Muitas pessoas ainda vivem no mundo da lua e acham que a legalização da maconha, faria com que em qualquer lugar ou esquina, as pessoas fossem consumir a droga. Na verdade, com a legalização ou a regulamentação, a criação de espaços adequados para usuários é óbvia, pois iriam se estabelecer regras para o consumo. Quando nós falamos em maconha, o que se vê não são nem os efeitos que podem ser nocivos da erva ao jovem e sim um completo despreparo das pessoas e da sociedade, que estigmatizam e demonizam o usuário.
Eu particularmente não creio que a regulamentação da maconha seja assim um grande problema para saúde pública e muito menos que deveriam ser construídos hospitais, centro de internações e tudo mais. Afinal, lógico que se resolvesse construir tudo isso seria ótimo, mas não especificamente para usuários de maconha. A questão da erva, infelizmente acaba se misturando com drogas mais pesadas, como é o caso do crack.
Atualmente vejo muitos proibicionistas afirmando que uma possível regulamentação faria com que aumentasse absurdamente as taxas de usuários de maconha, o que para mim é incabível. Primeiro, porque ninguém pode afirmar isso, nem mesmos os estudiosos do tema e o segundo, o que poderia se ver era realmente mais usuários de maconha “saindo do armário”. Aqui, faço uma comparação lógica do tema maconha com o homossexualismo , pois não creio que atualmente, por causa de toda a mobilização da parada gay, existam mais ou menos gay, o que acredito sinceramente, é que eles perderam um pouco do medo de se mostrar e engajaram em lutar pelo seus direitos. Consequentemente, quando as pessoas perdem o medo e revelam a sua verdadeira identidade há uma impressão falsa de que aumentaram-se o número de um determinado grupo, o que errôneo.
Assim desta forma, creio que seria com a maconha. Poderíamos ter uma falsa impressão da realidade, pois pensamos em aumento de usuários, quando na verdade são os mesmos usuários que agora, em tempos modernos, perderam o medo de falar sobre a maconha e a vergonha de mostrar o rosto. Isso não necessariamente pode ser ligado a um aumento de fumantes de maconha. Esta retórica proibicionista não passa mais do que novamente um preconceito daqueles que se dizem do bem, pregam a paz, mas são intolerantes e hipócritas.
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