Psicodélico: Timothy Leary

sábado, 22 de março de 2008

Timothy Leary


No Blog já colocamos um livro dele para Donwload, e falamos dos 08 Circuitos Mentais, mas agora vamos colocar entrevistas e textos de um dos caras mais importante da cena psicodélica.

Com vocês, Timothy Leary :


Timothy Francis Leary (22 de outubro de 1920 - 31 de maio de 1996), escritor americano, psicólogo e militante das drogas. Ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD além de ser um designer de software e principal advogado da realidade virtual como uma forma de exploração dos potenciais humanos.
Na década de 60, Leary gerou controvérsia ao defender a eficácia da administração de alucinógenos – como o haxixe, o LSD e o peiote – na terapia de pacientes alcoólicos e esquizofrênicos. No ano de 1963, o "papa das drogas" perdeu sua cadeira em Psicologia Clínica na Universidade de Harvard, sem perder sua influência sobre a geração beat, flower-power e o movimento hippie. Em 1969, desenhou, colaborando com o ex-Beatle John Lennon, a capa do álbum Give Peace a Chance. Entre 1973 e 1977, Leary foi preso várias vezes por porte de drogas, mas, a partir de 1977, dedicou-se, no quadro do programa Smile, a problemas como o desenvolvimento da inteligência, as possibilidades de prolongar a vida e as migrações espaciais.
Após experimentar uma poderosa substância alucinógena descoberta nos anos 40 pelo cientista suíço Dr. Albert Hoffman, chamada simplesmente LSD, Tim teve a certeza de ter encontrado o caminho. Ele e o professor Richard Alpert (que mais tarde mudaria o nome para Baba Ram Dass, tornando-se um respeitado professor de disciplinas orientais), deram seqüência às pesquisas. Porém, muitos dos outros professores ficaram intranquilos vendo drogas serem administradas aos estudantes, exigindo que houvesse maior supervisão nos seus experimentos.
Muitos dos estudantes que não puderam entrar no programa de pesquisa, obtiveram a droga por outros meios e começaram a usá-las por conta própria. O Departamento de Narcóticos acabou envolvido e a CIA começou a ficar atenta a essas atividades. A Igreja também não era favorável a qualquer tipo de droga que abrisse a mente, pois isso levaria inevitavelmente a realidades múltiplas, conduzindo a uma visão politeísta do universo, comprometendo seriamente a idéia cristã de compromisso a um único e temido Deus, a uma única religião. Logo, Tim e Alpert foram convidados a deixar seus cargos em Harvard.
Na primavera de 1962, Leary e Alpert continuaram, com fundos próprios, a sua pesquisa com drogas psicodélicas em uma imensa mansão-fazenda em Millbrook, não muito distante de Nova Iorque. Lá recebiam amigos, conhecidos, artistas, poetas ou qualquer pessoa que quisesse participar das experiências. Em Millbrook, os interessados recebiam LSD e podiam usá-lo em qualquer lugar da casa ou da fazenda, no mato, no lago, desde que depois fornecessem um relatório com todos os detalhes.
Rapidamente, o local foi ganhando fama como reduto de orgias sexuais, depravações, etc. As meninas de uma escola próxima eram proibidas de sequer passar próximo à propriedade. O poeta beat Allen Ginsberg, assíduo frequentador da casa, ajudava Leary na divulgação do LSD, ligando para todas as figuras culturais famosas de sua agenda de telefones. Com a grande popularidade de Leary, o governo passou a ser mais rigoroso em sua política anti-droga. Richard Nixon chegou a chamá-lo de "o homem mais perigoso da América". As frequentes batidas policiais sempre acompanhadas de muita violência acabaram com a "era Millbrook". Com as mudanças culturais que aconteciam naqueles anos loucos, o governo estava ficando alarmado com o modo como a juventude começou a usar LSD. A imprensa estava cheia de histórias sensacionalistas de jovens que tiveram experiências horríveis. Políticos, policiais, instituições psiquiátricas apontavam LSD e maconha como as ameaças mais perigosas da raça humana.
O que Tim precisava agora era publicidade boa e apoio do público, o que lhe levou a ir pedir idéias ao Mestre da comunicação, Marshall McLuhan. Marshall disse que "você tem que usar as táticas mais atuais para despertar interesse no consumidor. Sorria nas fotografias e associe LSD com todas as coisas boas que o cérebro pode produzir: beleza, diversão, revelação mística, inteligência aumentada".
Tim continuou anunciando os aspectos benéficos do LSD publicamente e, como a droga ganhou popularidade com a contracultura, ele estava feliz em fornecer manuais de instrução para uso seguro. Segundo Leary, deveria-se ter respeito com a droga, seguindo alguns pontos para proteção contra badtrips ("viagens" ruins). Nessa época ele cunhou sua expressão mais célebre: Turn On, Tune In, Drop Out, ou Se ligue (ative seu sistema neural e genético), Se entregue (interaja harmoniosamente com o mundo ao redor de você), Caia fora (sugerindo um processo ativo, seletivo de separação de compromissos involuntários ou inconscientes). A imprensa interpretou isto como "apedrejar e abandonar todas as atividades construtivas"...
Em 1966, Tim muda-se para Laguna Beach, onde assiste ao Human Be-In, participa ativamente do movimento anti-guerra e canta "Give Peace a Chance" com Lennon e Yoko (os Beatles apoiavam-no publicamente). Logo depois é preso em flagrante por porte de droga e condenado a dez anos por algo que, pelas leis da época, pegaria seis meses de prisão. Tim foge da cadeia em 1970 e vai para a Suíça. Como o governo suíço lhe nega asilo, Leary foge para o Afeganistão, onde é preso no aeroporto, extraditado para a América e mandado de volta à prisão em 1972, sendo solto finalmente em 1976.
Nos anos 80, fascinado pelos computadores, Leary criou softwares de design, continuou escrevendo livros e fazendo conferências. Embora o seu tópico principal agora fosse tecnologia, ele ainda era reconhecido como o guru do LSD dos anos 60. Timothy Leary faleceu em 31 de maio de 1996, aos 75 anos, em sua própria cama, cercado de amigos. Logo em seguida, de acordo com o seu desejo, sua cabeça foi retirada do corpo e congelada...


Sua morte
Nos meses que antecederam sua morte (por conseqüência de um câncer na próstata), escreveu um livro chamado Design for Dying ("Projeto para morrer"), uma tentativa de mostrar às pessoas uma nova perpectiva da morte e do morrer. Suas últimas palavras foram "Why not?" ("Porque não?").
Timothy Leary faleceu em 31 de maio de 1996, aos 75 anos, em sua própria cama, cercado de amigos. Logo em seguida, de acordo com o seu desejo, sua cabeça foi retirada do corpo e congelada. Seu corpo foi cremado e em outubro de 1996, suas cinzas foram transportadas pela espaçonave Pegasus e liberadas no espaço com auxílio de um satélite, junto com as de
Gene Roddenberry, criador de Jornada nas Estrelas, e de outros cientistas e pioneiros em estudos aero-espaciais, tais como o físico da High Frontier Space Station, Gerard O’Neill, e Todd Hauley, professor da International Space University.

Um comentário:

Anônimo disse...

mega hiper sinistro !!!!!!!!!!!!