Psicodélico: Tarantino fala sobre “Django” e diz que usa maconha para relaxar

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Tarantino fala sobre “Django” e diz que usa maconha para relaxar




"Em entrevista à “Playboy”, Tarantino fala sobre “Django” e diz que usa maconha para relaxar"

Com a estreia de “Django Livre” nos Estados Unidos se aproximando, cresce o interesse em Quentin Tarantino e em qual nova maneira ele escolheu para surpreender o público.

Na esteira desta expectativa, o cineasta concedeu uma longa entrevista à revista “Playboy” americana, em que fala sobre o novo filme, carreira, envelhecimento, drogas e outros assuntos, além de afirmar que não se sente mais um estrangeiro em Hollywood e que ficou feliz em saber que “Django Livre” é um dos filmes mais aguardados do ano.

Lembrado da polêmica sobre ter fumado maconha com Brad Pitt antes do ator aceitar participar de “Bastardos Inglórios”, o cineasta negou que as drogas tenham impacto em seu processo criativo, quando escreve ou dirige.

“Eu não faria nada fora de mim ao fazer um filme. Eu não escrevo muito chapado, mas digamos que eu esteja pensando em uma sequência musical. Você fuma um baseado, coloca uma música, ouve e vem com algumas boas ideias. Ou talvez você está relaxando no fim do dia e você fuma maconha, e, de repente, você está tecendo uma teia sobre o que você acabou de fazer. Talvez você venha com uma boa ideia. Talvez ela só pareça boa porque você está chapado, mas você escreve e olha no dia seguinte. Às vezes é ótima. Eu não preciso de maconha para escrever, mas é legal. Fazer este filme foi realmente difícil. O fim de semana vem e tudo o que eu quero fazer é fumar até vegetar. É só para desligar”, conta Tarantino.

Sobre a questão da escravidão em “Django Livre”, Tarantino diz que para além da precisão histórica, o que o interessou foi o aspecto comercial. “O que eu estava interessado sobre a escravidão era o aspecto do negócio: os seres humanos como escravos, como isso funcionava? Quanto eles custavam? Quantos escravos uma pessoa média no Mississipi tinha? Como casas de leilão funcionavam? Quais eram os estratos sociais dentro de uma plantação?”.

Tarantino comentou o fato de que originalmente havia pensado em Wil Smith para interpretar o protagonista e contou que passaram várias horas juntos quando Smith estava em Nova York filmando “Homens de Preto 3?. “Nós lemos o roteiro e falamos sobre ele. Eu me diverti –ele é um cara inteligente, legal. Acho que metade do processo foi uma desculpa para nós passarmos um tempo juntos. Eu tinha acabado de terminar o roteiro. Foi legal falar com alguém que não era contido sobre o que tinha a dizer”.

Segundo o diretor, Smith acabou não ficando com o papel porque nem ele nem Tarantino estavam certos sobre a decisão. No fim, Django acabou sendo interpretado por Jamie Foxx porque ele “era o caubói”.

Tarantino também contou que outro papel do filme, o do vilão Calvin Candie, acabou indo para Leonardo DiCaprio porque o ator sempre está de olho no que o cineasta faz. “Leo e eu nos conhecemos há 15 anos, e ele gosta da minha escrita e se assegura de receber uma cópia dos roteiros quando eu termino, para ver se há alguma coisa que possa interessá-lo. Ele recebeu este e realmente gosteu de Calvin Candie”.

Além de ser a primeira parceria dos dois artistas, calvin Candie também é o primeiro vilão de sua autoria que o cineasta não gosta. “Ele é o primeiro vilão que eu já escrevi que eu não gostei. Eu odiei Candie, e eu normalmente gosto dos meus vilões, não importa o quanto elas são ruins. Eu vejo o seu ponto de vista. Eu podia ver o ponto de vista dele, mas eu o odiava tanto. Pela primeira vez como escritor, eu só odiava esse cara”, diz Tarantino.


Fonte: Visto Livre / UOL

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