O ponto alto da conferência Sacred Elixir, que teve lugar em São José, na Califórnia, de 22 a 24 de Outubro, foi a apresentação de Earl Crockett sobre 'um novo elixir'. Durante a apresentação, Crockett descreveu as suas aventuras em Baja, na Califórnia, ao descobrir uma gruta cheia de pinturas rupestres e um cacto alegadamente ingerido pelos habitantes (que precederam os índios em milhares de anos, segundo especula Crockett). Crockett partilhou o palco com Alexander Shulgin, o qual explicou como analiza novos compostos químicos e como o cacto de Crockett - o pachycereus pringlei - é realmente um tipo de psicadélico totalmente novo.
Cactouasca
Shulgin falou sobre os quatro tipos de psicadélicos de 1 composto, e depois descreveu a ayahuasca, que é um psicadélico de 2 compostos (1 análogo de DMTe 1 inibidor da enzima de MAO - para prevenir que o primeiro seja destruído). Existem muitas variedades de ayahuasca que diferem nas plantas que fornecem estes dois componentes - ou seja, muitas plantas diferentes que têm DMT e muitas plantas que têm inibidores da MAO. Existe mesmo algo chamado 'farmauasca' que não deriva de plantas mas que contém simplesmente DMT sintético em cápsula, e um inibidor da MAO sintético noutra cápsula.
O cacto de Crockett é diferente de todos estes - contendo muitos inibidores da MAO mas nenhum DMT. (O DMT, diz Shulgin, encontra-se em todo o lado na natureza mas nunca em cactos). Em vez disso, nos cactos de Crockett existem substâncias do tipo da mescalina, mas sem efeitos psicoactivos nos seres humanos quando isoladas. Shulgin acredita que a presença de um inibidor da MAO num cacto protege a molécula tipo mescalina de degradar, e portanto permite-lhe agir no cérebro de um modo parecido com a mescalina. Por isso o cacto de Crockett é, de facto, 'um novo elixir' - um piscadélico de 2 compostos nunca antes explorado, para o qual Shulgin cunhou o termo 'cactouasca'.
Um comentário:
o japa disse tudo
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