Referências à cannabis e ao seu consumo são aspectos fundamentais de muitas das grandes religiões do mundo. Por exemplo:
XINTOÍSMO (Japão) — A cannabis era usada para consolidar as relações no matrimônio e dele afastar os maus espíritos, acreditando-se que gerava riso e felicidade no casamento.
HINDUÍSMO (índia) — Diz-se que o deus Shiva "trouxe a cannabis dos Himalaias para alegrar e iluminar os homens". Os sacerdotes sadhu percorrem a Índia e o mundo partilhando cachimbos "chil-lum" enchidos com cannabis, por vezes misturada com outras substâncias. NoBhagavad-gita, Krishna afirma: "Eu sou a erva curativa" (Cap. 9:16), enquanto o Canto Quinto do Bhagarat-purana descreve o haxixe em termos explicitamente sexuais.
BUDISMO (Tibete, índia e China) — Os budistas usaram ritualmente cannabis do século V a.C. em diante; ritos iniciáticos e experiências místicas com erva eram (são) comuns em muitas seitas budistas chinesas. Alguns budistas e lamas tibetanos consideram que a cannabis é a sua planta mais sagrada. Muitas tradições, escritos e crenças budistas indicam que o próprio "Sidarta" (o Buda) alimentou-se exclusivamente de sementes de cânhamo durante os seis anos anteriores ao anúncio das suas verdades (as Quatro Nobres Verdades, o Caminho Óctuplo), quando se tornou o Buda.
Quanto aos ZOROASTRIANOS, ou Magos (Pérsia, circa séculos VIII-VII a.C. até séculos III-IV), muitos exegetas e comentadores cristãos acreditam que os três "Reis Magos", ou Sábios, que assistiram ao nascimento de Cristo eram referências cúlticas aos zoroastrianos. A religião zoroastriana baseava-se (pelo menos superficialmente) no conjunto da planta de cânhamo, que era o principal sacramento religioso da classe sacerdotal e o seu mais importante medicamento (p. e., obstetrícia, ritos de incenso, óleos de ungir e crismar), bem como a principal fonte de óleos de iluminação e óleos combustíveis do seu mundo secular. Considera-se geralmente que a palavra "mágico" deriva dos zoroastrianos — os "Magos".
Os ESSÊNIOS (antigo Israel) usavam o cânhamo medicinalmente, assim como osTERAPUTEUS (Egipto), dos quais deriva o termo "terapêutico" Alguns acadêmicos acreditam que ambos eram discípulos dos sacerdotes/mágicos zoroastrianos, ou pertenciam com eles a uma irmandade.
Os ANTIGOS JUDEUS: Como parte das cerimônias sagradas judaicas realizadas sexta-feira à noite no Templo de Salomão, entre 6o a 80.000 homens passavam em redor queimadores de incenso cheios de kanabosom (cannabis), inalando o seu fumo, antes de regressarem a casa para a principal refeição da semana (seria por causa dos munchiesl)
Os SUFIS DO ISLÃO (Médio Oriente) são sacerdotes "místicos" muçulmanos que pelo menos durante os últimos 1000 anos divulgaram, usaram e elogiaram a cannabis enquanto meio de obter a revelação divina, a iluminação e a unidade com Alá. Muitos acadêmicos, muçulmanos ou não, acreditam que o misticismo dos sacerdotes sufi era de fato o dos zoroastrianos que, tendo sobrevivido às conquistas muçulmanas dos séculos VII e VIII, converteram-se subsequentemente ao Islão (muda de religião e abandona o álcool ou serás decapitado).
Algumas seitas de CRISTÃOS COPTAS (Egipto/Etiópia) acreditam que a sagrada "erva verde dos campos" referida na Bíblia ("Farei crescer para eles uma planta renomada; deixarão de ser consumidos pela fome e nunca mais terão de suportar os insultos dos idólatras" (Ezequiel 34:29) é a cannabis, e que os incensos secretos, os incensos doces e os óleos de ungir referidos na Bíblia são feitos de cannabis.
Os BANTUS (África) tinham Cultos da Dagga* secretos, sociedades que restringiam o uso da cannabis aos regentes masculinos. Os pigmeus, zulus e hoten-totes consideravam todos que a cannabis era um medicamento indispensável para cãibras, epilepsia e gota, e como sacramento religioso.
*Estes cultos "Dagga" acreditavam que a Sagrada Cannabis fora trazida à terra pelos Deuses, sendo oriunda do sistema "Estrela Dois Cães", a que chamamos Sirius A e B. "Dagga" significa literalmente "cannabis". É interessante constatar que a palavra indo-europeia que veio a designar a planta tanto pode ler-se como "canna", cana, e "bi", dois, como "canna", de canino, e "bis", significando dois (bi) — "Dois Cães".
Os RASTAFARIANOS (Jamaica e outras regiões) são uma seita religiosa contemporânea que usa a "ganja" como o seu sacramento sagrado para comunicar com Deus (Jah).
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