Esse post vai tratar de um estudo que oferece a maconha como possível remédio ao avanço da AIDS. O estudo foi publicado pelo AIDS Research and Human Retroviruses, nesta semana e para entender melhor o processo da pesquisa com macacos, leia a seguir:
Sim… ora ratos, ora macacos. A pesquisa com maconha avança cada vez mais e agora os primatas infectados pelo vírus SIV – a variante do vírus da aids nos macacos – estão recebendo injeções intramusculares com principal componente do seu baseado, o D9-tetrahidrocanabinol (D9-THC). Administrado de forma crônica, o THC fez com que os macacos tivessem uma diminuição da mortalidade precoce, além de ter diminuído a carga viral e a perda de peso decorrente da doença. As pesquisas ainda mostram que o D9-THC também ajudaria a diminuir a replicação do SIV.
"Nós especulamos que a redução dos níveis de SIV, a retenção da massa corporal massa e atenuação da inflamação são prováveis mecanismos de modulação do D9-THC que merecem maior estudo", disseram os cientistas responsáveis pela pesquisa.
Enquanto isso, no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu em Gramado, uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo, mostrou que pessoas que usam maconha antes dos 15 anos de idade podem ter uma redução na memória de até 30%! O dano é proporcional a quantidade de uso.
"Os usuários precoces têm resultados significativamente inferiores também em outras áreas, como a capacidade de controlar seus impulsos", diz a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, uma das autoras do trabalho.
No entanto, o risco de prejuízo cai caso o uso aconteça já após essa idade de formação. "Não é que o consumo da maconha fique seguro, longe disso. Mas ele se torna menos nocivo, porque o cérebro já passou dessa etapa de desenvolvimento", afirmou a pesquisadora. O estudo ganhou repercussão internacional tendo sido publicado no "The British Journal of Psychiatry".
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