James Allen**
Em 16 de julho de 1971, no jornal O Guaporé, de Porto Velho, foi publicada uma carta, “Velando Enquanto Dorme”. Nela, Mestre Gabriel, líder de uma nova organização religiosa, pouco conhecida até então, afirma que “enquanto a União do Vegetal dorme, os inocentes, sem conhecer sua doutrina espiritual e religiosa, falam contra Ela”.
Naquele tempo, a carta serviu para defender a União do Vegetal de críticas feitas por um líder de outra religião, em um de seus cultos, no dia 11 de julho daquele mesmo ano. E, por isso, Mestre Gabriel teve de vir a público, apesar de sua índole discreta e de realização pacífica da missão da instituição – ensinar aos homens a prática do amor a Deus e aos semelhantes.
Ao completar 50 anos de fundação, em 22 de julho de 2011, com esta mesma discrição, a obra do Mestre Gabriel se expandiu e seus discípulos formaram novos quadros que se organizam hoje por todas as capitais brasileiras e pelas cidades do interior e no exterior. Fruto desse trabalho, agora, está reconhecido oficialmente pelas mais altas autoridades executivas, judiciárias e legislativas do Brasil e dos Estados Unidos.
Ao longo da comemoração de seu cinquentenário, este reconhecimento oficial se deu por mais de 15 estados, em que as assembléias legislativas realizaram sessões solenes. Reconheceram que aquela, outrora desconhecida religião, integrou-se à comunidade e vem prestando relevantes serviços onde se estabelece.
Os dirigentes da UDV participaram, no âmbito da Presidência da República, da regulamentação do uso de seu sacramento religioso, o Vegetal, preparado com as folhas da chacrona e com o cipó mariri. Antes, tiveram o reconhecimento de utilidade pública assinado pelo Presidente da República no dia 22 de julho de 1999, em função de seus serviços beneficentes.
Os dirigentes da UDV participaram, no âmbito da Presidência da República, da regulamentação do uso de seu sacramento religioso, o Vegetal, preparado com as folhas da chacrona e com o cipó mariri. Antes, tiveram o reconhecimento de utilidade pública assinado pelo Presidente da República no dia 22 de julho de 1999, em função de seus serviços beneficentes.
Em 2011, exatamente 40 anos depois daquela crítica feita em Porto Velho, a Câmara Federal realizou, no dia 11 de julho, uma sessão solene em homenagem ao Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.
Eis que a União do Vegetal acorda aos olhos da sociedade brasileira.
E, agora, homens de bem sobem às tribunas do Poder Legislativo federal, estadual e municipal para reverberar por toda a Nação as virtudes dessa sociedade que veio para ficar e continuar sua missão anunciada no longínquo 1971, nas páginas hoje amareladas do jornal O Guaporé: formar “homens que buscam o Caminho da Consciência, que é o Supremo Jesus”.
Assim é que 83 homenagens foram realizadas em Brasília, nas capitais dos estados e em diversos municípios em que a UDV está presente. E, como se não bastasse, aprovaram, por iniciativa da UDV, a instituição do Dia da Paz e da Conciliação na mesma data da fundação desta Sagrada Ordem, 22 de julho. A nova efeméride foi apresentada por 17 projetos de lei de deputados e vereadores.
A União do Vegetal vive novo momento em que levanta mais alto sua bandeira para que brilhe nos céus do Brasil, hoje, e de todas as nações, um dia, o bastião da Paz e da Fraternidade Humana. Isso, graças à obra de seus discípulos, sob a orientação de seu Mestre, e ao reconhecimento de homens que celebram a mão estendida pela paz no mundo, para que todos possamos viver sob o símbolo da União – a Luz, a Paz e o Amor.
*Artigo publicado no livro ‘Parlamento reverencia os 50 anos da UDV’, de Wolney Queiroz (2012).
**Mestre e ex-presidente do CEBUDV.
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