The Guardian, Scientific American e muitos outros websites de notícias, publicaram recentemente artigos sobre novas investigações sobre os efeitos terapêuticos das substâncias psicodélicas como a psilocibina e o MSMA.
Antes dos anos 70, já haviam sido feitas muitas pesquisas e muitos pacientes haviam sido tratados, sobretudo com mescalina (o componente activo dos cactos peiote e san pedro) e LSD. Os resultados das terapias estratégicas com estas substâncias eram muito prometedores. Infelizmente, após os atribulados anos 60, estas substâncias foram proibidas e os estudos científicos pararam.
Albert Hofmann, que descobriu o LSD e a psilocibina, intencionava explorar os seus usos terapêuticos. Mas, para seu desapontamento, nos anos 70 estas foram listadas numa categoria restrita pelo controlo de drogas norte-americano.
No ano passado, Albert Hofmann celebrou finalmente a primeira pesquisa científica desde há décadas - um mês antes da sua morte aos 102 anos de idade. O uso de drogas psicodélicas para aplicações médicas tais como o tratamento de alcoolismo e o alívio de ansiedade intensa nos pacientes com doenças terminais, está novamente a ser investigado.
Num estudo de Harvard sobre os efeitos das substâncias psicodélicas no tratamento de enxaquecas, por exemplo, o Dr. John Halpern testou 53 pacientes que tomaram LSD ou psilocibina (o químico ativo dos “cogumelos mágicos”) e descobriu que quase todos eles experimentaram uma moderação dos sintomas que durou vários meses.
Noutro estudo dirigido pelo psiquiatra Michael Mithoefer, da Carolina do Sul (Estados Unidos), o uso do MDMA aumentou a percentagem de sucesso das sessões de terapia com pacientes de stresse pós-traumático.
A fundação inglesa Beckley Foundation está financiando e colaborarando num estudo equivalente na Universidade da Califórnia Berkeley. Trata-se de uma avaliação destas drogas no estímulo da criatividade e na investigação das alterações da atividade neurológica que se dá nas experiências de consciência alterada, usando a psilocibina de Hofmann (o componente ativo dos cogumelos e das trufas) em vez do LSD.
“Escolhemos a psilocibina em vez do LSD porque é mais suave e menos intensa em geral” disse o Dr. Charles S. Grob, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que testou os efeitos da droga na ansiedade em pacientes de cancro.
“Está associada a menos reações de pânico e menos paranóia e, sobretudo, nos últimos cinquenta anos a psilocibina tem atraído muito menos publicidade negativa e carregado muito menos bagagem cultural que o LSD”.
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