à partir de polpa de árvores e ácido sulfúrico… que, você deve imaginar, exigia menos trabalho humano, mas era extremamente mais danoso ao meio ambiente, não só pela destruição das árvores, mas também pelo lixo químico produzido no processo. Hearst, cujo império de mídia se erguia nas costas de jornais impressos (e chantagem, concussão, notícias fantasiosas e difamação de caráter, a propósito) era compreensivelmente dono tanto de plantações de árvores para polpa, quanto de moinhos de papel… e detinha significativa faixa desse mercado. Mas até ai, tudo bem. cânhamo não era usado largamente para fazer papel, e os negócios de Hearst iam bem. Até que…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Em 1916 foi criado um descascador mecânico especificamente voltado para o cânhamo, que tornava muito mais rápido e fácil o processo de extração de fibras da planta. Seu uso foi se disseminando e, na década de 30, muita gente já se perguntava se não seria mais sensato substituir o danoso e mais caro processo de produção de papel via polpa de árvores pelo processo via fibra de cannabis. Hearst não hesitou em reagir. Nunca temeroso de publicar uma matéria escandalosamente falsa para manipular a opinião pública (ele foi o primeiro homem a ser chamado de jornalista amarelo, afinal de contas), Hearst logo começou a publicar matérias em sua cadeia de jornais, demonstrando os perigos médicos e sociais advindos do consumo da “marijuana” (nada como um termo estrangeiro para botar medo na classe media xenófoba gringa). Histórias escandalosas de delinquência juvenil (quem vai proteger nossas crianças?), violência incitada pela cannabis e danos irreversíveis aos cérebros da juventude estadounidense se seguiram com constância de metrônomo. Pouco importava se os estudos médicos da época já demonstravam que os efeitos nocivos da cannabis eram mínimos, e em certos aspectos, inexistentes. Os mitos de Hearst sobre os efeitos das drogas logo tomaram o imaginário coletivo. Filmes como “Reefer Madness” (conhecido no Brasil como “A Porta da Loucura” ou o mais legal “A Erva Maldita”) retratavam os horrores daqueles que consumiam a cannabis… Em certa cena, uma pobre jovem, sobre o efeito do vegetal do mal se entrega à euforia descontrolada causada pela droga (hein?) e começa desesperadamente a tocar piano sem parar. A sociedade estava chocada. Imagine só uma multidão de jovens descontrolados, sob os efeitos da marijuana, tocando sem parar pianos? Na faculdade, por exemplo, seria impossível ouvir uma aula sequer! Isso tinha que ser detido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Hearst tinha causado muito barulho, mas efetivas medidas especificamente contra a cannabis ainda não existiam. Isso ia mudar em 1935, com a chegada de outro peso-pesado na história… No caso o grupo corporativo DuPont, donos da patente do processo químico de transformação de árvores em polpa e que, naquele ano, tinha desenvolvido a técnica para produção de nylon, um polímero resistente, praticamente impossível de se reciclar e que produzia o venenosíssimo cianeto de hidrogênio se queimado, sendo, portanto, muito mais nocivo à saúde que cânhamo (cuja queima, conforme verificado em grupos de controle, só produz sono, larica, papo chato e uma apreciação despropositada de reggae ruim). Ainda assim, a DuPont estava decidida a usar o nylon como o tecido do futuro, substituindo de forma completa o mais barato tecido de cânhamo. Para ajudar nesse projeto, foi convocado Harry Anslinger, conhecido proibicionista e chefe do Escritório Federal de Narcóticos dos Estados Unidos e marido da sobrinha de Andrew Mellon… o Secretário do tesouro que tinha indicado Anslinger para o cargo e, ora bolas, que puta coincidência, era dono do Mellon Bank, Gulf Oil e Alcoa, alguns dos principais parceiros comerciais da DuPont.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Como o governo dos Estados Unidos tinha laços estreitos com DuPont, que era fornecedora de explosivos e munição desde a Guerra da Independência, não foi difícil utilizar a máquina pública para atender os interesses da companhia. Anslinger logo iniciou uma campanha contra a maconha. Discursos exaltados no Congresso eram seguidos por artigos em revistas detalhando a destruição causada pela erva, tudo temperado com doses generosas de sensacionalismo e racismo. Em um artigo chamado “Marijuana: Assassino da Juventude”, Anslinger contou a história de Victor Licata, que matou a família inteira à machadadas depois de fumar unzinho. O fato que Licata era um conhecido psicótico, que a polícia já tentara internar no passado, não era mencionado. Em outro artigo, Anslinger alertava sobre as garotas brancas nas universidades que, sob o efeito da erva, eram seduzidas por estudantes negros. “Resultado: gravidez”, concluiu Anslinger, alertando do perigo da marijuana que, pior que assassinatos, podia gerar mestiçagem. Finalmente, em 1937, o Congresso aprovou o Ato de Taxação de Marijuana, que efetivamente proibiu o consumo da droga no país… e, em uma inovação legislativa, proibiu também a produção e estoque de cânhamo, a planta da qual a droga era apenas um entre centenas de subprodutos. De um ponto de vista da saúde pública, isso faz tanto sentido quanto proibir mandioca porque a raiz pode ser usada para extrair cianeto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">O resultado disso tudo é a situação que encontramos hoje. Uma espécie inteira de vegetal, capaz de trazer inúmeros benefícios econômicos, é considerada ilegal na maior parte dos países ocidentais, em grande parte graças à pressão do governo dos Estados Unidos e sua política internacional de combate às drogas. Os prejuízos econômicos e sociais dessa criminalização, que podem ser vistos em qualquer cadeia pública ou morro do Brasil, em muito superam qualquer dano causado à saude pública pelo consumo de cannabis… Uma substância que, de acordo com repetidos estudos farmacológicos nos últimos cem anos, causa danos negligíveis à saúde, muito inferiores aos danos causados por substâncias legais como álcool e tabaco. A diferença é que não dá para fazer papel, tecido ou remédios baratos à partir de cana-de-açúcar. E é isso o que realmente foi proibido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><b>****</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">Mas qual a razão principal de eu estar contando essa história? Por incrível que pareça, minha bandeira aqui não é a legalização da maconha, causa já melhor representada por gente muito mais inteligente, bem informada e articulada do que eu. O que eu desejava demonstrar é que, quando um governo possui laços estreitos com corporações industriais, as leis de um país tendem a deixar de representar necessidades do povo para se atenderem os interesses de empresas. O processo gradual de criminalização da maconha, com o sequestro da opinião pública, exposição de praça pública de “infratores” e, finalmente, ação política serve de caso exemplar, e hoje podemos vê-lo se repetir na batalha elos direitos de distribuição de informação que é travada na internet. Durante décadas, a violação de direitos autorais de artistas foi tolerada abertamente e medidas legais para coibir ou punir isso eram encontradas com total desinteresse do sistema jurídico e legislativo… ou até mesmo condescendência aberta. A luta do Lobão, na década de 90, para garantir controle maior dos<span class="Apple-converted-space"> </span><i>royalties</i>devidos aos artistas só lhe rendeu a fama de louco, e isso tudo porque, até aquela época, quem violava os direitos autorais, gozando de total impunidade, eram as gravadoras e distribuidoras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">O advento da internet e os protocolos de transmissão de dados tiraram o monopólio sobre a distribuição de produtos de mídia das grandes empresas, jogando-a nas mãos da multidão anônima do mundo. E, olha só mais outra coincidência, foi somente a partir daí que as leis protegendo os direitos autorais começaram a ser aplicadas, no que é, no fim das contas, uma tentativa de criminalizar a distribuição livre de dados. A morte de Aaron Swartz, semanas atrás, é um trágico exemplo desse processo. Swartz estava encarando a possibilidade de passar 35 anos na cadeia, tudo por ter tornado disponíveis dados legais e científicos, muitos dos quais já em domínio público. Em comparação, a condenação de Thomas Bray, um anestesiologista que espancou, tentou matar e estuprou por cinco horas uma garota de 23 anos em 2012, foi de 25 anos de prisão. Na mesma toada, Kim Dotcom, fundador do Megaupload, um banco digital de arquivos, foi preso em 2012 em uma operação policial que envolveu agentes armados com rifles e submetralhadoras, e helicópteros cercando sua casa. Acusado de causar 500 milhões de dólares de dano à indústria de entretenimento ao permitir compartilhamento de arquivos com direitos autorais registrados em seu site, Dotcom foi enviado à cadeia sem direito à fiança, onde permaneceu preso por um mês e meio, até finalmente ser liberado por um juiz que reconheceu como era ostensivamente ridículo manter preso um cara que fez um site, quando assassinos capturados na mesma época já gozavam de liberdade provisória. O mais intrigante? Apesar da terrível ameaça e dano representado por Dotcom, Megaupload, Fileshare e todos seus congêneres, balanços fiscais recentes revelaram que o ano de 2012 foi o mais lucrativo da indústria de cinema de Holywood. Desconfio que se está faltando dinheiro para os pobres artistas famintos, o problema deve estar em outro lugar, e não em você e no seu torrent.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">A diferença crucial é que, na época da investida contra o cânhamo, a opinião pública era uma força bestializada, vítima e prisioneira das informações manipuladas por Hearst. Hoje, os mesmos meios de comunicação que me permitem baixar música e filmes, me permite também buscar informação alternativa, muitas vezes em fontes primárias por definição mais confiáveis que qualquer reportagem. Nós temos o meio de nos conscientizarmos e nos mobilizarmos contra o processo de criminalização da distribuição de dados, rebatendo as informações falsas fornecidas pelas distribuidoras e seus órgãos vassalos como o ECAD, e fazendo pressão política e social contra casos como os de Swartz e Dotcom. Não devemos ser coniventes com as tentativas das corporações de mídia de tomarem para si o sistema legislativo, e o empregarem para garantir uma sobrevida ao seus datados modelos de negócio. O futuro não pode ser impedido, mas isso não quer dizer que aqueles que ganham dinheiro com o anacronismo não vão tentar.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span class="entry-categories">Publicado em:<span class="Apple-converted-space"> </span><a href="http://felipedeamorim.opsblog.org/category/assim-caminha-a-humanidade/" rel="category tag" title="View all posts in Assim Caminha a Humanidade">Assim Caminha a Humanidade</a>.</span><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="color: black;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ1MakpxpR2KppuTI07S_x1wr2appocbJkCRALwGZqnUVMOF1AtYvNnZMU_Vx6qhtw_QtzlVRTZ5kqO5JjCqiJf4qF9huN-suHEgHYS0tvKXCss8mKHHjAItnq5_LaH2BzwNEosb60Mn8/s1600/Cannabis-pot-power-750x643.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ1MakpxpR2KppuTI07S_x1wr2appocbJkCRALwGZqnUVMOF1AtYvNnZMU_Vx6qhtw_QtzlVRTZ5kqO5JjCqiJf4qF9huN-suHEgHYS0tvKXCss8mKHHjAItnq5_LaH2BzwNEosb60Mn8/s320/Cannabis-pot-power-750x643.png" style="border: 1px solid rgb(131, 98, 0); box-shadow: 1px 1px 5px rgba(0, 0, 0, 0.098); padding: 8px; position: relative;" width="380" /></a></span></span></div>
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /><span class="entry-categories"> </span></span></div>
</div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-83265646674734938092013-01-27T16:34:00.000-08:002013-01-27T16:34:04.147-08:00Maconha e diminuição do QI<div class="separator" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; clear: both; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrKAVRZu9Xqs7STTklrzna3SK3aho6R7vdme7nlTNu9SAcaQP_m4Sy-2wKv_glUGfmE3q70Fc1oVPBItlaT3QvkxQaXWsfYFRwcwLHvBXBl6NoSlcWkak_FLeMZjLTVq5f-Z5mP-MmVhI/s1600/maconha2.jpg" style="clear: left; color: #32527a; float: left; margin: 0px 1em 1em 0px; padding: 0px; text-decoration: initial;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrKAVRZu9Xqs7STTklrzna3SK3aho6R7vdme7nlTNu9SAcaQP_m4Sy-2wKv_glUGfmE3q70Fc1oVPBItlaT3QvkxQaXWsfYFRwcwLHvBXBl6NoSlcWkak_FLeMZjLTVq5f-Z5mP-MmVhI/s400/maconha2.jpg" style="border: 1px solid rgb(170, 170, 170); margin: 0px; padding: 3px;" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Um estudo de referência no campo da pesquisa, que sugeria uma ligação entre o uso de cannabis e a queda no QI de adolescentes, pode não ter ido longe o suficiente em sua pesquisa, com as quedas de QI ocorrendo mais provavelmente devido a status socioeconômico menores do que por conta da<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,'times New Roman',helvetica;"><b> </b></span></span><b><span style="color: #274e13;">maconha</span>.<span class="Apple-converted-space"> </span></b>Segundo o novo estudo, questões sociais são de extrema importância para que se analise questões com a diminuição de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>QI.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O mais recente trabalho, publicado na revista da Academia Americana de Ciências, a "PNAS", também sugere que medidas de procedimento diferentes podem ser necessárias neste caso. "Meu estudo essencialmente mostra que os métodos utilizados e as análises apresentadas na pesquisa original são insuficientes para descartar outras explicações (para o QI mais baixo)", disse Ole Rogeberg, economista do Centro para Pesquisa Econômica Frisch, em Oslo.</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
O novo estudo rebate a pesquisa realizada Dunedin em um relatório contínuo produzido pela Universidade de Otago, da Nova Zelândia, que vinha monitorando 1.037 crianças do país nascidas entre abril de 1972 e março de 1973. A pesquisa acompanhou as crianças por 40 anos.</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #444444; font-family: 'Open Sans'; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Os participantes foram testados periodicamente para medição de QI e outros índices, incluindo consumo de drogas. Em 2012 a psicóloga clínica Madeline Meier produziu um estudo dizendo que havia uma ligação entre o uso de<span class="Apple-converted-space"> </span><b>maconha<span class="Apple-converted-space"> </span></b>na adolescência e um QI mais baixo. Contudo, devido à desconsideração de fatores importantes </div>
Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-912282621970454292013-01-27T15:56:00.002-08:002013-01-27T15:56:46.958-08:00[DOWNLOAD] Ópio Diário De Uma Louca<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: black;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE0z52znp9CnD2Qg2LgoPXi-w3AdB1klFozdAGXVMXFryucuqJ2GQsEy5v7BT65L0ywNhU1ZsoYXzOGW6mDSWMRpxi3KL2GwagjpWZvfsCCsAWaOG5aMU_ITjH9bSjtHi3dudRI7qlOVUf/s1600/%25C3%2593pio+%25E2%2580%2593+Di%25C3%25A1rio+De+Uma+Louca.jpg" style="font-family: arial,'times New Roman',helvetica; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 22.3906px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5758939067462922594" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE0z52znp9CnD2Qg2LgoPXi-w3AdB1klFozdAGXVMXFryucuqJ2GQsEy5v7BT65L0ywNhU1ZsoYXzOGW6mDSWMRpxi3KL2GwagjpWZvfsCCsAWaOG5aMU_ITjH9bSjtHi3dudRI7qlOVUf/s320/%25C3%2593pio+%25E2%2580%2593+Di%25C3%25A1rio+De+Uma+Louca.jpg" style="border: 1px solid rgb(102, 102, 102); cursor: pointer; float: left; height: 279px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; padding: 1px; width: 196px;" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 17px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-style-span">Coprodução alemã, filme tenso, intenso com roteiro profundo e filosófico que trata de vícios e loucura.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span><span style="font-family: arial; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 22.3906px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">No inicio do século XX, na Hungria, Josef Brenner (Ulrich Thomsen), escritor e médico, trabalha em uma clínica psiquiátrica. Durante meses vem sofrendo um bloqueio mental na hora de escrever, é incapaz de escrever uma única linha e por causa disso viciou-se em morfina. Certo dia chega a clínica uma nova paciente, Gizella (Kirsti Stubø), de 28 anos, que ao contrário sempre está escrevendo, é fiel à sua agenda e não deixa de escrever, mas é dominada pela obsessão de que um poder cruel e estranho a possui. Ambos de<span class="Apple-converted-space"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial,'times New Roman',helvetica; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 17px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-family: arial; font-weight: bold;">tornam dependentes um do outro.</span></span></span></span></span><br />
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<br style="font-family: arial; font-weight: bold;" /><div style="font-family: arial,'times New Roman',helvetica; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 22.3906px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="spoiler">
<span style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /><a href="http://www.mediafire.com/?w962gf3c079pp6w" style="font-family: 'courier new'; font-weight: bold;">Link</a><span style="font-family: 'courier new'; font-weight: bold;"><span class="Apple-converted-space"> </span>Torrent + Legenda</span><br style="font-family: 'courier new'; font-weight: bold;" /><span style="font-family: 'courier new'; font-weight: bold;">Avi | 1.5 Gb | 109 Minutos | Direção:<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></span><span style="font-family: 'courier new'; font-weight: bold;">János Szász</span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></span></span></div>
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Entra Aíhttp://www.blogger.com/profile/05941574663171512699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3040237557225446663.post-39361032296857975162013-01-27T15:44:00.005-08:002013-01-27T15:44:59.990-08:00Download – Discovery Channel – A Guerra da Erva<br />
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<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 15px; margin: 5px 0px 10px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<img alt="" border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsvuLVeXuieAKjVjtRgFTK2hkRB3g7T7QHwO-ILRIeWZkNqXEsniXR9G3iYmqkCSrj2I4ti2kzFnNUDOloMPkYwpa3v_M_cPrAicnEBMB1ALvdoJWnx1PZsTPR2Z9rHXeaP4tstiyGhu81/s320/746urc.jpg" style="border: 0px; cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; padding: 0px;" width="225" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Nome Original</strong>: Weed Wars<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Direção</strong>: Discovery Channel<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Lançamento</strong>: 2011<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Duração</strong>: 42 Min<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Qualidade</strong>: DVDRip<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Áudio</strong>: 10<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Vídeo</strong>: 10<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Formato</strong>: AVI<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tamanho</strong>: 349 Mbs<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Ídioma</strong>: Inglês<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Legenda</strong>: Português</div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 15px; margin: 5px 0px 10px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 15px; margin: 5px 0px 10px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a href="http://www.loadbr.info/link/?url=http://uploaded.net/file/yfhpf6b8/BT.22.12.12.Weed.Wars.HDTV.XviD.rar" style="color: #115588; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial;">Uploaded</a><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><a href="http://www.loadbr.info/link/?url=http://bitshare.com/files/ve5w8oja/BT.22.12.12.Weed.Wars.HDTV.XviD.rar.html" style="color: #115588; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial;">Bitshare</a></div>
<div style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 15px; margin: 5px 0px 10px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Sinópse:</strong><span class="Apple-converted-space"> </span>Steve De Angelo tem duas missões: de fornecer o melhor produto possível para os pacientes que compõem sua base de clientes e educar o resto do país sobre a regulamentação e tributação dessas mercadorias. Guerra das Ervas tem um olhar de perto e pessoal para a realidade de administrar um negócio controverso de cannabis medicinal.</div>
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