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Muito se discute sobre a legalização da maconha, mesmo sendo comprovado que é uma planta benéfica para a saúde, ajudando inclusive no tratamento do câncer, as pessoas tendem a associá-la a drogas mais pesadas. Incluindo aquela dita frase de que a planta é a porta de entrada para outras drogas, o único vínculo que ela tem com as outras é que é vendida nos mesmos lugares. É preciso desmistificar muitas coisas em relação a maconha, e mudar a educação de uma sociedade que faz tudo errado. Humboldt County é o nome do filme, mas também dá nome a um lugar que fica ao norte da Califórnia, mais conhecida como a "Costa Perdida" e é lá que acontece a história que vai muito além de usar ou não usar a bendita Cannabis Sativa.
Peter Hadley (Jeremy Strong), um promissor mas desiludido estudante de medicina desacreditado pelo seu professor e também pai acaba certa noite conhecendo uma garota que o faz viajar com ela até o distrito chamado Humboldt County, uma comunidade de fazendeiros plantadores de maconha e uma hospitaleira porém excêntrica família. Peter é um jovem que foi criado todo certinho por um pai que só pensa em trabalho, dessa maneira apenas seguiu o caminho que seu pai escolheu pra ele, mas algo mudará em sua vida a partir do momento que ele começa a conviver com a família e percebe que lá se sente em casa, estranhamente em casa. Não se engane, não é uma comédia como tantas outras que tratam o assunto sempre de forma escrachada, mas sim, traz o tema com seriedade, nos faz refletir sobre escolhas e vontades, e como deixamos as oportunidades verdadeiras passarem na nossa frente sem nem ao menos perceber, porém, sempre podemos mudar os rumos de nossas vidas.
Peter Hadley (Jeremy Strong), um promissor mas desiludido estudante de medicina desacreditado pelo seu professor e também pai acaba certa noite conhecendo uma garota que o faz viajar com ela até o distrito chamado Humboldt County, uma comunidade de fazendeiros plantadores de maconha e uma hospitaleira porém excêntrica família. Peter é um jovem que foi criado todo certinho por um pai que só pensa em trabalho, dessa maneira apenas seguiu o caminho que seu pai escolheu pra ele, mas algo mudará em sua vida a partir do momento que ele começa a conviver com a família e percebe que lá se sente em casa, estranhamente em casa. Não se engane, não é uma comédia como tantas outras que tratam o assunto sempre de forma escrachada, mas sim, traz o tema com seriedade, nos faz refletir sobre escolhas e vontades, e como deixamos as oportunidades verdadeiras passarem na nossa frente sem nem ao menos perceber, porém, sempre podemos mudar os rumos de nossas vidas.
Max (Chris Messina) é um dos personagens que nos pegam de jeito, seu modo de ver a vida já diz muito, ele planta para poder garantir o sustento de sua filha postiça, uma menina que cria com muito carinho. A comunidade tem o direito de cultivar, mas se plantar em demasia e a policia federal descobrir, eles acabam com tudo. Max é um homem bom, que sempre diz para Peter não levar a vida tão a sério, ele simplesmente mostra que a vida pode ser muito mais do que a enxergamos, e Peter diante daquele lugar majestoso entende que o que tinha antes não era uma vida, era uma rotina mecanizada, e nunca tinha se perguntado o que queria para si realmente. Lá perto da natureza e daquelas pessoas que também tem seus problemas, mas que mesmo assim nutrem carinho uns pelos outros, se importam pelo bem-estar, coisa que ele nunca teve com seu pai. Peter sem querer encontrou-se e conseguiu achar seu lugar.
O filme está muito além do assunto de fumar ou não fumar maconha, é mostrado simplesmente como um hábito e uma cultura definida pelo local, que causa estranheza para as pessoas que veem isso como algo ruim. Por isso vale ressaltar o pensamento de que o homem não pode proibir o que a natureza fornece, mas existe uma lista de plantas proibidas, inclusive recentemente vi que a Anvisa também proibiu a planta chamada: Sálvia divinorum, com a alegação dos poderes psicoativos. Isso é ridiculo e uma política retrógrada, ao invés de avançar, recuam, além de ser um desrespeito com a individualidade e a liberdade de vida de cada um.
Voltando a história do filme, ele é muito válido, pois mostra-se perspectivas diferentes, nos tiram do mundinho perfeito, regrado e hipócrita. Sabe aquele tipo de pessoa que precisamos medir palavras, agir de modo diferente para ser aceito? Pois é, nesse filme Peter descobre que existe um outro tipo de ser humano, o verdadeiro, que vive de acordo com o que sua mente e espirito pede. Pessoas de essência.
Às vezes os lugares em que menos esperamos é aquele que nos acolhe e nos dá vida novamente.
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