Pra quem viu Moulin Rouge com certeza se lembrará da cena da Fada Verde (interpretada pela Kylie Minogue - site oficial, fan site), onde na França do final do século XIX se embriagam com a bebida, dita alucinógena.
O Absinto é uma bebida de origem Suiça que fez grande sucesso no final do século XIX e início do século XX, principalmente devido a artistas como Vincent van Gogh, Édouard Manet, Guy de Maupassant, Arthur Rimbaud e Henri de Toulouse-Lautrec, que imortalizaram a bebida nas artes. Diz-se, inclusive, que a razão da loucura de Van Gogh tem profundas origens no consumo elevado de Asbinto.
Absinto é composto de diversas ervas, das quais a principal é a Losna (como já dito acima) e também erva-doce (chamado também de funcho) e anis, e estas constituiem a chamada “santa trindade”. Uma série de outras ervas entravam em diversas quantidades, variando de receita para receita. A cor verde não é originária da destilação, que original uma bebdia transparente, mas da utilização de corantes artificiais ou de um pouco de ervas maceradas. Com o tempo o Absinto tende a mudar de verde para âmbar.
A gradação alcoólica varia de acordo com o tipo do Absinto, que pode ser ordinaire, demi-fine, fine, supérieure e Suisse (da menor para a maior qualidade), variando de 45% a 89,9%, embora não haja nenhum registro histórico ou moderno relatandoum Absinto com mais de 74%. Atualmente a maioria varia entre 60% e 75%. No Brasil, por lei, a gradação máxima permitida é 53,5% (o equivalente a um absinto fine aproximadamente). Os efeitos do absinto são mais intensos e perigosos do que os do álcool devido ao thujone (não achei o nome em português), principal componente do óleo essencial da Losna que, além de deixar locão pode causar alucinações, intoxicação e falha renal.
A mistura do asbinto com láudano (”vinho de ópio”), como mostrado sendo consumido pelo personagem de Johnny Deep no filme Do Inferno (o qual por sua vez é baseano na HQ From Hell de Alan Moore) não parece ter sido comum e era realmente uma droga alucinógena e viciante pesada.
No Brasil o absinto foi proibido em 1908 e liberado novamente só em 2000, devido aos esforços do empresário paulista Lalo Zanine. Antes da liberação no Brasil o consumo só era permitido em Portugal, República Checa e Reino Unido. Atualmente só é proibido nos EUA, Noruega e Cingapura. Mas, como dito mais acima, só é permitido o absinto com gradação de até 53,5%.
O que é Thujone?
Thujone é principio ativo da planta Artemisia absinthium e Artemisia pontica. Também encontra-se thujone na sálvia e no estragão, utilizados normalmente na culinária. Diz-se que o thujone em altas quantidades pode ter efeitos alucínogenos. Hoje a quantidade máxima permitida pelo Conselho da Europa e Ministério da Saúde do Brasil é 10 mg/kg.
Usos e cuidados
Os componentes responsáveis pelo uso medicinal da losna ou absinto são: um óleo essencial (vermífugo e emenagogo), absintina (responsável pelo sabor amargo), resinas, tanino, ácidos e nitratos. Como planta digestiva e aperitiva, sua ação se dá pelo estímulo à salivação e à produção de sucos gástricos e, por essa mesma razão, não é recomendada para pessoas que apresentam problemas como úlceras e gastrite. Usada corretamente e sem excessos, a infusão da losna pode aumentar a secreção biliar, favorecendo o funcionamento do fígado e, ingerida meia hora antes da refeição, pode agir como estimulante do apetite e auxiliar da digestão. Quanto aos cuidados, não é recomendável o uso por mulheres grávidas e crianças. Além disso, a maceração da planta com álcool, segundo alguns estudos já realizados, apresenta graves perigos, podendo provocar dependência, alucinações e convulsões.
Curiosidades:
A palavra "vermute" tem tudo a ver com a losna: significa "warmwurz", ou seja, "raiz quente" e é o nome da losna em alemão. Já em grego, a palavra losna significaria "privado de doçura". A medicina popular desaconselha o uso da losna por mulheres em fase de amamentação, pois a planta "torna o leite amargo".O absinto é famoso desde tempos muito antigos, pelas suas virtudes medicinais, sendo inclusive citado num papiro egípcio que data de 1.600 a.C.
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