Fonte : Revista Galileu
AMANDA FEILDING, diretora da Beckley Foundation
O LSD foi descoberto pelo químico suíço Albert Hofmann em 1943. Durante pelo menos 20 anos, a substância foi tratada pela comunidade científica como a droga que revelaria os segredos da mente humana. Mas, a partir de meados dos anos 60, ela passou a ser combatida e teve o uso proibido — mesmo entre os cientistas. Já faz 35 anos que estamos impossibilitados de usar o LSD em nossos experimentos. É um preconceito ilógico e com o qual espero ajudar a acabar.
É triste ver que as novas tecnologias que desenvolvemos não podem ser usadas para estudar os efeitos das drogas psicodélicas em nossa cabeça. A consciência é uma área muito nova de estudo. O que sabemos sobre ela pode ser comparado ao mapa da África em 1850. Deveríamos poder usar todas as ferramentas que nos ajudem a explorar esse território. Com essas drogas, poderíamos analisar como as mudanças no nosso cérebro alteram o que a gente vê e sente. Poderíamos aprender como nossa mente funciona.
Um dos meus objetivos na Beckley Foundation é liberar o uso do LSD para os neurocientistas de todo o mundo. Estamos envolvidos no primeiro estudo com permissão para usá-lo desde os anos 60. Em parceria com a Universidade de Berkeley, na Califórnia, analisamos como as ondas cerebrais se alteram depois da ingestão do LSD e como essa alteração afeta a criatividade. Levou dois anos para conseguirmos permissão para o estudo, e mais um ano para conseguirmos a droga. É até engraçado demorarmos tanto tempo para conseguir o que qualquer maluco consegue andando apenas alguns quarteirões.
Também estamos envolvidos em um estudo na Suíça que examina o efeito do LSD em pacientes terminais. Queremos ver se ele ajuda o paciente a lidar com a dor, aceitar a morte e aproveitar seus últimos meses de vida. Não há nada perigoso nessas experiências. As drogas são administradas cuidadosamente, com o paciente num ambiente seguro.
Além disso, as drogas psicodélicas não são viciantes e nem tóxicas. Não há notícia sobre nenhum animal consumindo psicodélicos, isso é exclusivo da cultura humana. Para se ter uma ideia, durante os anos 50 e 60 foram feitas muitas experiências sobre como os psicodélicos poderiam ajudar as pessoas a abandonar os vícios em outras substâncias.
É triste ver que as novas tecnologias que desenvolvemos não podem ser usadas para estudar os efeitos das drogas psicodélicas em nossa cabeça. A consciência é uma área muito nova de estudo. O que sabemos sobre ela pode ser comparado ao mapa da África em 1850. Deveríamos poder usar todas as ferramentas que nos ajudem a explorar esse território. Com essas drogas, poderíamos analisar como as mudanças no nosso cérebro alteram o que a gente vê e sente. Poderíamos aprender como nossa mente funciona.
Um dos meus objetivos na Beckley Foundation é liberar o uso do LSD para os neurocientistas de todo o mundo. Estamos envolvidos no primeiro estudo com permissão para usá-lo desde os anos 60. Em parceria com a Universidade de Berkeley, na Califórnia, analisamos como as ondas cerebrais se alteram depois da ingestão do LSD e como essa alteração afeta a criatividade. Levou dois anos para conseguirmos permissão para o estudo, e mais um ano para conseguirmos a droga. É até engraçado demorarmos tanto tempo para conseguir o que qualquer maluco consegue andando apenas alguns quarteirões.
Também estamos envolvidos em um estudo na Suíça que examina o efeito do LSD em pacientes terminais. Queremos ver se ele ajuda o paciente a lidar com a dor, aceitar a morte e aproveitar seus últimos meses de vida. Não há nada perigoso nessas experiências. As drogas são administradas cuidadosamente, com o paciente num ambiente seguro.
Além disso, as drogas psicodélicas não são viciantes e nem tóxicas. Não há notícia sobre nenhum animal consumindo psicodélicos, isso é exclusivo da cultura humana. Para se ter uma ideia, durante os anos 50 e 60 foram feitas muitas experiências sobre como os psicodélicos poderiam ajudar as pessoas a abandonar os vícios em outras substâncias.
É por isso que essas drogas devem ser legalizadas. Convenhamos, não importa se permitimos ou não o uso de psicodélicos, ele vai acontecer. Logo, o melhor a fazer é instruir as pessoas sobre o modo mais seguro de fazer isso. O LSD é uma substância muito poderosa, é importante que qualquer um sob seu efeito esteja em condições seguras e protegidas.
Em vez de perigoso, o uso do LSD pode ser bastante transformador. Ele possibilita às pessoas verem as coisas com um novo olhar. Ele pode mudar as pessoas, fazendo-as perceber a relação da humanidade com o Universo e a interligação entre todas as coisas.
Desde que surgiu, a humanidade procura meios de alterar a consciência. Seria melhor se a sociedade conseguisse aproveitar o conhecimento que isso traz, em vez de transformá-lo numa atividade criminosa. Espero que, nos próximos anos, cada vez mais e mais cientistas abram as portas de suas instituições e suas mentes para o LSD.
Em vez de perigoso, o uso do LSD pode ser bastante transformador. Ele possibilita às pessoas verem as coisas com um novo olhar. Ele pode mudar as pessoas, fazendo-as perceber a relação da humanidade com o Universo e a interligação entre todas as coisas.
Desde que surgiu, a humanidade procura meios de alterar a consciência. Seria melhor se a sociedade conseguisse aproveitar o conhecimento que isso traz, em vez de transformá-lo numa atividade criminosa. Espero que, nos próximos anos, cada vez mais e mais cientistas abram as portas de suas instituições e suas mentes para o LSD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário