A combinação de criminalização das substâncias e combate militarizado ao tráfico não surtiram efeito
O número dois da revista Samuel, que já está nas bancas, traz em sua reportagem de capa um dossiê sobre esse enorme fracasso.
A guerra às drogas, idealizada há 40 anos como forma de controlar esse consumo, apresenta resultados frustrantes, como revelam as reportagens deste número da Samuel. São textos de oito diferentes publicações independentes, que mostram que a militarização do problema não reduziu o número de dependentes. Pior: alimentou o tráfico de armas e a violência, da cidade sitiada de Monterrey (México) à Cracolândia paulistana.
Na contramão da guerra, Portugal surge como exemplo de país que descriminalizou e, simultaneamente, fez baixar o consumo de drogas. Em 2010, 4.700 consumidores de drogas atendidos em programas de reinserção em Portugal estavam em busca de emprego. Desses, 43% foram integrados em ações de recolocação e metade deles conseguiu empregos no mercado de trabalho normal.
A revista Samuel traz ainda reportagens de política, cultura, meio ambiente e ciência. Entre elas, um perfil de Stieg Larsson, autor da trilogia Millenium, que foi um dos mais destacados jornalistas e militantes políticos da Suécia.
A publicação publica ainda uma reportagem histórica, na seção "Vale a Pena ler de Novo": em 1979, o jornalista Raimundo Pereira, do jornal Movimento, foi ao ABC paulista conhecer os companheiros de Lula nas greves que desafiavam a ditadura.
O que é Samuel
A revista Samuel é resultado de uma nova experiência jornalística. Reúne textos de diferentes publicações independentes, que se destacam pela apuração bem feita e pelo texto bem escrito: jornais, revistas, sites e blogs que mostram uma visão diferente do Brasil e do mundo.
Fonte: OperaMund
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