Psicodélico: MARIJUANA E A BÍBLIA

domingo, 22 de abril de 2012

MARIJUANA E A BÍBLIA

OFERECIMENTOS DE DEVOÇÃO.
 

 
Com oferecimentos de devoção, navios vindos das ilhas irão se encontrar para verter (fluir) as riquezas das nações e trazer tributos aos seus pés. A Igreja Copta Etíope de Sião acredita inteiramente nos ensinamentos da Bíblia, e como tal nós temos nossas obrigações diárias, e oferecemos nossos sacrifícios, feitos através do fogo até o nosso Deus com cantos e Salmos e hinos espirituais, levantando as mãos sagradas e fazendo melodia em nossos corações. 

Erva (marijuana) é uma criação de Deus do começo do mundo. É conhecida como A Erva da Sabedoria, Comida dos Anjos, A Árvore da Vida e até mesmo como "A Velha e Malvada Árvore de Ganja". Seu propósito na criação é como um sacrifício feito através do fogo a ser oferecido ao nosso Redentor durante as obrigações. As organizações políticas mundiais forjaram danos quanto a ela (marijuana) e a chamaram de droga. Para mostrar que ela não é uma droga perigosa, deixe-me informar aos meus leitores que ela é usada como comida para a humanidade, e como uma cura medicinal para diversas doenças. Ganja não é para o comércio; ainda por causa da opressão das pessoas, ela foi alçada como a única libertadora do povo, e a única estabeleçedora da paz entre toda a criação. Ganja é o direito sacramental de todo homem do mundo e quaisquer leis contra isso são apenas conspirações organizadas das Nações Unidas e dos governos políticos que dão assistência e tem interesses no mantimento dessa conspiração. 

A Igreja Copta não é politicamente originada, e isso foi firmemente expressado quando nós nos encontramos com a diretoria política dessa terra durante o período de pré-incorporação. Nós não apoiamos nenhuma organização política, religião pagã, ou instituição comercial, vendo que Religião, Políticas, e Comércio são os três espíritos sujos que separam as pessoas de seu Deus. Por causa de nossa posição apolítica, a igreja tem recebido tremenda oposição dos políticos, os quais não querem que os olhos das pessoas sejam abertos. Através de sua agência, a força policial, a igreja tem sido perturbada, vitimada e descriminada. Nossos membros tem passado por rígidos atos de brutalidade polícial, nossas propriedades legais maliciosamente destruídas, membros falsamente aprisionados, serviços divinos quebrados e todas essas atrocidades atuadas sobre a Igreja, sob o nome de leis políticas e suas justiças.

Walter Wells -- Padre Ancião da Igreja Copta Etíope da Jamaica, Índias Ocidentais.
 
O USO DE MARIJUANA EM TEMPOS ANTIGOS

O uso de marijuana é tão velho quanto a história do homem e data ao período pré-histórico. Marijuana está conectada de perto com a história e o desenvolvimento de algumas das mais antigas nações na Terra.
Representou um papel significativo nas religiões e culturas da África, Oriente 
Médio, Índia, e China. Richard E. Schultes, um pesquisador relevado no campo de plantas psicoativas, disse em um artigo que ele escreveu entitulado "Homem e Marijuana":

"... que o homem antigo tendo experimentado todos os materiais de plantas que ele pudesse mastigar, não poderia ter evitado o descobrimento das propriedades da cannabis (marijuana), pois em sua busca por sementes e óleo, ele certamente comeu os pegajosos topos da planta. Ao comer a maconha os aspectos eufóricos, extáticos (empolgação) e alucinógenos podem ter introduzido o homem a um outro plano terreno de onde emergiram crenças religiosas, talvez até o conceito de divindade. 
A planta se tornou aceita como um presente especial dos deuses, um intermediário sagrado para a comunhão com o mundo espiritual e assim ela tem permanecido em algumas culturas até os tempos presentes". 

Os efeitos da marijuana foram provas aos anciãos de que o espírito e o poder de (dos) Deus (es) existiam nessa planta e que ela era literalmente uma mensageira (anjo) ou realmente a Carne e Sangue e/ou o Pão de (dos) Deus (es), e era e contínua a ser um Sacramento Sagrado. Considerada sagrada, marijuana tem sido usada em cultos religiosos desde antes da história conhecida. 
De acordo com William A. Embolden em seu livro "Uso Ritualístico da Cannabis Sativa L, p. 235":

"Tradições Shamanistas de grande antiguidade na Ásia e no Leste Próximo tem como um de seus elementos mais importantes a tentativa de encontrar Deus sem um vale de lágrimas; De que a cannabis representou um papel nisso, pelo menos em algumas áreas, é que é nascida na filologia acerca do uso ritualístico da planta. Enquanto que tradições religiosas ocidentais geralmente enfatizavam pecado, penitência, e mortificação da carne, certos cultos religiosos antigos não-Ocidentais parecem ter empregado a Cannabis como um euforizante, que permitia ao participante um alegre caminho até o Ultimo; e portanto tais apelações como "guia do céu".

De acordo com o "Licitas e Ilicitas Drogas" pela consumer union, página 397-398:

"Ashurbanipal viveu em torno de 650 a.C., mas as descrições cuneformes da marijuana em sua livraria "são geralmente estimadas como óbvias copias de textos muito mais antigos." Diz o Dr. Robert P. Walton, um médico Americano e uma autoridade em marijuana, "Está evidencia serve para projetar a origem do hashishe lá para o início da história."
 
EVIDENCIAS INDICANDO A ORIGEM SEMÍTICA DA CANNABIS

O nome cannabis é geralmente acreditado ser uma palavra de origem Cita. Sula Benet em "Cannabis e Cultura" argumenta que ela tem uma origem muito mais antiga nas linguagem Semiticas como o Hebreu, aparecendo várias vezes no Antigo Testamento. Ele estata que em Exôdo 30:23 Deus manda Moisés fazer um óleo sagrado para unção com Mirra, Cinamono, Cana Odorifera (Kaneh Bosm) e Cássia. Ele continua dizendo que a palavra Kaneh Bosm é também usada no Hebreu tradicional como Kannabos ou Kannabus e que a raíz "Kan" nessa construção significa "reed"(cana) ou "hemp"(maconha), enquanto "bosm" significa "aromatico". Ele estata que nas antigas traduções Gregas do Velho Testamento, "kan" foi representada como "reed"(cana), levando a tal errônea tradução Inglesa como "sweet calamus" (cana odorífera) (Exôdo 30:23), "sweet cane" (doce cana) (Isaías 43:24; Jeremias 6:20) e "calamus" (cana) (Ezequiel 27:19; Canção das Canções 4:14)

Benet argumenta pela evidencia linguística de que a cannabis era conhecida no tempo do Velho Testamente pelo menos por suas propriedades aromáticas e que a palavra para isso passou da linguagem Semítica para os Citas, i.e o Ashkenas do Velho Testamento. Sara Benetowa do Instituto de Ciências Antropológicas em Warsaw é citada no Livro da Grama dizendo: "A surpreendente semelhança entre a Semitica 'kanbos' e a Cita 'cannabis' me leva a supor que a palavra Cita veio de origem Semitica. Essas discussões etimológicas acontecem paralelamente de argumentos tirados da história.
Os Citas Iranianos eram provavelmente relacionados com os Medes, que eram vizinhos dos Semitas e poderiam ter facilmente assimilado a palavra para hemp. Os Semitas poderiam também ter espalhado a palavra durante sua migração pela Ásia Menor.

Levando-se em conta o elemento matriarcal da cultura Semitica, somos levados a acreditar que a Ásia Menor era o ponto original de expansão para ambas: a sociedade baseada no circulo matriarcal e o uso massivo de hashish 
Os Anciões Israelitas eram pessoas Semiticas. Abraão, o Pai da nação de Israel, veio de Ur, uma cidade da Babilônia localizada na Mesopotamia. Os Israelitas migraram por toda a Asia Menor e poderiam facilmente ter espalhado o uso religioso da marijuana.
 
O SIMBOLISMO DO FOGO NO MUNDO ANCIÃO

A palavra "fogo" é mencionada centenas de vezes na versão Rei James da Bíblia. O Sacríficio do Senhor é feito pelo fogo (Exôdo 29:18, 25; Levíticos 2:10-11; Levíticos 6:13; Números 28:6; Deuteronomio 4:33; Josué 13:14; I Samuel 2:28; II Crônicas 2:4; Isaias 24:15; Mateus 3:11; Lucas 1:9; Apocalipse 8:4-5).

Abraão, o pai da nação Israelita veio de Ur a qual era uma cidade da Suméria Anciã no Sul da Babilônia. Para os babilônicos, o fogo era essencial para sacrificar e todas as oblações eram conduzidas até os deuses pelo deus do fogo Girru-Nusku, cuja presença como um intermediário entre deus e o homem era indispensavél. Girru-Nusku, como o mensageiro dos deuses, penetra a essencia das oferendas feitas a eles na fumaça do fogo do sacrifícios.

Na Babilônia: "Os gloriósos deuses cheiram o incenso, comida nobre do céu; puro vinho que mão alguma jamais tocou eles apreciam." (L. Jeremias, in Encyclopedia Biblica, i.v. 4119, quoting Rawlinson, Cuneif. Inscrip. IV, 19 (59 

O mais importante dos deuses anciões da India foi Agni, o deus do fogo, o qual como o deus Babilônico Girru-Nusku agiu como um mensageiro entre o homem e os deuses. O fogo (Agni) sobre o altar era considerado como um mensageiro, o invocador deles.

"...Ainda que, o sábio, foste sabiamente entre aquelas duas criações como um amigável mensageiro entre dois vilarejos"

De acordo com a Enciclopédia Britânica, a seção sobre "misticismo":

"O Vedas (escritos sagrados Hindus) são hinos ao fogo místico e ao senso interno de sacrifício, queimando eternamente no "altar Mental". Por esta razão a abundancia de imagens solares e de fogo: passáros de fogo, o fogo do Sol, e as ilhas de fogo. O sistema de simbolos das religiões e misticismos do mundo são profundas iluminações do mistério humano-divino. Seja a caverna do coração ou o lotus do coração, 'a morada daquilo que é a Essência do Universo, "o terceiro olho", ou o "olho da sabedoria" - todos os simbolos se referem a sabedoria entrando na alma ambiciosa no caminho para o auto-entendimento progressivo. 'Eu vi o Senhor com os Olhos do Coração. Eu disse, "Quem és tú?" e ele respondeu, "Tú"'."
Os místicos Indianos Anciãos dizem, "...que no extase da bhang (marijuana) a faísca do Eterno no homem transforma em luz toda a escuridão da matéria ou ilusão e o próprio é perdido na alma de fogo central. Projetando o homem para fora de sí próprio e acima de preocupações individuais, bhang faz dele UM com a divina força da natureza e o mistério 'Eu sou aquele' cresce pleno. (Tirado do The Indian Hemp Drugs Commission Report que foi escrito na virada do vigésimo século). 

O conceito de espiritual ou luz interior foi encontrado durante o mundo ancião. Assim como nós iremos ver que Luz Espiritual era diretamente relacionada à queimação de incensos. De acordo com Lucie Lamy em "Mistérios Egipcios", página 24: "A palavra Faraônica para luz é AKH. Essa palavra, geralmente traduzida como "tranfigurado", designou a luz transcedental assim como todos os aspectos da luz psíquica; e o no texto funebre ela denota o estado de sublimação máxima.

"A palavra AKH, primeiro de tudo, é escrita com um hieroglifo mostrando uma ave com crista, ibis comata. Esse pássaro - o qual também tinha o nome de AKH - viveu na parte sul do lado Arábico do Mar Vermelho (perto de Al Qunfidhah) e migrou para a Abissinia (Etiópia) durante o inverno. Ambos lugares se situam perto de regiões de onde o incenso sagrado veio, e eram chamadas de "Terra Divina". A crista do pássaro, junto com sua plumagem verde-escura borrifada com cintilantes particulas metálicas justifica os significados de "brilhar", "ser magnífico", "irradiar"; da raíz AKH na escrita hieroglífica. "AKH de fato expressa todas as noções de luz, ambas literalmente e figurativamente, da Luz que vem das Trevas para a luz transcedental da transfiguração. É também usada pra designar o 'terceiro olho', o Ureaeus, relacionado na antiga tradição para o corpo PINEAL e para o espírito."

No próximo capítulo nós veremos que a nuvem sagrada de incenso era instrumental na transfiguração de Cristo. Note que a Etiópia era referida como a "Terra Divina" e que era a fonte para o incenso sagrado. Os anciãos também se referiram a Etiópia como "A Terra de Deus".

Os Anciãos Egípcios acreditavam que eles haviam recebido suas divindades da Etiópia e sempre se mantiveram para a anciã e honorada tradição de sua origem sulista. A Etiópia é tão importante para a história antiga que é mencionada como se situando no Jardim do Édem (genesis 2:12). 

O antigo historiador Grego Diodorus Siculus escreveu: "Os Etíopes concederam a sí mesmos a serem de maior antiguidade do que qualquer outra nação; e é provavel que, nascidos sob o caminho do Sol, seu calor talvez tenha desenvolvido eles antes do que qualquer outro homem. Eles se supõem os inventores da adoração, das festas, das solenes assembléias, do sacrifício, e toda prática religiosa."