O bom advogado é justamente aquele que encontra uma brecha na lei para poder beneficiar o seu cliente. Desta forma, foi que Ross Goodman, responsável por gerenciar os problemas do lutador Nick Diaz com a Justiça, usou uma brecha na lei para defender que o astro do UFC possa fumar maconha antes de seus combates. Isto porque o atleta teria testado positivo para os metabólicos da maconha. Contudo a droga só é considerada proibida no doping quando é a substância pura.
Isso mesmo, fumar maconha. Apesar de soar de forma tão estranha, a explicação de Goodman é rápida e certeira, e foge às discussões éticas sobre a droga ser ou não considerada doping.
Em entrevista ao site da ESPN americana, o advogado explicou sua posição usando uma brecha nas normas da Agência Mundial Anti-Doping.
“ A maconha é uma substância proibida, mas seus metabólitos não. O sr. Diaz não testou positivo para uma substância proibida. Sabemos que ele não testou para maconha, então, se você olhar a lista da Agência Mundial, verá que os metabólicos da maconha não são proibidos.”
Se o recurso terá êxito só saberemos nos próximos dias, ou semanas, mas, de fato, a lista da entidade, que é extremamente rigorosa com as demais drogas, não discorreu sobre a erva.
Enquanto drogas como cocaína e ecstasy, assim como substâncias anabolizantes, possuem extensas discriminações em suas diversas formas apresentáveis no organismo após o uso, assim como seus prinícpios ativos, a maconha só é mencionada em seu estado “puro”.
“ Você tem que testar positivo para maconha, ingrediente nãs testado por Nick. Se não há nada nas regras que proíbem os metabólitos da maconha, por que estamos aqui?”, indagou o advogado do atleta.
Flagrado no exame após o duelo contra Carlos Condit, em fevereiro, Diaz está suspenso preventivamente até que o resultado seja oficializado, já que em 2007 o americano já havia sido pego pela Comissão Atlética.
Revoltado com o caso e com a derrota por pontos para Condit, o ex-campeão dos meio-médios (77 kg) do Strikeforce ameaça se aposentar.
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